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"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Obsessão e Loucura



por Astolfo Olegário de Oliveira Filho (Londrina, PR)



1. Obsessão não é loucura, mas pode produzi-la, se a ação malfazeja de um Espírito sobre outro for persistente e não tratada a seu devido tempo. Nesse caso, é preciso compreender que a ação persistente pode produzir lesões físicas, muitas vezes irreversíveis.

2. No livro "Grilhões Partidos", de Manoel P. de Miranda, vemos diversos exemplos de doenças mentais, como epilepsia e esquizofrenia, que nada têm a ver com a obsessão. E o mesmo livro mostra que o caso Ester, que era tipicamente subjugação obsessional, fora tratado como esquizofrenia. O autor mostra-nos, no entanto, que nas obsessões e nas doenças mentais a lei de causa e efeito está sempre presente.

3. A perturbação mental se manifesta de duas maneiras diferentes: com e sem lesão cerebral. Bezerra de Menezes, no livro "A Loucura sob Novo Prisma", sugere, para casos distintos, tratamentos distintos. Se o problema não é orgânico-cerebral, é preciso levar em conta as causas extrafísicas atuantes.

4. Allan Kardec n'O Livro dos Médiuns, sustenta que entre os tidos por loucos muitos há que são apenas subjugados. A recíproca é também verdadeira. A experiência do Dr. Ignácio Ferreira aponta nesse sentido. Por isso deve haver muito cuidado com os diagnósticos apressados, como José Raul Teixeira alerta no livro "Diretrizes de Segurança", pergunta 96.

5. Na obsessão, o que determina a perturbação é a interposição de fluidos do obsessor entre o agente (alma) e o instrumento de sua ação mental (cérebro). Tanto na loucura propriamente dita, como no processo obsessivo, o que existe é uma irregularidade na transmissão ou manifestação do pensamento.

6. Se há uma incapacidade material do cérebro para receber e transmitir fielmente as cogitações do Espírito encarnado, temos a loucura. Se há interrupção do fluxo dessas cogitações, que não chegam integralmente ao cérebro, eis a obsessão. Mas os especialistas, como o Dr. Célio Trujilo Costa, psiquiatra espírita do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, dizem ser muito difícil afirmar quando se trata de loucura ou de obsessão, pois há componentes de uma e outra em ambos os casos.

7. Os evangelistas Marcos, Lucas e Mateus narram inúmeros casos de possessão que impunham ao enfermo uma incapacidade física qualquer, como cegueira, crises epilépticas, mudez, que cessavam quando o paciente era libertado. Profilaxia e Tratamento da Obsessão. 

8. O tratamento da obsessão exige, como condição indispensável, a transformação moral do paciente. É fundamental a elevação de seu padrão vibratório, através de bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos, para que ele, elevando esse padrão, deixe de sintonizar na mesma faixa vibratória do obsessor e fique, assim, fora do alcance da entidade desencarnada.

9. A prática do bem e a confiança em Deus aparecem, assim, como fatores essenciais na desobsessão.

10. Podemos sintetizar em sete itens os recursos necessários ao bom êxito no tratamento das obsessões:

a) conscientização do problema por parte do obsidiado e de seus familiares, lembrando-lhes que a paciência é fator essencial no tratamento e que as imperfeições morais do obsidiado constituem o maior obstáculo à sua cura;

b) fluidoterapia (passes magnéticos, radiações e água magnetizada);

c) prece e vigilância permanente;

d) laborterapia;

e) renovação das ideias através da boa leitura, de palestras e da conversação elevada;

f) culto evangélico no lar;

g) esclarecimento do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos especializados, em cujas reuniões a presença do enfermo não é necessária. 

Roteiro de Estudo 

1. A obsessão pode transformar-se em loucura? 
R.: itens 1 e 2 

2. A perturbação mental é sempre resultado de lesão cerebral? 
R. itens 3 e 4 

3. Qual a diferença essencial entre loucura e obsessão? 
R. itens 5 e 6  

4. Você conhece exemplos de lesões físicas causadas por obsessão? 
R. item 7 

5. Qual a condição essencial ao tratamento e cura da obsessão?
R. itens 8 e 9

6. Por que a conscientização do obsidiado acerca de seu caso é importante no tratamento da obsessão?
R. item 10, letras "a" a "g"

7. A prece é importante na terapia desobsessiva?
R. item 10, c

8. Na reunião mediúnica de desobsessão, é conveniente que o obsidiado esteja presente?
R. item 10, g

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Publicado no O Consolador, Revista Semanal de Divulgação Espírita 

(Texto do site http://www.ceoe.org.br/portal2009/index.php/artigos-espiritas/366-obsessai-e-loucura.html recebido em email de Adhemar Módena, Penápolis, SP)

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