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"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

domingo, 9 de outubro de 2011

O Casamento na Atualidade

por Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

É inquestionável que a sociedade humana vem sofrendo grandes alterações na sua organização e funcionamento nos últimos anos.

Uma instituição que celeremente mudou a sua estrutura e dinâmica foi o casamento.

Aquele casamento em que o homem era o chefe da família e sua palavra dentro de casa era lei, a mulher a sua companheira para cuidar dos filhos e do lar, com total dependência econômica está a caminho do desaparecimento.

Então, a união de um homem e uma mulher não é mais importante?

O casamento deverá desaparecer do horizonte social?

Jesus, em uma de suas primeiras ações públicas privilegiou o casamento, no famoso episódio das Bodas de Caná (João, cap. 2, vers. 1 a 11)¹

Allan Kardec indagou aos Mentores Espirituais:

- Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?

E eles foram peremptórios:

- Seria um regresso à vida dos animais.²

Estas reflexões tomaram minha mente ao ler um artigo sobre esse tema, redigido por Roberta Faria, editora chefe da revista Sorria.³

De forma inesperada, ela diz, em sua primeira frase:

- “ Quando eu me casei, descobri que tudo o que me disseram sobre uniões estava errado.
Primeiro engano: casamento não é consequência de um amor romântico. Embora tenha lá sua contribuição no começo da história, o sentimento explosivo dos livros e novelas vira é paixonite, caso, namoro. Mas o que leva alguém a dividir a vida com outro alguém tem mais a ver com outro tipo de amor – o amor profundo e inesgotável da amizade.”

Em outro trecho, ela pondera:

- “Casamento, eu também descobri, não tem a ver com encontrar o par perfeito que se encaixa sem arestas. Na minha história, é sobre respeitar alguém diferente, o que exige negociações diárias e infinitas.”

Afirma mais adiante:

- “Casamento, eu sei agora, não tem a ver com paixão. Ou, pelo menos, não com o tipo que nos vendem, dessa cegas, que se põem acima de tudo. Na real, é o contrário. Casamento – o meu, ao menos – vive é da admiração da verdade do outro. Enxergá-lo como é, e não como a gente desejaria que fosse. Sem filtros nem disfarces, sobe a luz da intimidade e da rotina. Com todos os humores que oscilam, as falhas que temos, os nossos desacordos. E é exatamente por conhecê-lo tão bem, que posso admirá-lo por inteiro, e me encantar a cada descoberta.”

Por questão de espaço, pinço mais essa importante conclusão de Roberta:

- “ Por fim, eu aprendi que casamento não é para sempre. É para agora. Não se trata de uma promessa única, mas de um compromisso que se renova a cada manhã, a cada surpresa, a cada briga, a cada reencontro. A vida é cheia de encruzilhadas. E, a cada vez que encontramos uma, temos que decidir novamente se vamos continuar seguindo o mesmo caminho, lado a lado. Eu não me casei uma vez só. Eu me caso com o Artur todos os dias.”

E é só assim, esquecendo as ideias prontas, que acredito que o romance permanece, nos tornamos um par de verdade, a paixão supera a passagem do tempo e vamos passar o resto da vida juntos. Não é um conto de fadas.”

Concluímos do relato de Roberta que o casamento na atualidade ainda é necessário, mais que necessário é lindo, desde que pretendamos construí-lo ou mantê-lo com os ingrediente que ela apresentou: realidade, verdade, diálogo, respeito, gentileza, igualdade, admiração.

É uma construção permanente!

Bibliografia:
(1) Novo Testamento
(2) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB
(3) Revista Sorria – Para Ser Feliz Agora, ed. 22, ano 4,  Ed.  MO - Renda para o GRAAC – Grupo de Apoio ao  Adolescente e à Criança com Câncer- e ao Instituto Airton  Sena.

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