Atenção!


Informamos que o Grupo Espírita Auta de Souza retomou suas atividades e contamos com a presença de todos a participarem das atividades da casa como palestras, passe, atendimento fraterno, atendimento espiritual, cursos, entre outras.


Todas as sextas-feiras a partir das 19h00.


Rua Força Pública, 268/274, bairro Santana - São Paulo /SP


Altura do número 1205 da Rua Voluntários da Pátria

"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Inscrições abertas para a 43ª COMECAP

Saudações amigos!

Estão abertas as inscrições para a 43ª COMECAP, a Confraternização de Mocidades Espíritas da Capital de São Paulo.

cartaz oficial da 43º COMECAP
O evento reúne aproximadamente 200 jovens da capital e arredores para mais uma confraternização para estudo e divulgação da Doutrina Espírita.


Tema: "Jovem Espírita, por que te deténs?"

Local: E.E. Vereador Antônio de Ré (também conhecido como Macedão)
Rua Penha, 123 - Macedo - Guarulhos - SP

Data: Dia 30 de Setembro de 2012

Horário: Das 8:00 às 17:00

Informações sobre inscrições: Ana Flávia (11-98962-3858)
Informações sobre o Local: Nicolas (11-99623.3830)

Valor da Inscrição: R$ 10,00 até o dia 21 de setembro de 2012.

Conta para Depósito:
Caixa Economica Federal
Agência 4141
Conta Poupança  7308-3 Operação 013
Em nome de Ana Flávia Gonçalves Faustino Esteves
                  CPF 366.068.448-19

Após realizar o depósito, guarde o comprovante. Ele será necessário para o preenchimento deste formulário e deverá ser apresentado no dia.

Lembrando que as vagas são limitadas! 

Preencha o formulário com os seus dados no link.

- - - 

Abraços fraternos.

sábado, 4 de agosto de 2012

Unificação, Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes
Agosto, o mês dedicado ao Patrono da Unificação Espírita, Bezerra de Menezes.

Uma homenagem para lembrarmos do seu recado para todos nós por meio da Mensagem UNIFICAÇÃO recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita Cristã, em 20/04/1963, em Uberaba, MG.

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UNIFICAÇÃO

O serviço da unificação em nossas fileiras é urgente mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.

Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar,
onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.

Nós que nos empenhamos carinhosamente a todos os tipos de realização respeitável que os nossos princípios nos oferecem, não podemos esquecer o trabalho do raciocínio claro para que a vida se nos povoe de estradas menos sombrias. Comparemos a nossa Doutrina Redentora a uma cidade metropolitana, com todas as exigências de conforto e progresso, paz e ordem. Indispensável a diligência no pão e no vestuário, na moradia e na defesa de todos; entretanto, não se pode olvidar o problema da luz. A luz foi sempre uma preocupação do homem, desde a hora da furna primeira. Antes de tudo, o fogo obtido por atrito, a lareira doméstica, a tocha, os lumes vinculados às resinas, a candeia e, nos tempos modernos, a força elétrica transformada em clarão.

A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces e que se nos levanta a organização.

Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja. Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da Verdade.

Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que a nossa fé não faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.

Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos os cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio para nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derramado verbo cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.


Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.

Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.

Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas.
Somente aqui, na vida espiritual, vim aprender que a cruz de Cristo era uma estaca que Ele, o Mestre, fincava no chão para levantar o mundo novo. E para dizer-nos em todos os tempos que nada se faz de útil e bom sem sacrifícios, morreu nela. Espezinhado, batido, enterrou-a no solo, revelando-nos que esse é o nosso caminho - o caminho de quem constrói para Cima, de quem mira os continentes do Alto.

É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.

Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as Verdades do espírito, imutáveis, eternas.

Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios, imunidades, prioridades.

Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos.

Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.

Sigamos para a frente, buscando a inspiração do Senhor.

--- Homenagem publicada pela fan page da USE São Paulo em 02/08/2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sarauta 2012

Saudações Amigos!

Convidamos a todos para participar do Sarauta 2012!!!

Como sempre, vamos comemorar o aniversário de Auta de Souza em Setembro de 2012 com um ótimo sarau todos os sábados do mês, e você está convidado!

A partir das 15h nos dias 01, 15, 22 e 29 de Setembro teremos um espaço ecumênico, divertido e descontraido para todos assistirem e apresentarem o que mais gostam de fazer.

Veja as apresentações confirmadas:


01/09 - Banda Energia e declamação de Poemas com Neivan Rubens

15/09 - Coral Vozes do Caminho e Histórias e Contos com Edmilson Avila

22/09 - Apresentação de Flauta Doce e Violão com Natalia Pires e Edésio Pires

29/09 - Apresentação de Stand Up Espírita com Leonardo Tadeu

E você ai? Quer apresentar o que mais gosta de fazer??? Mande uma mensagem para nós!!! Dança, Percussão, Pintura, Desenho, Teatro, Declamações, Contos e histórias...

Durante o Sarau faremos arrecadação de doações de produtos de limpeza para a COMELESP 2013.

Lista de produtos de limpeza para a arrecadação:

  • Agua sanitária
  • Detergente
  • Desinfetante
  • Sabonete
  • Papel higiênico
  • Papel toalha
  • Guardanapo de papel

Local do Sarauta: Rua Força Pública, 268-274 - Santana, próximo ao metro Carandiru aos sábados a partir das 15h.

Contato: (11) 3485-0829 ou (11) 96792-8085 


E-mail: tcq.tatiana@gmail.com

Facebook: http://www.facebook.com/geautadesouza

               http://www.facebook.com/doacoescomelesp

Blog: www.gea-sp.blogspot.com

 
Vamos divulgar!!!

Banner "Eu Vou"

Cartaz de divulgação


Que Deus derrame sua luz, tal qual a luz do sol que nos banha diariamente, sem distinção!


Abraço Fraterno.

sábado, 30 de junho de 2012

Atualização das Atividades e Programação do GEAS

Saudações amigos!

Atualizamos as nossas atividades. Veja o que mudou:

- O estudo da doutrina mudou de terças para segundas-feiras no mesmo horário, das 20h às 21h30

- A reunião da Juventude Auta de Souza está suspensa até abrirem novas inscrições

- Aos sábados estamos realizando o estudo de Passe e Magnetismo. Para participar verifique o início de nova turma.

Obs.: o estudo de Esperanto está em período de férias durante o mês de Julho.


Abraços!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

1ª Prévia da 35ª COMELESP já está agendada

Saudações amigos!

Já estão abertas as inscrições para a primeira prévia da 35ª COMELESP.

A prévia acontecerá entre os dias 28 e 29 de Julho de 2012 na Sociedade Espírita Luz e Amor Rua Eldorado, 152 - Bairro Prosperidade, São Caetano do Sul.

Valor da Inscrição: R$15,00 até o dia 20 de Julho de 2012.

Nesta prévia acontecerá a votação para a escolha do temário. Vejas as propostas.

Divulgue as propostas de temário em sua mocidade, reuna os integrantes, escolham um tema que consideram mais interessante para o estudo, leve para a 1ª prévia e registre seu voto.

Mais informações e inscrição no link:

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Manifesto pelo colo

publicado em 15 maio 2012

Para os tecnicistas desumanizados de plantão, para os que medicalizam a educação, para os que não querem ter trabalho ao cuidar das crianças, para os que temem se envolver emocionalmente com bebês e crianças (como se isso fosse possível e desejável!), para os que colocam as regras institucionais acima das carências humanas, para os que não entendem nada do sentimento humano de aconchego… para esses que negam ou acham que devem negar ou mandam que outros neguem o sagrado dom do colo para as crianças, vai esse manifesto poético.

Bebês precisam de colo, crianças precisam de toque e carinho, suavidade e afeto. Todos precisamos. Mas a criança precisa disso para se desenvolver bem, saudável, confiante, tranquila. Não se acostuma mal a criança por se dar colo. Ao contrário, acostuma-se mal quando não se dá. Ela experimenta a sensação de abandono, frieza, desconforto. Não se sente amada e protegida. Como nos comunicamos com um bebê? Em primeiro lugar através do toque, do abraço, do afago; depois da tonalidade amável e doce da voz… Precisamos recuperar essa sensibilidade instintiva que a nossa civilização tecnocrata abafou e proibiu.

Sim, bebês e crianças pequenas querem, pedem e precisam de COLO! Vamos oferecer o nosso e isso nos fará muito bem!
A semente que será
Árvore vinda do solo,
O que é que a terra lhe faz?
Acolhe-a e lhe dá colo!
 
As aves que vão e vêm
No mundo de polo a polo,
Nos ninhos sob suas asas
Aos seus filhotes dão colo…
 
A cadela vigorosa
Com que no jardim eu rolo,
Como mãe se transfigura,
Lambendo a cria, dá colo!
 
O pinguim na fria neve,
A águia em seu voo solo,
A leoa na campina,
Aos seus rebentos dão colo!
 
E eu como humano adulto
Se em sofrimento me esfolo
Que mais queria ganhar
Que um quente e materno colo?
 
Filhotes, crianças, homens,
Tudo o que vive e respira,
Quer aconchego e carinho
E não dureza que fira!
 
O bebezinho quer colo
E a criança, ser tocada
Porque é só no pele a pele
Que se saberá amada!
 
Não há choro, não há dor
Nem birra, nem gritaria,
Que um toque suave e terno
Não transforme em calmaria!
 
A criança respeitada
Acalentada, cuidada,
Acolhida o tempo todo,
É criança equilibrada!
 
Nada de teses frias
E os adultos no embaraço!
A criança quer afeto
Com toque, beijo e abraço!
 
Para fazermos do mundo
Um lugar acolhedor,
Saibamos dar às crianças
O nosso colo de amor!

- - -

Pensemo nisso!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Grupo Nossos Irmãos Animais inaugura blog

Saudações amigos!

Nossas amigas fraternas Miriam Lúcia, Ivany Lima e Silvia Nogueira que realizam o trabalho de assistência e orientação a tutores e seus animais de estimação inaguraram ontem, 26/04/12, seu blog para abordar assuntos importância da parte espiritual e da parte física dos nossos queridos companheiros de jornada.

da esquerda para a direita: Miriam Lúcia, Ivany Lima e Silvia Nogueira e dois carinhosos amiguinhos em seus braços.

O Grupo Nossos Irmãos Animais se reune no GEAS toda segunda-feira a partir das 20h.


Parabenizamos as nossas companheiras pela nova empreitada e que possamos dividir muito mais juntos!

Abraços!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Se eu tivesse...

"Se eu tivesse falado do amor que sentia, se eu tivesse perdoado, aconselhado, se eu tivesse me calado..."

Estas são afirmativas que costumam fazer parte dos nossos pensamentos em alguns momentos da vida.

Diante da perda de um ente querido ou no momento em que sabemos estar próxima a nossa partida para a Pátria Espiritual, a sensação de que se poderia ter feito muito mais, é causa de uma das grandes dores do ser humano.

Pensamos que poderíamos ter sido mais cuidadosos nos relacionamentos com os amigos e amores, ter nos doado mais ao próximo, realizado aquele sonho... ou simplesmente poderíamos ter amado mais.

O arrependimento pelo bem que não foi feito é doloroso.

Conveniente seria se vivêssemos a vida sem precisar de um dia empregar essas frases, que demonstram que algo poderia ter sido feito e que agora, não mais nos é possível fazê-lo.

Muitas vezes justificamos o abandono de um objetivo por não termos as condições que julgamos ideais para cumpri-lo.

Dizemos a nós mesmos que não temos o dinheiro ou o tempo suficiente, o poder ou a autoridade, que não temos coragem ou disposição, que somos velhos demais ou jovens demais ou que temos saúde de menos.

Essas afirmativas apenas demonstram o nosso desânimo frente às situações que a vida nos apresenta.

Colocamo-nos facilmente na condição de depender de algo ou de alguém para agir, quando toda ação depende exclusivamente da nossa própria vontade.

*  *  *

Tenhamos coragem e entusiasmo para fazer o que consideramos correto, para agir de acordo com o que a nossa própria consciência nos orienta e para fazer o que for preciso em defesa dos nossos sonhos.

Obstáculos sempre serão encontrados e dificuldades pessoais todos nós as temos pois fazem parte do estágio evolutivo em que nos encontramos.

Com coragem, paciência e disciplina seremos capazes de vencer as dificuldades.

Quando nos mantemos ligados a Deus, sentindo-O em nosso íntimo, qualquer objetivo que nos propusermos a alcançar não nos parecerá distante e encontraremos a força necessária.

Seja a realização de uma grande obra ou apenas um pedido sincero de perdão a alguém que estimamos, se não tivermos coragem, acabaremos por deixar esquecida a nossa vontade.

Diante da história de nossas vidas, olhemos para trás para perceber o quanto já aprendemos, o quanto já crescemos.

E, no caso de constatar que não fizemos as melhores escolhas ao longo da nossa jornada, que usamos mal a liberdade que Deus nos concedeu para escolher os próprios caminhos, não deixemos o desânimo se instalar.

Sempre há uma boa lição a ser retirada das experiências vividas.

É hora de caminhar com fé e entusiasmo no coração. Hora de fazer renascer a esperança, deixar germinar a coragem e enxergar que somos capazes de realizar esse ou aquele feito.

A coragem nos impulsiona a agir.

Vivamos com a sensação de estar fazendo o melhor que pudermos para que, um dia, quando chegar a nossa hora de partir, não precisemos dizer para nós mesmos: Se eu tivesse...

-
Redação do Momento Espírita em 28.03.2012.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Conforto

Nos dias atuais, a ciência progride vertiginosamente no planeta.

No entanto, à medida que se suprimem os sofrimentos do corpo, multiplicam-se as aflições da alma.

Nos países com padrão social mais elevado, impressiona o crescente número de suicídios.

Os jornais estão cheios de notícias maravilhosas quanto ao progresso material.

Segredos sublimes da natureza são surpreendidos nos domínios do mar, da terra e do ar.

Contudo, a estatística dos crimes humanos segue espantosa.

São frequentes as notícias sobre tragédias conjugais, traições e abandonos.

Parece haver muita sede de liberdade sem responsabilidade.

As criaturas se permitem tristes inquietações sexuais, sem atinar quanto a possíveis limites.

Ao muito se facultarem, no entanto, não se tornam mais pacíficas e felizes.

Ao contrário, sôfregas e inquietas, passam a imagem de uma imensa carência.

Nessa onda de loucuras, surgem novas e intrigantes enfermidades, físicas e psíquicas.

A rigor, o homem moderno não se mostra preparado para viver com conforto.

Ele a cada dia mais domina a paisagem exterior, mas não conhece a si mesmo.

Quando são atendidas as necessidades do corpo, surgem imperiosas as carências da alma.

O conforto humano tende a aumentar naturalmente.

Pouco a pouco, o homem disporá de mais tempo para si.

O trabalho se tornará cada vez mais intelectualizado e eficiente.

A democratização das informações também viabilizará o questionamento de antigas crenças e valores.

O problema reside em identificar o que convém, ante tal quadro, a um tempo perigoso e promissor.

Ressurge oportuna a reflexão de Paulo de Tarso, no sentido de que tudo nos é possível, mas nem tudo nos convém fazer.

Com horas livres e acesso à Internet, surge um mundo de possibilidades.

O homem pode se permitir as maiores baixezas nesse ambiente virtual.

Pode se viciar em pornografia, participar de conversas de baixo calão e incentivar o ódio.

Contudo, na conformidade do que decidir viver, terá consequências inevitáveis.

Caso se conecte com as faixas infelizes da vida, a cada dia mais infeliz será.

Assim, no pleno uso da liberdade pessoal, é o momento de decidir o que se viverá.

Não mais movido por convenções sociais, medo ou falta de opções.

Tudo é possível, mas convém fazer escolhas felizes e construtivas.

Instruir-se, voltar os olhos para o que de belo e puro há no mundo.

Cuidar para que as horas de folga sejam momentos de paz e aprimoramento.

Pense nisso.

-
Redação do Momento Espírita
em 23.03.2012, com base no cap. 5, do livro Os mensageiros, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

domingo, 1 de abril de 2012

Não nos permitamos

Refletindo sobre nossos companheiros de jornada, é provável que, em alguns momentos da vida, nos deparemos com uma angustiante questão.

Olhamos para nossos pais, cônjuge, filhos ou amigos e nos perguntamos: quando foi a última vez que recebi ou que lhes ofertei um abraço?

O toque, seja através do afago, do beijo ou do abraço expressa nossos sentimentos, enche a vida de ternura e aquece a alma de quem o oferece e de quem o recebe.

As manifestações sinceras de afeto fazem as pessoas se sentirem amadas e queridas pois demonstram o amor que as envolve.

Ter a liberdade de falar sobre os sentimentos e expressá-los, com equilíbrio e sensatez, também mantém apertados os laços que nos unem às pessoas com as quais nos relacionamos.

Ao constatarmos a distância estabelecida sutilmente entre os afetos, uma grande tristeza nos invade. É o momento em que  nos questionamos: quando e como começou a ser estabelecida essa distância?

Como pudemos permitir que chegasse a esse ponto? Quem foram os responsáveis? E agora? Como fazer para construir novamente essa ponte de ligação com as pessoas amadas?

Olhamos para trás buscando as respostas, na tentativa de começar a construir um caminho diferente, uma nova aproximação.

Muitas vezes, essas respostas não serão facilmente encontradas pois, por mais que busquemos nos arquivos de nossa memória, será difícil identificar o registro de quando foi que tudo começou.

Essa análise do passado é importante, pois descobrindo onde erramos, podemos, a partir dessa constatação, agir de outra forma.

Verificamos então, que talvez tenhamos nos permitido adotar algumas atitudes que podem ter nos distanciado lenta e gradativamente dos seres amados.

Foi o Bom dia deixado de lado pela pressa de começar logo as atividades de mais uma jornada de trabalho; o Boa noite esquecido, vencido pelo cansaço.

Os sentimentos ocultados pela quietude diária, onde cada um se envolve apenas com suas próprias questões pessoais.

A falta de compreensão e de companheirismo, o egoísmo, as mentiras sutis, as mágoas acumuladas e os pequenos desentendimentos.

Essas atitudes são como gotas pequeninas que, com o tempo, se transformam em imensos oceanos.

E quando nos damos conta, não mais sabemos atravessar esse espaço e tocar alguém que tanto estimamos.

*   *   *

Não deixemos que isso aconteça pois transpor essa distância que construímos é uma difícil tarefa.

Não nos permitamos deixar de dar o sorriso de boas vindas, o abraço de despedida, o afago de boa noite e de bom dia. Esse esquecimento pode significar o início dessa barreira invisível que se forma entre as pessoas.

Falar sobre os sentimentos, perguntar com interesse como vai o outro, escutar, importar-se, perceber o que incomoda, vibrar com o que felicita, dividir as angústias e as alegrias, faz muita diferença.

Lembremos que todas as manifestações sinceras de carinho e amor são vibrações que envolvem o próximo, aquecem as almas, alegram e embelezam a vida.

Redação do Momento Espírita.
Em 24.02.2012

Pensemos nisso!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Cuidando do corpo

Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?

-
Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do Evangelho de Mateus em 19.03.2012.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O mundo está acabando


Não é novidade a previsão de que o mundo vai acabar. As culturas milenares ou doutrinas recentes, pregadores de hoje ou profetas do ontem se fizeram arautos do fim do mundo.

Alguns previram explosões e convulsões intensas avassalando imensas regiões.

Outros, imaginaram grandes asteróides se chocando com a Terra, convulsionando de tal forma a harmonia do planeta, que a vida humana se tornaria impossível, sendo destruída em sua totalidade.
Alguns fanáticos promoveram suicídios coletivos, antecipando a catástrofe que, imaginavam eles, se daria brevemente.

Não foram poucos aqueles que marcaram data, ano, na exatidão do calendário que se escoava e que teimava em não cumprir a previsão catastrófica.

Poucos, porém, se deram conta de que o mundo há muito tempo vem acabando.

Onde está o mundo onde as mulheres não tinham direitos sociais, eram proibidas de votar, não podiam frequentar a escola?

Esse mundo acabou, resistindo apenas em alguns rincões de ignorância e miséria moral.

Como falar, então, do mundo onde as cartas levavam meses para encontrar seu destino, onde as notícias eram poucas e raras, onde sabia-se de pouco e pouco se difundia?

Esse mundo também acabou, substituído por um mundo melhor, onde a tecnologia nos aproxima, nos beneficia, coloca luzes nos mais distantes lugares do mundo, minimizando as dores e dificuldades.

Analisando assim, é verdade que o mundo está acabando. Não da maneira violenta e definitiva como imaginavam tantos, nem tampouco de forma irreversível e avassaladora como pregaram outros.

É natural da evolução humana que o mundo vá se acabando, para que outro mundo se construa, na marcha inevitável do progresso e da melhora.

Mesmo a guerra, as grandes catástrofes naturais, os desastres são previstos nas leis de Deus para que o progresso ganhe marcha e a melhora se instale para todos.

Nesses dias de transição que ora passamos, é urgente que o mundo também se acabe.

Mas esse mundo que deve ser extinto é o mundo da violência que palpita dentro de nós.

Temos que ajudar a dar fim ao mundo de injustiça que, muitas vezes, permitimos que se dê sob os nossos olhos.

Devemos colaborar para o fim de um mundo de iniquidades, de desigualdades, de fome e miséria que ainda se estende por tanta parte e para tantos.

É verdadeiramente urgente que esse mundo todo se acabe. E que um novo mundo se inicie em nossa intimidade e, aos poucos, possamos colaborar para que nosso planeta ganhe outras paisagens e outros valores.

Só assim dia virá em que olharemos para esses dias que ora se passam e teremos a certeza de que o mundo acabou. E que no lugar dele, um mundo de paz, harmonia e justiça se instaurou, para nunca mais acabar.

Redação do Momento Espírita em 21.03.2012.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Seminário: A Permanência do Jovem na Casa Espírita em Maio/2012, Campo Grande - MS

 Seminário com Leonardo Machado sobre "A permanência do jovem na casa espírita, como caminhar nessa direção"

Dia 26 de maio de 2012 das 13h30 às 18h
Rua Dr Machado, 168 - Campo Grande / MS

Informações: (67) 3341-7769, inesfmt@hotmail.com , joaomarcelotavares@hotmail.com , rejanetoled@hotmail.com



(Informação recebida em email de eventosespiritas@grupos.com.br; em nome de; ABRADE, abrade@abrade.com.br)

sábado, 24 de março de 2012

Encontro Fraterno Auta de Souza de 2012

Em São Paulo, SP

O Encontro Fraterno Auta de Souza de 2012 terá como tema central “Família no Século XXI – Ordem ou Desordem?”, com vários sub-temas, todos tratando da família e seus conflitos.

Os temas específicos são:

- Abordagem Transpessoal da Família
- Convivência com o Idoso
- Violência Doméstica
- Campanha da Fraternidade Auta de Souza e Posto de Assistência

O encontro terá também temas especiais, no sábado às 20 horas o tema será: “Família - Aprendizagem de Amor” com a professora e comunicadora da Rádio Boa Nova Heloísa Pires. No domingo às 08h a abordagem será “Mitos
Familiares”.

O Encontro será realizado nos dias 31 de março e 1º de Abril, na E.E. Barão de Ramalho, que está localizado na avenida Amador Bueno de Veiga, 604, bairro da Penha.


O valor da inscrição é de 10 reais e as crianças de até 5 anos não pagam e de 6 a 11 pagam 6 reais. A inscrição será feita no dia e no local do eventos a partir das 10 horas da manhã.

O patrocínio e a organização ficarão por conta da Associação Espírita Beneficente Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, que está localizado na rua Dona Vicentina Alegretti, 265 – Penha.

Para conhecer um pouco mais sobre a associação entre no site www.abrigobezmenezes.org.br mande um e-mail para abrigo@abrigobbezmenezes.org.br ou ligue 2164-1839.

Mais informações sobre o evento mande para encontrofraternobezerrademenezes@hotmail.com

(Informação recebida em email de Claudio Roberto Palermo, locutor@feal.com.br)

quinta-feira, 22 de março de 2012

“Espiritismo Agora” pela Radio Boa Nova

Canal da rádio: AM- 1450 com Antonio Coelho e Milton Felipeli

O programa “Espiritismo Agora” será apresentado através da Rede Boa Nova de Rádio AM-1450, partir de terça feira, dia 27 de março, às 16h30.

Sob a direção e apresentação de Antonio Coelho e Milton Felipeli, o programa levará ao ar importantes temas de interesse geral do público.

Tema do primeiro programa: O amor verdadeiro

Ouça e participe.

miltonfelipeli@espiritismoagora.com.br

www.radioboanova.com.br

Telefone: (11) 2457 7000

Correio comum: Avenida André Luiz, 723- Guarulhos-SP, Cep: 07082-050

Rádio Boa Nova, Grande São Paulo – 1450 AM

Radio Boa Nova, Sorocaba e Região – 1080 AM

(Informação recebida em email de Milton Felipeli, miltonfelipeli@ig.com.br)

terça-feira, 20 de março de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita

entrevista com Izabel Regina Rodrigues Vitusso

Para ler a entrevista completa acesse o link (...)

Qual a sua formação acadêmica e atividade profissional?

Tenho formação em comunicação social, em jornalismo, área em que sempre trabalhei. Em Uberlândia, fui docente na Faculdade de Jornalismo, no Centro Universitário do Triângulo, e trabalhei com comunicação corporativa, em grande empresa no ramo atacadista distribuidor. Lá também publiquei meus dois livros, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Aliança Municipal Espírita. Atos de Amor (Minas Editora) e Terra Fértil, Semente Lançada – a História do Espiritismo em Uberlândia (AME).

Em São Paulo, estamos há onze anos. Aqui fui trabalhar em editora de livros e revistas científicas, até assumir a responsabilidade pela Editora Espírita Correio Fraterno.
(...)
 
Como tem enxergado a trajetória da Doutrina Espírita e do Movimento Espírita no Brasil?
O movimento espírita já passou por diversos períodos, desde a sua  legitimização, com diversos pioneiros sendo chamados para defender o direito de acreditarem numa nova crença que não fosse a dominante. Só para lembrar, na década de quarenta, se consolida o trabalho de assistência social, com a fundação de importantes instituições pelo Brasil. Nesse período também as obras espíritas se multiplicam, principalmente porque se inicia a bela parceria espiritualidade-Chico Xavier, que vão contar com o empenho dos trabalhadores espíritas para sua divulgação. Ao se difundir a doutrina, a mensagem imperativa era a de que na base do espiritismo estavam as obras da codificação, que era preciso realmente estudá-las e que tudo o que, pela lógica, dela fugisse, não seria espiritismo.

Vivemos agora o período de interiorização e reflexão, sobre tudo o que temos apreendido com a doutrina, trabalho interior, sem o qual não terá sentido todo esse nosso esforço. Espiritismo é meio e muitos de nós acabamos, pelo apego, por nossas dificuldades que ainda são tantas, fazendo dele um mero fim. Vivemos tempos de intensas mudanças, e as maiores delas no campo bem pessoal.

A literatura espírita está num bom caminho?

O mercado editorial espírita é um assunto bastante debatido hoje. A liberdade assegurada pela descentralização do poder representativo do espiritismo entrega a cada um o direito de seu livre exercício de entendimento. Em decorrência desta liberdade a nós assegurada vivemos hoje o grande desafio em relação às inúmeras publicações que imputam ideias à doutrina espírita que ela não tem. Sem contar a grande quantidade de obras que se intitulam espíritas e que na verdade não o são.

Esse assunto no movimento espírita é bastante delicado, pois que acabam existindo sentimentos não falados no que diz respeito a inúmeras publicações. E nem sei se houvesse um espaço para esse diálogo, se este seria amistoso como aprendemos com a doutrina.

Será que está faltando Kardec?

Se a codificação é a fonte primeira, é dela que temos que partir para nossas análises, mas isso não significa que não devemos nos aprofundar em nossas reflexões, ampliar o nosso entendimento, cotejar ideias, enxergar que a ciência espírita não é algo isolado, mas integrado a todas as áreas do conhecimento humano. Muitos espíritas, sem perceber, acabam se fechando. Por exemplo, só vão ao cinema para assistirem a filmes espíritas, não leem outras publicações que não sejam as da doutrina, perdendo a oportunidade de contextualizarem o conteúdo espírita das obras da codificação com as outras áreas do conhecimento, não correspondendo à  proposta de liberdade, tão valorizada no espiritismo. Quem já leu o livro Viagem Espírita em 1862 teve a possibilidade de ver Allan Kardec como um homem liberto, dinâmico, estimulando na sociedade da época a integração de seus saberes. Fé raciocinada é isso!

Pela sua experiência jornalística, como antevê os dias futuros em termos de divulgação?

A meu ver, as mudanças são sempre bem-vindas, fruto do aprimoramento do conhecimento humano. Agora, a nós, cabe avaliar e nos posicionarmos para nos adequar e acompanhar, naquilo que condiz com os nossos objetivos.

Mudar é um exercício para o nosso autoaprimoramento. Nem sempre fácil. A comunicação social espírita é um tema bastante instigante e suscita uma série de debates. Como, por exemplo, a adequação e nosso discurso para os diversos públicos que se interessam pelo espiritismo, e que não se restringe mais à casa espírita. A utilização dos recursos da mídia cinematográfica para a difusão de fundamentos espíritas para público não espírita tem sido um belo exemplo. Porque hoje o mais desafiador não é o acesso à comunicação, facilitada pelos e-mails, redes sociais, sites, blog, aulas virtuais. Pelo contrário, em tempos de comunicação fácil, dobra a nossa responsabilidade sobre o que estamos falando e de que forma o fazemos; com coerência, com ausência de contradições, com encadeamento das ideias, dado que qualquer conteúdo gerado e publicado hoje pode ser acessado por milhões de pessoas em poucos segundos. É inegável o aumento do interesse pela doutrina, como inegável é também o grande interesse que ela desperta por seus aspectos fenomênicos. Espiritismo é muito mais. Tem toda sua filosofia a ser difundida. Poucos compreendem as causas e se prendem ainda aos efeitos. É papel nosso, dos comunicadores, ajudar nesta grande tarefa.

Algo mais que queira acrescentar?

Herminio Miranda cita uma frase  em seu último livro O que é Fenômeno Anímico: “Escrevo para saber o que estou pensando”. Agradeço então por essa boa oportunidade de fazer uma retrospecção, lembrar de passagens tão gostosas, e ver que ainda há tanto por se fazer! Espero que essa ‘conversa’ sirva para motivar também os leitores.

domingo, 18 de março de 2012

Falar em público no Centro Espírita

por Wellington Balbo, de Bauru, SP

Um dos maiores receios do ser humano: falar em público. Muitos chegam mesmo a tremer diante de tal possibilidade, as razões são as mais diversas: timidez, falta de vontade em se expressar, medo de ser julgado com severidade pelos outros, pavor de ver suas ideias rejeitadas por um grande número de pessoas...

Alguns dados são interessantes: 41% dos norte americanos têm medo de falar em público, os australianos chegam mesmo a preferir a morte a tomar contato com uma platéia.

Todavia, na era da informação e comunicação, é fato que mais dia ou menos dia, teremos de nos apresentar para platéias maiores ou menores, seja em reuniões profissionais, familiares, ou mesmo em algum seminário que formos apresentar em virtude da atividade religiosa ou estudantil que desenvolvemos.

Lembro-me de pitoresco fato: em um seminário na faculdade, uma amiga recusou-se a participar, o motivo: pavor de falar em público. Dizia-se incapaz, sem gabarito para tal empreitada. Infelizmente a colega abandonou o curso por não querer vencer essa limitação, que, diga-se de passagem, era absolutamente contornável.

Adaptando essa realidade para as atividades desenvolvidas no Centro Espírita, vemos também a carência de colaboradores que fazem o uso da palavra em público. Por isso é digno de registro a iniciativa desenvolvida pela USE Intermunicipal Bauru, que visa incentivar os colaboradores do Centro Espírita a enfrentar platéias.

Os benefícios dessa empreitada são inúmeros: 
1º oferecer ao Centro Espírita um colaborador nativo que faça o uso da palavra, para que não se fique refém apenas de expositores vinculados à outras Casas. 
2º Incentivar o ser humano a desenvolver essa habilidade – de falar em público – tão importante nos dias atuais, e que sem dúvida será de utilidade em todo os ângulo de ação que ele estiver inserido. 
3º Convite ao estudo, porque o orador, para expor bem o tema que se propõe a falar, terá de conhecê-lo e consequentemente estudá-lo. 
4º Enriquecimento ao Espírito, que começará o plantio de mais uma habilidade, melhorando gradativamente, a medida que vai trabalhando em torno dela.

Imperioso ressaltar também que naturalmente enfrentaremos receios e percalços, inerentes a qualquer atividade que se inicia, contudo, o importante é darmos o primeiro passo, plantando hoje para que a colheita seja feita amanhã. Nada de desânimo ou menosprezo por si mesmo, achando que temos de dominar com maestria a arte da oratória, tudo tem um início. Grandes mestres da palavra, que levam platéias à comoção com seu verbo inspirado, são fruto de árduo e intenso trabalho que fizeram para desenvolver essa aptidão.

Cabe então ao Dirigente Espírita, criar campo propício, abrindo portas e incentivando o gosto por falar em público por parte dos colaboradores do Centro Espírita que está sob sua administração. Com isso ganha o Centro Espírita, o Movimento Espírita, e sobretudo, o ser humano, que vê descortinar novos horizontes em sua caminhada evolutiva.

Pensemos nisso.

sexta-feira, 16 de março de 2012

15º. Congresso Estadual de Espiritismo em Franca, SP

Programação Pública

Local: Escola Pestalozzi na Rua José Marques Garcia, 197.
Entrada gratuita.

De 28 a 30 de abril de 2012.

Dia 28 de abril às 19h, sábado
com Divaldo Pereira Franco sobre Solidariedade - Uma outra forma de conhecer.

Dia 29 de abril às 19h30, domingo
Noite de Artes - coordenação Departamento de Artes da USE-Franca

Dia 30 de abril às 19h30, segunda-feira
com Heloisa Pires sobre Espiritismo - Estudo e Prática



(Informação recebida em email de usefranca@googlegroups.com; em nome de USE-Franca, usefranca@gmail.com)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Seminário “O Despertar da Consciência” em Suzano, SP

Com a Equipe O Despertar da Consciência

Dia 24 de junho de 2012, domingo, das 15h ás 20h
Sem necessidade de inscrição, evento gratuito
Pede-se aos participantes levar 1kg de alimento não perecível

Local Associação Beneficente Vinha de Luz na Rua Cidade de Diadema, 284 Parque Maria Helene, Suzano-SP

Arte Musical com Monica Albuquerquer de Sorocaba-SP

Palestra com Mário Mas sobre Amadurecimento Psicológico

Palestra com Sebastião Camargo sobre Amor Incondicional - O Caminho para a Autoiluminação


(Informação recebida em emails de Claudio Palermo locutor - FEAL, locutor@feal.com.br, e de Regina Bachega)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Desde sempre

por Richard Simonetti, richardsimonetti@uol.com.br

Quando Allan Kardec pergunta, na questão 683, de O Livro dos Espíritos, qual o limite do trabalho, responde o mentor espiritual que o assiste: o das forças.

A esse respeito Deus deixa inteiramente livre o Homem.

Estaríamos diante de um representante do Sindicato dos Patrões?

Trabalhar até o limite das forças?!

Desavisado estudante de sociologia certamente verá aqui algo do famigerado capitalismo selvagem, a exploração do Homem pelo Homem, conforme o conceito marxista. O favorecimento de alguns em detrimento de muitos.

No início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, havia a jornada de quatorze horas diárias, literalmente no limite das forças do pobre operário, em favor da prosperidade do patrão.

Restavam-lhe dez para o repouso, das quais eram subtraídas as destinadas à alimentação, higiene pessoal, transporte, contato familiar, saúde…

* * *

Obviamente, caro leitor, o Espírito que respondeu a Kardec não estava apoiando esse regime escravocrata.

Consideremos que não se referia exclusivamente ao trabalho profissional. Este é apenas parte do esforço a que somos convocados.

O que ele sugere é que devemos estar sempre ativos, evitando a inércia, que contraria o dínamo-psiquismo próprio da natureza humana.

Experimente parar de pensar por um minuto apenas.

Não conseguirá.

Nossa mente não cessa de trabalhar, nem mesmo quando dormimos. Sonhos são registros esmaecidos do que pensamos ou fazemos afastados do corpo, enquanto este se abriga nos "braços de Morfeu".

Ininterruptamente, emitimos energias, formando imagens que se expandem ao nosso redor, sustentando nossos estados de ânimo e as condições físicas e psíquicas que nos são próprias.

É o que caracteriza nossa condição de Espíritos, seres pensantes, distinguindo-nos dos seres inferiores, dentre os quais estagiamos em tempos remotos, na condição de princípio espiritual destituído da capacidade de pensar e decidir, custodiado pelo instinto.

Agora nos cumpre seguir em frente, rumo à perfeição, a partir de nossa própria iniciativa, exercitando a razão.

O problema é que ainda estamos perto da animalidade, distanciados da angelitude. Prevalecem em nós impulsos instintivos que colidem com a razão.

Um exemplo típico, amigo leitor, está no exercício da sexualidade, algo inerente aos seres vivos, favorecendo a perpetuação das espécies.

Nos seres inferiores a atividade sexual é inteiramente controlada pela Natureza, no chamado cio em que os parceiros são irresistivelmente atraídos ao acasalamento.

Como o ser humano é diferente. O exercício do sexo fica subordinado aos seus desejos. E em grande parte do tempo, principalmente no verdor da juventude, a mente indisciplinada povoa-se de fantasias de ordem sexual, disparando, não raro, envolvimentos passionais, que trazem prazer em princípio, tédio e preocupação depois...

Dizia São Jerônimo: "trabalha em algo para que o diabo te encontre sempre ocupado".

No mesmo sentido o ditado popular: "mente vazia é forja do demônio".

As tentações, não apenas no terreno da sexualidade, chegam sempre quando não temos o que fazer, quando não ocupamos a mente com o trabalho.

Peço-lhe licença, amigo leitor, para outra citação, desta feita do grande Voltaire:
"O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade".
O tédio, que nasce da falta de serviço, é porta aberta para o vício, que sempre resulta na incapacidade de prover às necessidades.

O jeito, portanto, é sempre ter o que fazer.

* * *

Quando falo em trabalho, amigo leitor, não me refiro apenas à atividade profissional, importante, sem dúvida, indispensável à subsistência.

Ocorre que essa atividade tenderá a ocupar cada vez menos nosso esforço, ante o desenvolvimento dos recursos tecnológicos.

Vão longe os tempos em que um operário trabalhava quatorze horas diárias. Em países desenvolvidos há uma tendência para a jornada de trabalho de apenas seis horas, cinco dias por semana.

Podemos considerar, à luz da questão 683, que é importante manter a mente ocupada, exercitando atividade, no trabalho profissional, nos cuidados com a família, no atendimento das necessidades de higiene e alimentação.

Não esquecendo nunca, porém, dois tipos de trabalho, fundamentais ao nosso crescimento como filhos de Deus:

Em características de Eternidade

Somos imortais. Já vivíamos antes do berço e continuaremos a viver depois do túmulo.

Não estamos na Terra em jornada de férias, nem simplesmente para resgatar dívidas relacionadas com escabroso passado.

A finalidade principal da jornada humana chama-se evolução.

Estamos aqui para superar mazelas e imperfeições, para desenvolver potencialidades espirituais, morais e intelectuais, a caminho da perfeição.

Por isso, é preciso investir nossas disponibilidades de tempo em favor do Espírito que viverá para sempre, muito além das exigências do homem que desaparecerá no túmulo.

Isso implica permanente esforço de aprendizado e renovação para sair daqui melhores do que quando chegamos.

Em características de Universalidade.

A felicidade, como pleno cumprimento dos objetivos da Vida, como plena integração nos ritmos da harmonia universal, concretiza-se a partir de nossa participação em atividades que visam o Bem, no lar, na sociedade, na profissão, na atividade religiosa…

Por isso, a melhor iniciativa, no propósito de sustentar nosso equilíbrio, é a disposição de servir.

Onde quer que estejamos sempre há o ensejo de fazer algo em favor do próximo.

* * *

O homem comum aprecia o lazer, dentro do "dolce far niente", o doce não fazer nada.

Assimilando noções mais amplas a respeito de nossas potencialidades, compreendemos que nada há mais gratificante e produtivo que o trabalho em características de eternidade e universalidade, que nos realiza como filhos de Deus.

E o Criador, como ensina Jesus, trabalha desde sempre.

Seremos felizes e realizados se nos dispusermos a imitá-lo, desde agora.

Para finalizar, um pensamento de Charles Schulz:
"O que fazemos durante as horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos nas horas de lazer determina o que somos".
Recado ao dirigente espírita:

- Enfatize, diante dos companheiros e frequentadores, a necessidade de exercitarem o trabalho em características de eternidade e universalidade, aprendendo e servindo sempre.

- Centro Espírita distraído dessa orientação é escola de alfabetização sem abecedário.

* * *
Pensemos nisso!

Beijos e abraços.

sábado, 10 de março de 2012

Convite para Cursos de Esperanto, em São Paulo, SP

INSCRIÇÕES ABERTAS!

O Ccdpe-Ecm - CENTRO DE CULTURA, DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA DO ESPIRITISMO - EDUARDO CARVALHO MONTEIRO, promove:

Cursos de Esperanto Básicos e Avançado

Começam nos meses de março e maio de 2012, cursos da língua internacional Esperanto, na sede do CCDPE-ECM, à Alameda dos Guaiases, 16, na Capital de São Paulo, com o objetivo de trabalhar a compreensão e pronúncia em nível pleno e conversação em nível intermediário, assim como oferecer conhecimentos de história da língua e desenvolver nele habilidades e competências de multiplicador.

A duração dos Cursos Básicos será de 103 horas e do Curso Avançado, de 130 horas, com duração de dois semestres. 

O curso básico terá duas opções de horário: às terças e quintas das 20 às 22 h ou aos sábados das 13:30 às 18h. 

Haverão aulas teóricas e de conversação, assim como atividades culturais para melhor assimilação do conteúdo. Veja horário completo abaixo.

Inscrições (vagas limitadas) somente pelo e-mail: contato@ccdpe.org.br

Informações pelo telefone: (11)5072-2211 (ccdpe-ecm) ou 11 - 3926-0500 com Pérola.

Taxa de inscrição R$35,00 no 1° dia de aula e mensalidade R$35,00 (no 2° sábado do mês), para despesas de manutenção da casa e coffee break's. Obs. o curso, embora de alto nível é gratuito, apenas se solicita a colaboração acima para as despesas de luz, água, limpeza, faxineira, etc e cafés nos intervalos. Os professores doam as suas aulas.

(Informações resumidas de email de recebido de Regina Bachega)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Peça de teatro “Há dois mil anos” em Valinhos, SP

Dia 31 de março de 2012, sábado às 21h
Adaptação e Direção: Gabriel Veiga Catellani
Tempo de duração:120 minutos
Faixa Etária Sugerida: A partir de 12 anos

Ingressos - Inteira R$ 40,00 - Idosos e Estudantes - 20,00 - Promocional antecipado - R$ 30,00
 
Local: Auditório Municipal de Valinhos na Rua 21 de Dezembro, 66, Centro

Chega a Valinhos a produção de teatro “HÁ DOIS MIL ANOS”, espetáculo de 120 minutos, apresentando uma nova versão do clássico do Espírito Emmanuel, psicografado pelo médium Chico Xavier, e que associa uma grande história de amor, a reflexão universal sobre o sentido da vida e dos atos que aqui praticamos.

Emocione-se com o Senador romano Públio Lêntulus e de sua esposa Lívia, num cenário inesquecível da Roma Antiga.

São 16 atores interpretando mais de 40 personagens numa produção requintada, e com músicas cantadas ao vivo. Efeitos especiais não faltam.

Elenco

ALCESTE MADELLA              Senador Flamínio
ALMIR MACUL                     Simeão
ANDRÉA COSTA                   Sêmele
EVAN HALEGAM                   Pôncio Pilatos
FABÍOLA QUAGLIETTA          Flávia
FERNANDO LIMA                 Sulpício
JOSÉ JUNIOR                     Saul e Marcos
JOSÉ RAMOS                      João Evangelista
LUCIANO ROCHA                André de Gioras
MIRELLA KHAYAT                Fúlvia
REGINA CATELLANI             Cláudia
RENATO CRUZ                    Plínio
TÂNIA GIMÊNEZ                 Calpúrnia
TATIANA MONTAGNOLLI      Lívia
WENDEL PINHEIRO             Públio Lêntulus
Veja onde adquirir os ingressos antecipadamente:
  • Casa de Caridade Irmã Vera Cruz - Márcia Ladeira
  • Centro Espírita Amor e Caridade com Anete
  • Grupo Fraterno Foco de Luz com Selminha
  • Casa do Caminho com Arlete
  • ICEAC com Emilia
  • Grupo Luz e Esperança com Celina
  • Morada de Luz com Marcel
  • Casa de Pedro com Bene
  • Grupo Espírita Os Peregrinos com Rose e Cláudia
Ou pelo telefone:  9178 3333 – 3869 4643 - Fale com André, Isabela ou Cláudia.
Cena da peça

(Informações em email recebido de Otavio Cunha)

terça-feira, 6 de março de 2012

A força do Amor

por Wellington Balbo de Bauru, SP 

Cabelo em desalinho, roupa suja e mal cheirosa, olhar triste e perdido demonstravam o infeliz estado de espírito daquele homem.

Havia abandonado a família há 5 anos depois de ter conhecido a falência de sua empresa, envergonhado, deixou esposa, filhos e dívidas para trás...

Desiludido com tudo resolveu perambular pelo mundo.

Certo dia entrou em uma lanchonete e desabou a chorar.

O dono do estabelecimento, compadecido daquela pobre criatura, foi oferecer auxílio.

O andarilho pediu apenas uma refeição, no que foi prontamente atendido.

Viu na pessoa que o atendera alguém com quem poderia conversar, precisava mesmo desabafar, contar sua história, pedir um norte, uma direção...

Foi o que fez, confidenciou sua vida para aquele homem que lhe oferecera apoio.

O homem não o censurou, não criticou, entretanto, deu-lhe o seguinte conselho:

 - Meu amigo, não duvide da força do amor, sua família lhe ama, volte, abra seu coração, fale os motivos de sua fuga, diga-lhes sobre suas dúvidas, seus receios...

O andarilho nada disse, apenas agradeceu e foi embora.

Passados 2 anos do ocorrido, certa vez adentrou naquela mesma lanchonete uma pessoa, cabelos cortados e bem alinhados, olhar feliz e seguro, sorriso doce nos lábios.

Perguntou ao dono do estabelecimento o preço de uma refeição.

Depositou o valor no balcão, olhou para ele e pediu-lhe um abraço.

O dono da lanchonete estranhou, não conhecia aquele sujeito, qual  seria a razão de tudo aquilo?

Logo ficou sabendo que aquele homem era o mesmo que anos antes adentrara seu recinto com o coração dilacerado e muitas dúvidas na bagagem.

Ficou feliz em vê-lo bem, disposto e trabalhando.

Era agora uma outra criatura.

O outrora desanimado andarilho contou-lhe que resolveu acreditar na força do amor a que o homem se referira anos atrás.

Voltou para a família, e esta o recebera de braços abertos.

O amor é tonificante da alma, quando nele acreditamos temos força para transpor qualquer obstáculo.

Quando nele nos apoiamos não cogitamos desertar dos compromissos que assumimos.

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domingo, 4 de março de 2012

O Amor que Desbloqueia

por Richard Simonetti, richardsimonetti@uol.com.br

Certamente, você concordará, amigo leitor, que o verbo mais usado nas orações que se erguem da Terra ao Céu é pedir.

Para a maioria dos fiéis, preces são longas listagens, como quem contata um supermercado do Além, esperando que Deus providencie a entrega das encomendas em domicílio.

Obviamente, não é proibido o petitório.

Afinal, Deus é Nosso Pai!

Impensável impedir o filho de buscar seu genitor, a rogar-lhe a solução de seus problemas ou o atendimento de suas necessidades.

Não obstante, há um princípio básico que devemos observar, a fim de não reclamarmos que o Todo-Poderoso é um pai negligente, que faz ouvidos moucos aos nossos anseios: evitemos solicitar milagres.

Alguns exemplos:
  • Passar em vestibular sem estudar.
  • Conquistar emprego de alto nível sem especialização profissional.
  • Prosperar num negócio sem experiência comercial.
  • Conquistar a paz sem disciplinar as emoções.
  • Pacificar o lar sem cultivar compreensão.
  • Conquistar amigos sem exercitar simpatia.
  • Conservar o bom ânimo sem a luz de um ideal.
  • Ser feliz sem realizar a bondade.
Também não vai isentar-nos de situações que nós mesmos planejamos ao reencarnar:
  • Família difícil…
  • Convivência com desafetos…
  • Deficiência física…
  • Doença crônica…
  • Problemas financeiros…
  • Dificuldades variadas…
Na espiritualidade, com a consciência desperta e a visão plena de nossas imperfeições e fraquezas, nossa postura é a do devedor ansioso, que pretende resgatar urgentemente seus débitos a fim de, digamos, limpar seu nome no tribunal da consciência.

Cogitávamos de múltiplos males e dissabores, lutas e dores, pretendendo resolver rapidamente pendências cármicas, a inibirem nossa ascensão às paisagens celestiais.

Benfeitores espirituais que nos assistiam operaram drásticos e misericordiosos cortes nessa listagem de desgraças, porquanto não suportaríamos enfrentá-las por inteiro.

Segundo um princípio elementar de justiça, Deus não nos impõe provações superiores à nossa resistência.

Jamais o peso da cruz será incompatível com nossa musculatura espiritual.

Ocorre que, em aqui chegando, com a visão precária dos olhos carnais, e perdendo o contato com as realidades espirituais, esquecemos as boas intenções.

Resultado: passamos a imaginar que houve algum equívoco dos programadores celestes, impondo-nos um trambolho que se nos afigura impossível de carregar. E nos entregamos a ardentes orações, implorando a Deus que o retire de sobre nossos ombros.

Há duas histórias interessantes e ilustrativas.

* * *

A primeira diz respeito a um homem insatisfeito com sua cruz. Pesava demais. Não lhe parecia razoável nem justo.

Vivia reclamando. Orava sensibilizado, a reivindicar madeiro mais leve.

E tanto insistiu, agoniado, que lhe foi oferecida a oportunidade de efetuar substituição.

Sob orientação de mentores espirituais, examinou imenso mostruário onde havia cruzes de tamanho, formato e peso diversos. Escolheu cuidadosamente a que lhe pareceu mais adequada.

Quando a recebeu verificou, assombrado, que era exatamente igual à que carregava. O mesmo tamanho, formato e peso.

Digamos que a cruz de nossos dissabores guarda compatibilidade com nossas forças, bem mais leve do que merecemos, bem menos contundente do que solicitamos.

Se assim não nos parece é porque a carregamos sobre ombros nus. É o atrito que produz doridos ferimentos.

Ficará bem ameno se colocarmos um anteparo: a almofada do Bem, em exercícios de amor pelo semelhante e fé em Deus.

Com essa abençoada proteção seguiremos tranquilos, cumprindo sem maiores dificuldades nossa programação existencial.
* * *
 
A segunda história nos fala de um homem muito esperto.

Reclamando que o peso do madeiro o incomodava, cortou um pedaço na base. Ficou mais leve.

Após algum tempo de caminhada, começou a pesar novamente.

Não teve dúvida – cortou outro pedaço e seguiu tranquilo.

Ao chegar ao final da longa jornada, verificou algo que o deixou estarrecido: o acesso às regiões celestiais passava por um abismo profundo, com a largura de dois metros e meio, pouco menor que o cumprimento da cruz original, que deveria ser usada como uma ponte.

Ao reduzi-la, ficou sem acesso.

Muita gente vai podando a cruz pelo caminho.

O chefe de família que abandona esposa e filhos, por sentir-se cerceado em sua liberdade…

O comerciante que apela para a desonestidade a fim de superar dificuldades econômicas.

A mulher que parte para o aborto a fim de livrar-se de um filho indesejável...

A jovem que se prostitui para furtar-se à pobreza.

São, simbolicamente, cruzes decepadas, que em princípio até facilitarão a caminhada, mas resultarão em graves problemas no retorno à vida espiritual.

Esses podadores da cruz não terão condições para transpor os abismos umbralinos, as regiões purgatoriais, onde, segundo Jesus, há choro e ranger de dentes.

* * *

Há os que estão dispostos a carregar o madeiro redentor sem fugas, sem desvios.

Não pedem, em oração, que o peso seja menor, nem pretendem que seja reduzido.

Acertadamente, rogam forças, coragem, equilíbrio…

Não obstante, saem da oração sem aqueles benefícios.

Imaginam uma falha de comunicação.

O canal de ligação com o Céu parece bloqueado.

Como superar o problema?

É Jesus quem nos ensina, ao proclamar (Mateus, 5:23-24):
Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, – deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la.
Faziam parte do culto judeu as oferendas, situadas como sacrifícios. O ofertante despojava-se de algo em favor do Templo. Podia ser dinheiro, utensílios, vegetais, animais, aves...

Jesus respeitava aquelas tradições, embora não as observasse, já que sua proposta era diferente, conforme explicou à mulher samaritana (João, 4:23-24), dizendo que Deus é Espírito e em espírito deve ser adorado.

O culto a Deus deve ser despido de ofícios e oficiantes, ritos e rezas. É um ato do coração, do filho que se comunica com seu pai.

Mas o Mestre deixa bem claro que essa ligação ficará inviável se o nosso telefone, o coração, estiver bloqueado por mágoas e ressentimentos.

Talvez seja impossível a reconciliação, pelo menos em princípio, se a outra parte não está disposta, mas que desbloqueie a linha aquele que ora.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo X, diz Kardec:

O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício.

Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha.

Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão.

Só, então, os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno.

Esse entrar no templo do Senhor, a que se refere Kardec, é o exercício da oração, fazendo indispensável oferenda espiritual: uma alma livre de ressentimentos, ódios e rancores.

O raciocínio é perfeito.

Como pedir ajuda a um pai, desejando mal ao seu filho?

* * *

A pretensão de uma comunhão com Deus, sem depurar o coração de sentimentos rancorosos, ante a luz do amor, é uma contradição lamentável, que perpetua no Mundo as lutas armadas, as guerras, o morticínio…

No Oriente Médio, de insuperáveis conflitos entre árabes e judeus, a se matarem uns aos outros, vemos, surpreendentemente, os dois povos imbuídos de religiosidade.

Procuram as mesquitas e as sinagogas.

Oram, contritos, em favor da paz.

Mas pretendem a paz que se estabeleça a partir da destruição do inimigo, coração repleto de ódio, insuperável desejo de vingança.

O árabe não pensa no judeu como um filho de Deus, irmão seu, e vice-versa.

É como se os habitantes de terra inimiga fossem filhos do demônio, que devem ser exterminados.

É essa mentalidade que perpetua agressões e retaliações mútuas e incessantes, dispostos os contendores ao sacrifício da própria vida em favor do aniquilamento dos adversários.

Não conseguem assimilar um princípio elementar:

Violência gera violência.

Se desejamos a paz é preciso desarmar o espírito.

Ou os beligerantes reconhecem isso ou o morticínio continuará, até que se aniquilem mutuamente, culminando com a lamentável paz dos cemitérios.

* * *

Frequentemente, nos serviços de atendimento fraterno, conversamos com pessoas que se dizem amarguradas, doentes, infelizes, em virtude de problemas familiares, profissionais, existenciais, em permanentes conflitos.

Atendemos uma senhora com problemas de saúde. Foram mobilizados os recursos do Centro, em seu benefício, envolvendo passes, água magnetizada, vibrações, reuniões públicas, sessões de desobsessão.

Recomendamos-lhe, ainda, leituras edificantes com base nos princípios espíritas, oração, reflexão…

Nada deu resultado.

Numa das reuniões, em que seu nome era lembrado para o trabalho de vibrações, um mentor espiritual explicou que o problema não seria solucionado enquanto ela não perdoasse o esposo.

Transmitimos o recado. A infeliz senhora chorou muito e nos confessou que a informação estava correta. Guardava grande mágoa do marido, que não a tratava com a devida consideração e se envolvera, tempos atrás, numa aventura extraconjugal.

Com seis filhos ainda adolescentes, vivia na inteira dependência dele, mas não o perdoava, embora reconhecendo que ele era bom pai e não deixava faltar nada à família.

O rancor inibia suas orações e neutralizava os recursos espirituais mobilizados em seu benefício.

Explicamos-lhe que o perdão não era nenhum favor ao companheiro. Apenas o indispensável para que se equilibrasse.

Infelizmente, amigas desavisadas, mais amigas das fofocas, a perturbavam com a ideia de que estava certa em sua postura rancorosa.

Certamente nunca leram ou, se leram, não entenderam uma observação de Jesus (Mateus, 5:20):

Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.


A justiça dos escribas e fariseus é a do olho por olho, dente por dente, instituída por Moisés, que manda revidarmos ao mal que nos façam.

A proposta de Jesus transcende essa justiça torta.

É a justiça de quem, exercitando os valores do Amor, enxerga no ofensor alguém que adoeceu espiritualmente e precisa de ajuda.

Lembrando um problema atual, se alguém contrai a dengue, a família desdobra-se em cuidados e preocupações.

Se ele comete um erro, ou mostra-se impertinente, os familiares logo erguem uma barreira de ressentimento, conturbando a vida no lar.

Em última instância, a justiça que transcende a dos fariseus é exercitada com a compreensão de que cada qual está num estágio de evolução.

Não podemos exigir das pessoas mais do que podem dar.

Essa postura jamais será um favor feito a alguém, mas o mínimo indispensável em nosso próprio benefício.

Se desejamos conservar a integridade espiritual e um ambiente harmônico, onde estivermos, é preciso desarmar o espírito com o perdão.

É um exercício maravilhoso na arte de amar, capaz de eliminar a mágoa, o ressentimento e o rancor, que tão mal nos fazem.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Escolha da alegria na vida

Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

Passava diante de um bar, na avenida Atlântica, em uma cidade praiana, quando, na porta, um jovem segurava uma garrafa de cerveja e dizia em alto tom de voz, no ritmo dos cantores das escolas de samba do Rio de Janeiro, para o grupo de outros jovens, que ao seu lado estavam:

- Oi gente! Olha aí a cervejinha! Isso é o que vale na vida!

E outro companheiro respondia, também em alta voz, na melodia de uma das músicas consagradas por Roberto Carlos:

- E que tudo o mais vá para o inferno!

Claro que aquilo pode ter sido um episódio de momento de euforia, porém pode ser, também, a filosofia de vida de muitas pessoas que só pensam em viver o aqui e o agora, com os prazeres dos sentidos: paladar, tato, olfato e sexo.

A alegria, inegavelmente, se constitui em meta de vida para todos, contudo é necessário saber a qualidade dessa alegria.

Há alegrias que são momentâneas e produzem, logo adiante, sofrimento mais ou menos intenso.

É essa a alegria proporcionada pelas bebidas alcoólicas que afetam o funcionamento normal do órgão maravilhoso, o cérebro humano.

Além desse comprometimento da parte física, afeta, outrossim, o comportamento.

Conforme a dose de álcool no corpo, a pessoa diminuí os seus reflexos.

Quantos acidentes, ferimentos e mortes causadas por motoristas que ingeriram bebidas alcoólicas.

Aqueles que se tornam dependentes do álcool alteram o seu comportamento na vida comum: no trabalho, na família, que, muitas vezes, é destruída em virtude dessa anomalia, pois podem tornar-se agressivos; perdem o senso de responsabilidade no emprego e no convívio social.

Pude acompanhar vários casos muito dolorosos e ver a que “fundo do poço” pode chegar o alcoolista. Relatarei um.

O do médico, em pequena cidade do interior do Estado de São Paulo.

Médico brilhante e competente quando chegou na cidade, começou a frequentar roda de amigos, que ao fim da tarde iam bebericar em um barzinho.

Ele, embora não soubesse, tinha a doença da dependência ao álcool.

O aumento das doses foi a sequência do aparente inofensivo encontro para o “happy hour” com os amigos.

Evidente que os efeitos foram se fazendo em seu organismo e deteriorando a sua vida familiar e profissional.

Após várias tentativas que fizera, sem sucesso, para deixar o álcool, e pela mudança em seu comportamento com a esposa e filhos, esta decidiu pelo fim do casamento, retornando, com os filhos, para a cidade onde residiam seus pais.

Ele foi discretamente dispensado do trabalho no hospital e à medida que as pessoas tomavam conhecimento do seu estado físico e mental perdia a clientela em seu consultório.

Na última vez que o vi, atravessei a bela praça, de árvores frondosas e pássaros chilreando, ele estava sentado em uma mesinha, logo à porta do bar.

Levantou-se, com grande esforço, o corpo tremia, face macerada, olhar que nada fixava, balançava de um lado para o outro e saiu arrastando os pés pela calçada.

Passados poucos dias, numa rodinha de amigos, tomando café, um deles deu a noticia:

O doutor fulano morreu ontem, parece que de cirrose hepática e outras complicações.

“Ao sucesso!” Diz a propaganda, com belas moças seminuas e moços sarados, com cervejas e copos na mão. Hipocritamente, após mostrar os belos corpos femininos e masculinos (com atores que, na maioria, não bebem), é dita  a frase em volume bem mais baixo: “beba com moderação”. Quem tem a doença do alcoolismo, e muitos a têm, não consegue beber com moderação!


É a terrível força do capital buscando, a qualquer preço, o lucro.

Segundo o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, na Questão nº 923, a felicidade tem que ser material, mas, também, espiritual para ser duradoura.

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 Pensemos nisso!