Atenção!


Informamos que o Grupo Espírita Auta de Souza retomou suas atividades e contamos com a presença de todos a participarem das atividades da casa como palestras, passe, atendimento fraterno, atendimento espiritual, cursos, entre outras.


Todas as sextas-feiras a partir das 19h00.


Rua Força Pública, 268/274, bairro Santana - São Paulo /SP


Altura do número 1205 da Rua Voluntários da Pátria

"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ateísmos, teísmos e fanatismos

por Dora Incontri,
publicado em 20 fev 2012 http://doraincontri.wordpress.com/

Um documentário feito por alunos de Comunicação Social numa Universidade do Rio Grande do Sul, defende o direito dos ateus e fala sobre a discriminação sofrida por eles. Abaixo, uma reflexão que fiz a partir desse vídeo!

 
Documentário Além do Ateu e do Ateísmo - Beyond the Atheist and Atheism pela Universidade de Santa Cruz do Sul, RS

A mais recente vitimização social é a dos ateus – declaram-se perseguidos, incompreendidos e discriminados. Em primeiro lugar, quero deixar claro, que reconheço a legitimidade do ateísmo e obviamente advogo o direito de cada um crer ou descrer, da maneira que lhe aprouver, pois nada há de mais sagrado do que a liberdade de pensamento.

Entretanto, um dos trabalhos a que me dedico é o do diálogo inter-religioso e, poderia então acrescentar, o diálogo entre religiosos e não-religiosos… Afinal, o eixo para uma sociedade mais justa, plural e fraterna, está na convivência pacífica e respeitosa entre diversos pontos de vista. Nesse sentido, portanto, temos que analisar o que nos afasta e o que nos aproxima do diálogo, e isso deve ser feito por todos os interlocutores.

Antes de mais nada, um diálogo tem que ser honesto – o que chamo de honesto inclui não fazer generalizações simplistas. Por exemplo: religiosos dizerem que ateus não têm moral. Ou, do outro lado, ateus se referirem a Deus numa generalização pobre de seu conceito.

Explico-me: o que esses ateus do vídeo acima estão combatendo (ou dizem descrer) é um deusinho bem vulgar, antropomórfico, que anda pulando na boca de pastores fanáticos. Não é de jeito nenhum o Deus de Platão, Aristóteles – que eram pagãos. Não é o Deus de Avicena – que era islâmico, nem de Maimonides, judeu. Não é nem mesmo o Deus de São Tomás de Aquino, cuja doutrina é oficial da Igreja Católica. É o deus dos inquisidores, mas não é o Deus de Giordano Bruno, que foi queimado pela Inquisição, mas aceitava um Deus cósmico, infinito.

O primeiro grande engano é considerar que Deus é apenas um assunto de religião. Desde antes do advento do cristianismo, e mesmo muito tempo depois da laicização da sociedade, Deus sempre foi um tema recorrente na filosofia. Descartes, Spinoza, Leibniz – mais recentemente, Bergson, Buber ou Scheler, têm concepções de Deus diferentes entre si e muito distantes desse deusinho punitivo, vingador, que manda os ateus para o inferno, esse deusinho que pregam os seguidores de um Edir Macedo da vida.

O outro grande engano é dizer que a ciência é ateia. A ciência não pode se pronunciar – e nem se pronuncia – nem contra, nem a favor de Deus, pois Deus nunca foi seu objeto de estudo e pesquisa. O que há são concepções de universo e de mundo que se afinam ou não com uma dada concepção de Deus. E o que há são cientistas ateus e cientistas não-ateus. Eis tudo. E a ciência moderna, nascida justamente com os grandes astrônomos, Copérnico, Galileu, Kepler, Giornado Bruno, não nasceu ateia, porque esses pensadores consideravam que conhecer o cosmos, estudar as constelações, enxergar a ordem matemática imanente no universo, era uma forma de decifrar Deus, seu projeto cosmológico inteligente e articulado. Há cientistas contemporâneos célebres que também são teístas – veja-se Albert Einstein e Max Planck.

Portanto, não dá para discutir Deus honestamente de forma maniqueísta:

De um lado: cientistas, filósofos, pensadores progressistas, defensores da liberdade, personalidades “fortes” que não precisam de apoio “sobrenatural” – ATEUS.

Do outro lado: religiosos, fanáticos, conservadores, inquisidores, ingênuos, que precisam de uma muleta, que se assemelha ao Papai Noel e ao coelhinho da Páscoa – TEÍSTAS (considerando-se teísta qualquer um que tenha uma concepção de Deus).

Assim como não dá para fazer o inverso, demonizar os ateus e santificar os religiosos!

O caso é que a intolerância, o dogmatismo, o patrulhamento ideológico são males humanos, e vicejam nos teísmos, nos ateísmos, em todos os ismos do mundo. Citemos o exemplo de dois autores mencionados no vídeo em questão: Freud e Marx. Os dois, que deram contribuições históricas importantes e algumas delas ainda atuais, eram campeões da intolerância. Freud costumava excomungar violentamente os que se afastavam algum milímetro da ortodoxia psicanalítica. Veja-se o caso de Jung. Marx não era menos autoritário. Bakunin (ateu como Marx, mas um dos líderes do pensamento anarquista) reclama do patrulhamento ideológico a que os anarquistas foram submetidos durante a 2º Internacional. E não podemos nos esquecer o que aconteceu com eles (os anarquistas) na Revolução Soviética – massacrados todos pela intolerância bolchevique.

Com tudo isso, estou apenas querendo demonstrar que se há religiosos fanáticos e intolerantes, há também ateus que agem do mesmo modo. Basta estar no poder.

E por falar em poder, devo mencionar a seguir o reduto da intolerância ateia no mundo contemporâneo: o mundo acadêmico. Se na mídia, temos pastores vociferando contra “pessoas sem Deus no coração”, nas universidades, intelectuais que ousam pensar Deus, mesmo de forma filosófica, são estigmatizados e congelados. Eu mesma teria uma série de episódios a narrar, mas não interessa aqui citar nomes e instituições. Poderia falar de concursos, análise de publicações, pareceres sobre livros etc… Em que minha posição de espiritualista, teísta, espírita, foram razões explícitas ou implícitas de discriminação e exclusão. Ou seja, se entre a população que ovaciona  Padre Marcelo e Edir Macedo, há um discurso demonizando ateus, entre a população acadêmica – sobretudo na área de Filosofia (a despeito de filósofos de todos os tempos terem discutido Deus), há uma atitude de ridicularização em relação aos que propõem um conceito teísta de vida. É tão desrespeitoso e dogmático, alguém se arrogar o direito de dizer que outra pessoa vai para o inferno, porque pensa diferente, quanto considerar uma argumentação filosófica séria e honesta a favor da existência de Deus, como uma patacoada imbecil sobre o coelhinho da Páscoa!

Aliás, mencionei a intolerância de Marx e Freud e poderia citar a de Nietzsche e de Heidegger, dentro dessa mesma linha de raciocínio. O problema de todos esses autores foi justamente esse (e seu pensamento é ainda predominante na academia): eles não se limitaram a propor uma visão de mundo sem Deus, matar Deus, arrancar Deus da sociedade e do coração humano. Eles pretenderam desqualificar qualquer pessoa que tenha uma visão teísta do universo: para Marx, os que acreditam seriam alienados; para Freud, seriam neuróticos (a religião é uma espécie de patologia psíquica); para Nietzsche e Heidegger, seriam seres fracos, que não têm a coragem suficiente de assumir que a vida não tem sentido, que o universo não tem causa… Convenhamos que não é nada favorável ao diálogo e à convivência pacífica com o outro, qualificar-se a sua posição filosófica ou religiosa, como alienação, insanidade, fraqueza de caráter – em suma, burrice!

Outro aspecto mencionado no vídeo é a Ética: é possível uma Ética sem Deus? Obviamente que sim. Qualquer pessoa que conheça um pouco de Filosofia sabe que há diversas proposições éticas que não se ancoram num conceito de Absoluto – por exemplo, a ética marxista, a ética utilitarista, o humanismo ateu etc…

Mas, daí a dizer que os princípios que esses cidadãos estão defendendo – como fraternidade, igualdade, respeito à vida ou coisa que o valha – não estejam vinculados a nenhuma religião… É um desconhecimento completo de História. Tomemos o conceito de igualdade, por exemplo, esse mesmo defendido pelo marxismo e por todo o ideário dos Direitos Humanos e das Constituições: antes de Jesus, que, para mim não é Deus, mas por acaso também não era ateu, não havia em nenhuma sociedade, em nenhuma filosofia, em nenhuma corrente religiosa, a ideia explícita de igualdade entre todos os seres humanos, independente de religião, casta, raça… Essa igualdade proposta pelo cristianismo (apesar de não praticada por muitos cristãos) deriva de um conceito de filiação divina. Embora no decorrer dos séculos, a ideia tenha sido secularizada e até usada na bandeira da Revolução Francesa, não se pode negar sua raiz cristã. Aliás, um ateu honesto como André Comte-Sponville admite que, embora ateu convicto, há uma impossibilidade histórica para ele, de pensar fora da civilização cristã, na qual cresceu e foi educado, e de que carrega os valores intrinsecamente. Então, embora os ateus digam que não, eles podem adotar e praticar valores que estão enraizados sim numa tradição religiosa, de que descendem. É impossível negar a própria origem. Então, melhor é respeitá-la, assim como eles pedem respeito pela sua posição.

Nota: Quem quiser conhecer mais profundamente minha posição a respeito de Deus, recomendo meu livrinho de bolso: Deus e deus, recentemente reeditado pela Editora Comenius.

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Condição Fundamental

Richard Simonetti, richardsimonetti@uol.com.br


"Bem-aventurados os humildes, porque deles é o Reino dos Céus.”
(Mateus, 5:3)

Muita gente confunde humildade com pobreza. Daí consi­derar-se bem-aventurado o pobre. Dele, segundo Jesus, seria o Reino dos Céus.

Essa ideia levou muitos cristãos, no passado, à renúncia dos bens materiais, chegando ao extremo de cultivarem a indi­gência, no pressuposto de que, quanto mais miseráveis na Terra, mais ricos aportariam no Além.

Um mínimo de bom senso, todavia, é suficiente para per­ceber que o fato de o indivíduo não deter bens materiais em abso­luto significa que as portas do Céu lhe estejam abertas, da mesma forma por que não se pode afirmar que permaneçam cerradas aos detentores de riquezas. Há pobres maus e ricos bons, e vice-versa. O dinheiro é neutro. Tanto pode ser utilizado para o Bem como para o Mal. Com ele compramos o leite que alimenta a criança e o tóxico que compromete o jovem.

Exprimindo uma posição interior, e não uma circunstân­cia exterior, a humildade não pode ser avaliada sob o ponto de vista econômico.

O caminho dessa realização sublime em nós é o reconhe­cimento de nossa pequenez diante do Universo e a consciência plena de que tudo pertence a Deus, o Senhor supremo que somos chamados a servir, acatando-lhe a vontade nas circunstâncias da Vida e respeitando-lhe a obra da Criação, seja na pessoa do semelhante, no animal, na árvore, na flor, no fruto, no inseto, na paisagem que nos cerca.

Somente assim estaremos em condições de ingressar no Reino.   Onde o encontraremos? Na Terra, transformada em pa­raíso, quando o Mal houver sido definitivamente derrotado? Ou se localizará em distante constelação? Será em plano de matéria densa ou em etéreas regiões espirituais?

Nada disso! O Reino – diz Jesus – está dentro de vós!

Compete-nos, pois, localizá-lo em nosso universo interior, essa gloriosa edificação que poderíamos definir como o estado de harmonia perfeita, de inefável tranquilidade, de sintonia plena com as fontes da Vida!

Por que a humildade é indispensável?

A resposta é simples: para ingressar nesse estado de graça é preciso ser livre e, por estranho se afigure, somente o homem humilde desfruta de liberdade plena.

Todos temos aspirações em torno de determinadas reali­zações e empregamos esforços no sentido de concretizar nossos desejos: estabilidade financeira, sucesso na profissão, progresso material, conforto, casa, automóvel, família, filhos...

São temas que constituem nossas motivações mais fre­quentes. Não raro, entretanto, empolgamo-nos em demasia e tudo isso, que deveria ser parte de nossa vida, se transforma em finalidade dela. Então nos escravizamos.

Há, por exemplo, o homem que se empenha no louvável propósito de melhorar sua situação financeira. Monta um estabe­lecimento comercial, prospera... Sempre procurando melhorar, monta outro negócio, prospera... Depois outro e mais outro, pros­perando sempre. Acaba movimentando fortunas imensas, mas já não é dono de si. Não dispõe de tempo para nada mais. Problemas se avolumam e, quanto mais cresce sua fortuna, maiores suas preocupações, mais lacerantes suas tensões, menor sua liberdade.

Pior, talvez, o jugo daqueles que não conseguem realizar as aspirações a que se prendem. O casamento que não se concretiza, o filho que não nasce, o mal que não é debelado, o sucesso que não chega... Estes resvalam facilmente para a frustração e o desâ­nimo que geram infernos de perturbações em suas vidas.

O homem humilde também alimenta aspirações. Afinal, elas representam a mola propulsora do progresso humano. Dis­tingue-se, porém, pelo fato de não se apegar, reconhecendo que o mais importante é definir e cumprir os desígnios divinos, sinteti­zados na aspiração maior – servir a Deus!

Por isso desfruta de liberdade plena para construir o Reino em seu coração.

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Pensemos nisso!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Diferença entre Educação e Autoajuda

por Dora Incontri publicado em 06 Fev 2012 http://doraincontri.wordpress.com/

“Como para toda a humanidade, o mundo é uma escola, desde o começo até o final dos tempos, assim para cada ser humano individualmente a vida inteira é uma escola, desde o berço até o túmulo. Não é suficiente dizer com Sêneca: para aprender nunca é tarde, devemos muito mais dizer: cada idade está destinada ao aprendizado, e nenhum outro sentido tem a vida humana e todo o seu esforço. Sim, nem mesmo a morte coloca um limite à vida e ao mundo. Qualquer um que nasceu como ser humano, deverá passar por tudo em direção à eternidade, como para uma academia celeste. Tudo o que se passa antes é assim apenas um caminho, uma preparação, uma oficina – uma escola inferior.”
Jan Amos Comenius (1592-1670)

Uma querida amiga Carmen Correa, de Caxias do Sul, me pediu que escrevesse algo sobre a diferença entre Educação e autoajuda. Tenho algo a dizer sobre isso, mas espero que aqueles que escrevem autoajuda, incluindo amigos meus, não se sintam ofendidos com o que vou falar. Não é nada pessoal, mas não posso deixar de manifestar o que penso a respeito.

Começo por dizer que a Educação é tão antiga quanto a humanidade. A autoajuda nasceu no mundo contemporâneo, no sistema capitalista.

A Educação é um processo permanente, uma autoconstrução engajada, um despertar da alma para a evolução. A autoajuda é um alívio instantâneo e passageiro, uma brisa, não deixa marcas e nem engaja o indivíduo num esforço comprometido.

A Educação é deflagrada por influências de grandes mestres, de pais e mães, de educadores, que tocam a alma, transformam a vida, conferem sentido à existência. A autoajuda é vendida por escritores ralos, que estão interessados em exibir frases bonitas e bem arranjadas e por editores que querem ganhar dinheiro.

A Educação precisa estar embasada em profundo conhecimento, científico e filosófico, do ser humano: de seus aspectos biológicos, psicológicos, sociais, espirituais… A autoajuda não tem raízes teóricas, não tem fundamentos filosóficos e muito menos preocupação com rigor científico.

A Educação propõe mudanças e atitudes radicais no indivíduo e na sociedade; não é fácil educar e educar-se. A autoajuda está mais interessada em agradar os leitores do que provocar autocrítica e crítica social.

A Educação se faz sempre na relação entre os seres humanos, relação autêntica, afetiva, que pode ser despertada por livros e ideias, mas só se dá no diálogo entre dois ou mais indivíduos. A autoajuda promete melhorias individualistas, felicidade fácil, panaceias inócuas.

A Educação faz com que as pessoas se sintam responsáveis pelo outro, responsáveis pela sociedade, responsáveis pelo planeta. A autoajuda atende aos desejos de sucesso financeiro, de prazer sexual, de autocura ilusória – enfim, tudo o que o egoísmo quer, sem muito esforço e responsabilidade.

A Educação não dá receitas, propõe princípios; não lida com o sucesso a curto prazo, mas com a realização integral para a eternidade; não se compra em supermercado ou banca de jornal… A autoajuda, ao invés, é mercadoria em toda parte, está sempre ditando regrinhas tolas para uma realização pessoal rala, sem consistência.

Enfim, Educação é o nosso propósito existencial – fomos lançados no universo para nos fazermos a nós mesmos, através de múltiplas vidas e atingirmos a plenitude de virtude, ciência e capacidade criadora. A Educação é divina e é a coisa mais importante para os indivíduos, para a sociedade, para a humanidade.

E a autoajuda é um movimento editorial comercial, cujo interesse maior é distrair as mentes, agradar ao ego, sussurrar frases feitas e ganhar rios de dinheiro à custa de pessoas… – que não receberam uma boa Educação!

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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Entender a Trindade é até fácil, crer nela é que é difícil

por José Reis Chaves, Belo Horizonte, MG

Há uma história – verdadeira ou lendária? – sobre o grande médium santo Agostinho. Ei-la: Ele teve uma visão de uma criança transportando água do mar em uma folha de uma planta para um buraco de formiga. Diante dessa cena estranha, ele perguntou à criança o que ela estava fazendo, e ela respondeu que era mais fácil ela colocar toda a água do mar naquele buraquinho do que ele entender o mistério trinitário cristão. Com esse absurdo, não teria ele querido ironizar essa doutrina, apesar de ele ter sido um dos seus construtores? Deus é mistério sim, mas os teólogos ampliaram esse mistério.

A Igreja, em ritmo de tartaruga, demorou trezentos e cinquenta anos para reconhecer a verdade do heliocentrismo e tirar a excomunhão de Galileu. Esperamos que não seja tarde demais o seu despertar para corrigir os seus outros erros. Que os teólogos cristãos descubram o Deus verdadeiramente divino, destronando o humano e mitológico!

Segundo os teólogos, o Espírito Santo é o amor do Pai para o Filho, e do Filho para o Pai. Mas Deus é também a causa primeira de todas as coisas. Então, Ele não pode ser apenas o amor para com o Filho representado pelo Espírito Santo, Pessoa Divina, ou seja, Deus no aspecto de Terceira Pessoa Divina trinitária. 

E são Tomás de Aquino, na “Suma Teológica”, não gosta da ordem de Pai-Filho-Espírito Santo, mas desta: Espírito-Pai-Filho. Ele entende que Deus é Espírito e tem os aspectos de Pai e Filho. Mas como esses aspectos de Pai e Filho, emanados ou criados pelo Espírito Deus, podem ser duas Pessoas Divinas, formando três Pessoas Divinas, contando-se com a Pessoa Divina do próprio Deus? Isso é a maior antropomorfização de Deus da História! 

Os teólogos do Concílio de Éfeso (431) proclamaram que Jesus é Pessoa Divina e não humana, com o que a Igreja Ortodoxa Oriental não concorda. E os teólogos afirmam que, “com razão, as três Pessoas são três homens, porque a natureza humana não é a mesma numericamente (quantitativamente) em cada um dos três.” E ainda afirmam que “as três Divinas Pessoas não são Deuses, porque a natureza divina é numericamente (quantitativamente) a mesma em cada uma delas.” (O advérbio quantitativamente entre parêntesis é colocação minha, num esforço para aclarar o assunto). 

Os teólogos do Concílio de Calcedônia (451) sustentaram que Jesus não é Pessoa humana, mas que Ele tem também natureza humana, além da divina. 

E o Concílio de Lion (1274) declarou o “Filioque”, que diz que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, do que a Igreja Ortodoxa Oriental discorda, alegando que o Espírito Santo procede só do Pai. (Mais detalhes em meu livro “A Face Oculta das Religiões”, Ed. Megalivros-EBM, SP).

E um detalhe sobre são Mateus 28:19: de citações de textos antigos desta passagem por padres da Igreja não consta esta parte: “batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”, mas apenas “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações.”

Parece que dá para entender esse “pacote teológico misterioso” sobre Deus, embora os próprios teólogos digam que isso é ininteligível.  O difícil, porém, é concordarmos com ele. E uma coisa é certa, com a criação do mistério desse tamanho a respeito de Deus, os teólogos complicaram tanto Deus, que eles servem mais ao materialismo do que ao espiritualismo e ao próprio Deus! 

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PS: lançado o interessante livro “Além da Casinha Branca”, do jornalista articulista de O TEMPO, Ariosto da Silveira.

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO,  pode ser lida também no site www.otempo.com.br   Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP)  e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) –  www.literarium.com.br -  e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail:  contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Obsessão e Loucura



por Astolfo Olegário de Oliveira Filho (Londrina, PR)



1. Obsessão não é loucura, mas pode produzi-la, se a ação malfazeja de um Espírito sobre outro for persistente e não tratada a seu devido tempo. Nesse caso, é preciso compreender que a ação persistente pode produzir lesões físicas, muitas vezes irreversíveis.

2. No livro "Grilhões Partidos", de Manoel P. de Miranda, vemos diversos exemplos de doenças mentais, como epilepsia e esquizofrenia, que nada têm a ver com a obsessão. E o mesmo livro mostra que o caso Ester, que era tipicamente subjugação obsessional, fora tratado como esquizofrenia. O autor mostra-nos, no entanto, que nas obsessões e nas doenças mentais a lei de causa e efeito está sempre presente.

3. A perturbação mental se manifesta de duas maneiras diferentes: com e sem lesão cerebral. Bezerra de Menezes, no livro "A Loucura sob Novo Prisma", sugere, para casos distintos, tratamentos distintos. Se o problema não é orgânico-cerebral, é preciso levar em conta as causas extrafísicas atuantes.

4. Allan Kardec n'O Livro dos Médiuns, sustenta que entre os tidos por loucos muitos há que são apenas subjugados. A recíproca é também verdadeira. A experiência do Dr. Ignácio Ferreira aponta nesse sentido. Por isso deve haver muito cuidado com os diagnósticos apressados, como José Raul Teixeira alerta no livro "Diretrizes de Segurança", pergunta 96.

5. Na obsessão, o que determina a perturbação é a interposição de fluidos do obsessor entre o agente (alma) e o instrumento de sua ação mental (cérebro). Tanto na loucura propriamente dita, como no processo obsessivo, o que existe é uma irregularidade na transmissão ou manifestação do pensamento.

6. Se há uma incapacidade material do cérebro para receber e transmitir fielmente as cogitações do Espírito encarnado, temos a loucura. Se há interrupção do fluxo dessas cogitações, que não chegam integralmente ao cérebro, eis a obsessão. Mas os especialistas, como o Dr. Célio Trujilo Costa, psiquiatra espírita do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, dizem ser muito difícil afirmar quando se trata de loucura ou de obsessão, pois há componentes de uma e outra em ambos os casos.

7. Os evangelistas Marcos, Lucas e Mateus narram inúmeros casos de possessão que impunham ao enfermo uma incapacidade física qualquer, como cegueira, crises epilépticas, mudez, que cessavam quando o paciente era libertado. Profilaxia e Tratamento da Obsessão. 

8. O tratamento da obsessão exige, como condição indispensável, a transformação moral do paciente. É fundamental a elevação de seu padrão vibratório, através de bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos, para que ele, elevando esse padrão, deixe de sintonizar na mesma faixa vibratória do obsessor e fique, assim, fora do alcance da entidade desencarnada.

9. A prática do bem e a confiança em Deus aparecem, assim, como fatores essenciais na desobsessão.

10. Podemos sintetizar em sete itens os recursos necessários ao bom êxito no tratamento das obsessões:

a) conscientização do problema por parte do obsidiado e de seus familiares, lembrando-lhes que a paciência é fator essencial no tratamento e que as imperfeições morais do obsidiado constituem o maior obstáculo à sua cura;

b) fluidoterapia (passes magnéticos, radiações e água magnetizada);

c) prece e vigilância permanente;

d) laborterapia;

e) renovação das ideias através da boa leitura, de palestras e da conversação elevada;

f) culto evangélico no lar;

g) esclarecimento do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos especializados, em cujas reuniões a presença do enfermo não é necessária. 

Roteiro de Estudo 

1. A obsessão pode transformar-se em loucura? 
R.: itens 1 e 2 

2. A perturbação mental é sempre resultado de lesão cerebral? 
R. itens 3 e 4 

3. Qual a diferença essencial entre loucura e obsessão? 
R. itens 5 e 6  

4. Você conhece exemplos de lesões físicas causadas por obsessão? 
R. item 7 

5. Qual a condição essencial ao tratamento e cura da obsessão?
R. itens 8 e 9

6. Por que a conscientização do obsidiado acerca de seu caso é importante no tratamento da obsessão?
R. item 10, letras "a" a "g"

7. A prece é importante na terapia desobsessiva?
R. item 10, c

8. Na reunião mediúnica de desobsessão, é conveniente que o obsidiado esteja presente?
R. item 10, g

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Publicado no O Consolador, Revista Semanal de Divulgação Espírita 

(Texto do site http://www.ceoe.org.br/portal2009/index.php/artigos-espiritas/366-obsessai-e-loucura.html recebido em email de Adhemar Módena, Penápolis, SP)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Relembrando quem fez história: Léon Denis

por Wellington Balbo de Bauru, SP

Todos os dias o centro espírita é visitado por pessoas que não tem conhecimento da Doutrina Espírita. São prováveis frequentadores e trabalhadores que chegam motivados pela divulgação doutrinária feita nos mais diferentes órgãos de comunicação. Portanto, pouco ou nada sabem sobre a história do Espiritismo e aqueles que envidaram esforços para que as lições dos imortais avançassem as décadas chegando forte aos dias atuais.

Por isso julgamos oportuno sempre lembrarmos daquelas figuras que participaram ativamente do Espiritismo, para que o público tome contato com seus legados. E neste mês recordamos Léon Denis, um dos mais respeitados pesquisadores e escritores do Espiritismo. Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, na França, em 1º de janeiro de 1846 e desencarnou no dia 12 de março de 1927.

Alma infatigável, desde cedo se lançou à leitura e ao conhecimento. Foi um autodidata. Aos 18 anos deu-se o seu encontro com o Espiritismo e desde então por toda sua existência física dedicou-se à Doutrina Espírita. É considerado um dos grandes filósofos do Espiritismo e suas obras são até os dias de hoje fonte fecunda e segura de conhecimento espírita.

Eis que ainda enfrentou desafios em sua vida. No ano de 1910 sua visão foi enfraquecendo, mas mesmo assim jamais desanimou e prosseguiu firme na divulgação do Espiritismo. Alguns anos mais tarde aprendeu braille e pôde, então, registrar com mais facilidade seus pensamentos acerca dos problemas existenciais que enfrenta o Homem na Terra.

Deixou um legado muito importante para nossas reflexões. Uma das obras de Denis que mais me chamam a atenção é: Síntese Doutrinária e Prática do Espiritismo, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Livro extremamente interessante construído nos moldes de O Livro dos Espíritos, ou seja, em formato de perguntas e respostas. Na obra citada o autor vai objetivamente respondendo indagações e com isso nos locomove à reflexões das mais graves sobre Deus, Homem, alma, reencarnação, corpo, destino, ciência e etc.

Recomendamos não apenas a leitura deste livro como um constante estudo de suas páginas repletas de beleza e conhecimento. Retiro, aliás, passagem sublime para que o leitor encante-se ainda mais com o pensamento de Léon Denis. Diz ele:

“O verdadeiro, o belo e o bem são uma só e mesma coisa: são as três facetas de um só e mesmo diamante: o verdadeiro, que é a ciência, o belo, que é a arte, devem resumir-se no bem, que é o amor”.

Eis, portanto, uma singela lembrança daquele que foi um dos grandes missionários enviados por Jesus ao nosso planeta para acender a candeia, a fim de nos ajudar a caminhar com mais segurança por este planeta.

Fica nosso registro de gratidão e a sugestão para que o leitor pesquise e conheça mais sobre a obra e vida de Léon Denis.


(mensagem recebida por email de Regina Bachega).

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Frutos da gentileza

Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos, em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.

Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.

Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus. Ela tinha um peso físico e comprimia fisicamente.

O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.

O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer. Que morte tola! - Pensava ele. Prisioneiro em uma câmara frigorífica.

Imagens da família, dos amigos passaram-lhe pela memória. O que podia ter feito e não fez. O que não deveria ter feito e agora se arrependia.

Depois de gritar, de recordar, ele se rendeu. Nada mais a esperar senão a morte. Terrível, por congelamento. O frio parecia lhe quebrar os ossos, congelar o sangue nas veias. Dolorido. Penoso.

Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.

Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.

Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.

E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.

Aguardei um tempo pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.

Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.

*  *   *

Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.

Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.

Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.

Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.

O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.

Não esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.

Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.

Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.

Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.

Experimentemos!

Redação do Momento Espírita, com base em notícia internacional em 07.02.2012.
 

(Recebida em email de didipelegrini, didipelegrini@uol.com.br)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Palestra com Carlos Antonio Baccelli em SP

Local: Fraternidade dos Discípulos de Jesus
Av. Valdemar Ferreira, 162 - Butantã em São Paulo/SP
Contato: (11) 3031-1213

Dia 26/02/2012, domingo das 10 às 12h

Tema: Saúde Mental a Luz do Evangelho com Carlos Antonio Bacelli

(Informações recebidas em email de Regina Bachega)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O verão




por Richard Simonetti - richardsimonetti@uol.com.br

Como você responderia, leitor amigo, se eu lhe perguntasse, em relação às estações do ano: qual a sua preferida?         

Talvez escolhesse a primavera, flores desabrochando, ar perfumado, manhãs luminosas...

Talvez o outono, brisa fresca, tapete de folhas pelo chão, revoadas de pássaros…

Talvez o inverno, tempo de dormir bem, chocolate, pipocas, chá fumegante no aconchego do lar...

Dificilmente, em nosso país tropical, alguém escolheria o verão, que serve muito bem ao povo que vai à praia, mas é terrível nas atividades diárias, calor sufocante, ar parado, transpiração, odores indesejados…
Fizeram essa mesma pergunta a Chico Xavier:

– Qual a sua estação preferida?

Resposta de pronto:

– O verão.

– Por quê? perguntaram-lhe.

– O pobre sofre menos.

Nas pequenas coisas identificamos o Espírito superior, sempre cogitando do bem-estar do próximo.

                                                           ***
 
A Doutrina Espírita explica que estamos na Terra para evoluir.
 
Sofrimentos, dores, atribulações, dificuldades, lutas, desbastam nossas imperfeições mais grosseiras para que nasça em nós aquele homem novo a que se referia o Apóstolo Paulo (Efésios, 4:22-24):

…que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

Pois bem, leitor amigo, reflita:

Qual seria a primeira providência nesse particular?

A meu ver, seria mudar de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações.

Usamos, quase invariavelmente, a primeira pessoa do singular, eu, sob inspiração do egoísmo.

O comprometimento com o vício, o crime, a irresponsabilidade, a desonestidade e todos os males da vida social, decorre dessa conjugação centrada no eu.

O Bem começa quando nos dispomos a usar a terceira pessoa do plural – eles, sob inspiração do altruísmo.

Se todos cogitássemos não do eu, mas do eles, acabaríamos com guerras, brigas, crimes, miséria e todos os males do Mundo, que se sustentam, invariavelmente, na primeira pessoa do singular.

Se você analisar a vida dos grandes vultos da Humanidade, aqueles que pontificaram no esforço do Bem e da Verdade, perceberá claramente que os distinguia a preocupação com o semelhante, algo que, diga-se de passagem, Jesus ensinou e vivenciou.

Exemplo típico encontramos em Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), extraordinária servidora do Cristo.

Suas colocações sobre o amor ao semelhante, que se manifesta no empenho de servir, são notáveis:
Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.

O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.
 
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela o oceano será menor.
 
Quando descanso? Descanso no amor.
 
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporcioneis apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
 
Às portas do paraíso, São Pedro me disse: – Volte à Terra, Teresa, aqui não há favelas.

                                                           ***

Por que nos sentimos tensos, nervosos, irritados, desanimados, infelizes?

É que a primeira pessoa do singular pesa demais sobre nossos ombros.

O eles é leve, diáfano, voejante, principalmente quando conjugado com afeto.
 
É o que garante o vigor de missionários aparentemente frágeis como Madre Teresa de Calcutá e Chico Xavier, sempre ativos e dispostos a servir, porque descansam no amor.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Palestras com Jacob Melo em SP

Saudações Amigos!

Em Fevereiro nosso amigo Jacob  Melo estará em São Paulo. Segue abaixo locais e datas que ele dará palestra:

Dia 24/02/12 às 20h em São Bernardo do Campo
Rua Benediro Conrrado Filho, nº 65 - Jd. Beatriz

Dias 25 e 26/02/12 às 08h em Arujá
Rua São Vicente, nº 240 Jardinópolis
Seminário sobre Passe em Magnetismo, 1ª parte

Dia 27/02/12 às 20h em Itaquera
Rua São Felix do Piauí, nº 995

Dia 29/02/12 às 20h em Chácara Mafalda (SP, Zona Leste)
Rua Nossa Sra. dos Anjos, nº 699

 
(Informação recebida em email de Regina Bachega)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tranquilizar-se em Deus

Não há quem percorra os caminhos da vida isento das dificuldades e situações desafiadoras.

As vidas tranquilas, os cotidianos previsíveis também têm seus dias de dores, de problemas e de aflições.

Alguns surgem de repente, qual tsunami arrastando e arrasando tudo que aparentemente parecia tão em ordem.

Outros se fazem tempestade de longo prazo, que se inicia lenta, ganhando força com o tempo e arrancando o que haja pela frente.

Não poucos, no mundo, enfrentam os mais graves desafios.

Ora o companheiro, que parecia tão feliz ao nosso lado, decide romper laços construídos no tempo e se evadir do lar, buscando aventuras.

Outros há que, em exame de saúde rotineiro, descobrem a doença invasiva, que já se instalou avassaladora.

Tantos são aqueles que, sob os camartelos do clima, veem o lar, os amores, seus pertences serem levados de roldão em poucas horas, sobrando o vazio.

São as aflições do mundo, as dores da vida a nos acompanhar os dias de aprendizado.

Todas, independentemente da forma que se apresentem, são as lições necessárias para nosso aprendizado.

Dores são oportunidades da alma para a reflexão, o entendimento melhor dos porquês da vida.

Mas onde as dores nos encontrem, não nos permitamos abraçar o desespero e o desânimo.

Deus será sempre o provedor maior nas dificuldades e o amparo constante ao nosso coração combalido.

Se atravessamos dias difíceis, muitas vezes sob um silêncio dolorido e ignorado, amparemo-nos em Deus.

Se sentirmos a solidão dolorida e imensa na alma, mesmo na multidão bulhenta que nos acompanha o caminhar, refugiemo-nos em Deus.

Se aflições nos tomam a alma, a rasgar-nos as fibras do sentimento, dilacerando-nos a intimidade, assosseguemo-nos em Deus.

Se a consciência gritar, acusando-nos de erros perdidos no silêncio do tempo, mas que nos atormentam o caminhar, aconselhemo-nos com Deus.

Ele será sempre o amparo perante as dores do mundo e o sustento nas necessidades mais íntimas.

Ao buscarmos Deus, seja qual for o nosso problema, ao tranquilizarmo-nos em Deus, hauriremos o de que necessitamos para enfrentar os desafios.

E, por fim, recordemos, como nos ensinou Jesus, que mesmo um homem mau jamais daria uma serpente ao filho se esse lhe pedisse um pedaço de pão. Que dirá o Pai, que está nos céus, a cuidar de cada um de nós, seus filhos amados!

* * *

Ante os dissabores, mantenhamos nossa confiança em Deus que nos mantém a vida e nos guarda em Seu amor.

Mesmo que as dores possam nos parecer além das forças, tenhamos a certeza de que o Pai amoroso e bom está atento. O que nos pareça excesso de sofrimento, logo mais, como tempestade de verão, se acalmará, permitindo-nos ver o céu claro das bênçãos celestes.

Redação do Momento Espírita em 01.02.2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Outono Musical no C.E. Estrela da Paz em SP

Saudações Amigos!

Estamos convidando e atendendo a solicitação de divulgação do 1º evento em 2012 do C.E. Estrela da Paz.

Evento: Outono Musical

Músicos: Shirlei e Fernando

Dia: 24/03/2012 das 19 às 21 horas

Local: C.E.Estrela da Paz - Rua Tecla, 215 - Vila Formosa/SP

Ingresso: R$ 6,00
 
À venda: Doces, Salgados e Refrigerantes.
 
Centro Espírita Estrela da Paz
Rua Tecla, 215 - Vila Formosa/SP
ceestreladapaz@gmail.com

(Informação recebida via email de Elizeth Marcos Corona, licoronali@yahoo.com.br)

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Beijos e abraços.