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Informamos que o Grupo Espírita Auta de Souza retomou suas atividades e contamos com a presença de todos a participarem das atividades da casa como palestras, passe, atendimento fraterno, atendimento espiritual, cursos, entre outras.


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"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sobre Estar Sozinho

Por Dr. Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa  ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo  está fadada a desaparecer neste século. O amor romântico parte  da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher; ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A  teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A  palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de  necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com  o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas  estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas  são inteiras.
O  outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma  fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O  homem é um animal que vai mudando o  mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na  era da individualidade, o que não tem  nada a ver com egoísmo.
O  egoísta não tem energia  própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A  nova forma de amor,  ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A  solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As  boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na  verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso  gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez  em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na  solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem  sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você  tem de aprender a perdoar a si mesmo...

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