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Informamos que o Grupo Espírita Auta de Souza retomou suas atividades e contamos com a presença de todos a participarem das atividades da casa como palestras, passe, atendimento fraterno, atendimento espiritual, cursos, entre outras.


Todas as sextas-feiras a partir das 19h00.


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"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

terça-feira, 20 de março de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita

entrevista com Izabel Regina Rodrigues Vitusso

Para ler a entrevista completa acesse o link (...)

Qual a sua formação acadêmica e atividade profissional?

Tenho formação em comunicação social, em jornalismo, área em que sempre trabalhei. Em Uberlândia, fui docente na Faculdade de Jornalismo, no Centro Universitário do Triângulo, e trabalhei com comunicação corporativa, em grande empresa no ramo atacadista distribuidor. Lá também publiquei meus dois livros, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Aliança Municipal Espírita. Atos de Amor (Minas Editora) e Terra Fértil, Semente Lançada – a História do Espiritismo em Uberlândia (AME).

Em São Paulo, estamos há onze anos. Aqui fui trabalhar em editora de livros e revistas científicas, até assumir a responsabilidade pela Editora Espírita Correio Fraterno.
(...)
 
Como tem enxergado a trajetória da Doutrina Espírita e do Movimento Espírita no Brasil?
O movimento espírita já passou por diversos períodos, desde a sua  legitimização, com diversos pioneiros sendo chamados para defender o direito de acreditarem numa nova crença que não fosse a dominante. Só para lembrar, na década de quarenta, se consolida o trabalho de assistência social, com a fundação de importantes instituições pelo Brasil. Nesse período também as obras espíritas se multiplicam, principalmente porque se inicia a bela parceria espiritualidade-Chico Xavier, que vão contar com o empenho dos trabalhadores espíritas para sua divulgação. Ao se difundir a doutrina, a mensagem imperativa era a de que na base do espiritismo estavam as obras da codificação, que era preciso realmente estudá-las e que tudo o que, pela lógica, dela fugisse, não seria espiritismo.

Vivemos agora o período de interiorização e reflexão, sobre tudo o que temos apreendido com a doutrina, trabalho interior, sem o qual não terá sentido todo esse nosso esforço. Espiritismo é meio e muitos de nós acabamos, pelo apego, por nossas dificuldades que ainda são tantas, fazendo dele um mero fim. Vivemos tempos de intensas mudanças, e as maiores delas no campo bem pessoal.

A literatura espírita está num bom caminho?

O mercado editorial espírita é um assunto bastante debatido hoje. A liberdade assegurada pela descentralização do poder representativo do espiritismo entrega a cada um o direito de seu livre exercício de entendimento. Em decorrência desta liberdade a nós assegurada vivemos hoje o grande desafio em relação às inúmeras publicações que imputam ideias à doutrina espírita que ela não tem. Sem contar a grande quantidade de obras que se intitulam espíritas e que na verdade não o são.

Esse assunto no movimento espírita é bastante delicado, pois que acabam existindo sentimentos não falados no que diz respeito a inúmeras publicações. E nem sei se houvesse um espaço para esse diálogo, se este seria amistoso como aprendemos com a doutrina.

Será que está faltando Kardec?

Se a codificação é a fonte primeira, é dela que temos que partir para nossas análises, mas isso não significa que não devemos nos aprofundar em nossas reflexões, ampliar o nosso entendimento, cotejar ideias, enxergar que a ciência espírita não é algo isolado, mas integrado a todas as áreas do conhecimento humano. Muitos espíritas, sem perceber, acabam se fechando. Por exemplo, só vão ao cinema para assistirem a filmes espíritas, não leem outras publicações que não sejam as da doutrina, perdendo a oportunidade de contextualizarem o conteúdo espírita das obras da codificação com as outras áreas do conhecimento, não correspondendo à  proposta de liberdade, tão valorizada no espiritismo. Quem já leu o livro Viagem Espírita em 1862 teve a possibilidade de ver Allan Kardec como um homem liberto, dinâmico, estimulando na sociedade da época a integração de seus saberes. Fé raciocinada é isso!

Pela sua experiência jornalística, como antevê os dias futuros em termos de divulgação?

A meu ver, as mudanças são sempre bem-vindas, fruto do aprimoramento do conhecimento humano. Agora, a nós, cabe avaliar e nos posicionarmos para nos adequar e acompanhar, naquilo que condiz com os nossos objetivos.

Mudar é um exercício para o nosso autoaprimoramento. Nem sempre fácil. A comunicação social espírita é um tema bastante instigante e suscita uma série de debates. Como, por exemplo, a adequação e nosso discurso para os diversos públicos que se interessam pelo espiritismo, e que não se restringe mais à casa espírita. A utilização dos recursos da mídia cinematográfica para a difusão de fundamentos espíritas para público não espírita tem sido um belo exemplo. Porque hoje o mais desafiador não é o acesso à comunicação, facilitada pelos e-mails, redes sociais, sites, blog, aulas virtuais. Pelo contrário, em tempos de comunicação fácil, dobra a nossa responsabilidade sobre o que estamos falando e de que forma o fazemos; com coerência, com ausência de contradições, com encadeamento das ideias, dado que qualquer conteúdo gerado e publicado hoje pode ser acessado por milhões de pessoas em poucos segundos. É inegável o aumento do interesse pela doutrina, como inegável é também o grande interesse que ela desperta por seus aspectos fenomênicos. Espiritismo é muito mais. Tem toda sua filosofia a ser difundida. Poucos compreendem as causas e se prendem ainda aos efeitos. É papel nosso, dos comunicadores, ajudar nesta grande tarefa.

Algo mais que queira acrescentar?

Herminio Miranda cita uma frase  em seu último livro O que é Fenômeno Anímico: “Escrevo para saber o que estou pensando”. Agradeço então por essa boa oportunidade de fazer uma retrospecção, lembrar de passagens tão gostosas, e ver que ainda há tanto por se fazer! Espero que essa ‘conversa’ sirva para motivar também os leitores.

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