por Jacob Melo em Setembro 26, 2011 às 9:40 PM
Para acompanhar e entender a reflexão de Jacob veja também as parte I, parte II, parte III e parte V.
Uma panorâmica dolorosa sobre o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo. Por Jacob Melo (setembro 2011)
Mateus, 10; 7 e 8: “... e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai”.
Lucas, 10; 30 a 35: “Jesus prosseguindo disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar; viu-o e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar”.
Não resta dúvidas de que essas citações de Mateus e Lucas são bastante conhecidas e até mesmo muito comentadas. Interessante observar, entretanto, que alguns apóstolos contemporâneos estão divergindo do Mestre. Pois que ali Jesus chama a atenção tanto para o gesto do Samaritano, de pura e generosa fraternidade, como ainda disse aos seus discípulos, literalmente, o que deveriam fazer.
Visível está que Jesus não queria saber se os que curou ou que viriam a ser curados, por Ele ou por seus seguidores, seriam “merecedores” ou não dos benefícios, assim como também não se preocupou se eles “sairiam em busca de mudanças ou de novas fontes de desequilíbrios”; Ele simplesmente fez o que achou certo fazer – curá-los – e ainda recomendou que seus apóstolos fizessem o mesmo.
De saída acredito ser oportuno estarmos bem atentos para o fato de que uma velha fórmula, a qual diz que tudo é culpa ou ação “das trevas e das sombras”, continua em pleno vigor, mesmo que para isso sejam esquecidas as ações de cura que Jesus promoveu em tão larga escala.
Atualmente, muitas Casas Espíritas promovem cursos e mais cursos sobre vários enfoques e abordagens espíritas, muitos inclusive disponíveis na internet. Existem alguns tratando dos perigos das ações das trevas contra o meio espírita, como a provar que elas estão empenhadas em superficializar as ações espíritas. Em cima disso, tem gente se especializando em conhecer as ações dessas trevas, partindo de um raciocínio no mínimo esquisito: o de que se conhecermos como elas atuam estaremos melhor protegidos. Pois bem, neste artigo trarei alguns trechos de um curso dado por um dos conhecedores desse tema, mas reduzirei ao máximo as citações, já que o curso que trata da questão tem mais de 13 horas de vídeo gravadas.
Começo pelo seguinte ponto: “As pessoas (que curam) querem se promover como boazinhas fazendo “o bem” para os outros”...
Mal comecei e já interrompo a narrativa chamando a atenção para a evidência de que a generalização toma conta do raciocínio do expositor. Como sabemos, a generalização costuma fazer surgirem problemas e complicações graves, pois que põem num mesmo nível, coisas, pessoas, situações e abordagens, por isso mesmo comprometendo o melhor pelo pior. E, tal como se verá na continuação de sua fala, essa generalização segue sem freios. Anote-se que nessa primeira referência já estão em cheque as pessoas que, de uma forma ou de outra, curam; o pior é que elas, em sua generalização, o fazem para se promover, parecendo que ninguém age no campo das curas com o intuito de apenas e tão-somente ajudar a quem está sofrendo.
Continuemos com a sua palavra: “Então a pessoa vai lá no centro espírita, lá resolve, a pessoa é curada e ela volta a buscar novos problemas pra depois ser curada, e de novo, de novo...”
Esta outra generalização nos arremete a pensarmos: será, então, que ninguém busca mesmo a cura para ficar curado e até se renovar? Ou estará bem definido que quem a busca apenas intenta se degenerar repetidamente? Será isso mesmo que ele quis dizer?
A complexidade da questão, logicamente, pediria um argumento chave para seu entendimento; e ele não se faz de rogado e logo o apresenta: “Exatamente a manutenção dos padrões; não é isso o que a sombra quer? A sombra quer libertação de alguém? Não; quer que nós nos escravizemos aos mesmos padrões. Então imaginemos um Benfeitor fazendo um trabalho como esse (de cura); será que é possível? Um Benfeitor fazendo algo contra o próprio atendido? Não, eu vou tirar todos os problemas dele... e o Benfeitor sabendo que ele vai lá fora e vai buscar todos os problemas de novo? Não é trabalho da Luz isso, é trabalho da sombra”.
Não quero ser irônico, mas fico pensando como seria visto e entendido Jesus dentro dessa ótica por ele apresentada, pois, por tudo o que Ele fez pela humanidade no campo das curas, a partir dessa triste generalização o nosso Mestre seria rapidamente qualificado como um líder mais do que trevoso... Pois que além de curar ainda pediu que fizessem o mesmo em Seu nome! Nossa!
Mas o doutor continuou em seu arrazoado – deixando claro, para qualquer pessoa, o seu modo de entender, analisar e julgar a convergência curas x Centro Espírita: “É exatamente pra ir contra o objetivo principal da Doutrina Espírita que é iluminar consciências. Então um Centro que é para iluminar consicência se presta para essas práticas falso-espíritas (de curar). Jamais um Centro Espírita deve propor cura para ninguém, porque a cura não depende do Centro Espírita, não depende do médium, não depende de ninguém a não ser a própria pessoa. O que o Centro Espírita pode fazer é ajudar a pessoa a se ajudar”.
Sei que estou repetindo muito o termo generalização, mas aqui aconteceu de forma mais pesada ainda, chegando a beirar a arrogância e a prepotência. Em seu jeito de expor ele discrimina Casas, pessoas, situações, médiuns e põe em dúvida até mesmo se alguém deve se curar ou não. Bom, para que nem tudo seja perdido, pelo menos ele deu uma sugestão razoável: “ajudar a se ajudar”.
Para não deixar esse item solto, ele explicou: “O tratamento que devemos fazer no centro espírita é ajudar as pessoas através das práticas espíritas. Quais são as práticas espíritas? Basicamente a fluidoterapia espírita, que são os passes, a água fluídica, a frequência às reuniões para que a pessoa possa começar a ver uma nova visão da vida, o estudo que nós temos na Casa Espírita. Tudo isso deve ser oferecido à pessoa e ela deve ser, além disso, encaminhada para o tratamento profissional com psiquiatras, psicólogos...”. – E ainda acrescentou: “E se a Casa tiver um tratamento para desobsessão o nome da pessoa deve ser levado para o grupo mediúnico e aí os Benfeitores vão fazer aquilo que é possível”.
Muito interessante. A ajuda é dada pelas práticas espíritas; dentre outras, a fluidoterapia e a água fluidificada, que ele coloca em primeiro plano. Isso me leva a pensar: que perigo deve ser essas práticas curarem sem que a pessoa se transforme, pois se tal ocorrer, dentro do que ele mesmo genericamente estabeleceu para os outros, a Casa passará a ser falsa-espírita. Entretanto, ele coloca a assistência às reuniões e também o estudo como elementos transformadores, como se as transformações ocorressem de forma automática pelo simples aspecto presencial. Todavia, ressalta ele, o frequentador ainda deverá ser encaminhado a um profissional para ser tratado, o que se pode deduzir que ali, na casa espírita, não haverá tratamento. Até porque, em se tratando de processo obsessivo, apenas o nome do doente seguirá para o grupo mediúnico enquanto os Benfeitores farão apenas “aquilo que é possível”. Ora, isso está bastante diferente do que sugere Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, quando, no item 251, anota: “As vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião”. (grifei). Ao contrário dele, Allan Kardec reconhece a necessidade e a conveniência, em muitos casos, da ação de um bom magnetizador e não de uma simplória fluidoterapia, além de ser consultar (evocar?) um Espírito Superior ou o anjo guardião (do doente). Ops! Será que se um obsidiado pedir que seja evocado um Espírito Superior para falar sobre seu caso ou mesmo o seu anjo guardião, não será isso tomado à conta de fascinação, prepotência ou ignorância de como funciona a lei espírita?
No início do “curso” que aqui está sendo abordado, o expositor fala dos perigos da superficialização do Movimento Espírita e da trama das trevas para deter o avanço do Consolador – será que ele pensou mesmo no que significa a palavra Consolador? – Diz ele que o modus operandi das trevas “é fazer com que as pessoas continuem no movimento espírita, mas de uma forma superficializada”, arrematando que “as pessoas vão aos Centros Espíritas, mas a Doutrina Espírita essencialmente não penetra nos corações”.
Isso, dito de forma isolada, pode até ser recebido como uma reflexão bem colocada, todavia seu vínculo rançoso contra as curas produz mais uma forte generalização, como a dizer que se você for curado de algo numa Casa Espírita, isso não lhe renovará nem lhe melhorará, pelo suposto de que as orientações espíritas que forem colocadas não conseguirão arremeter o curado às melhorias íntimas e verdadeiras.
Na sequência ele lembra que “mais do que nunca nós necessitamos nos aprofundar nas bases da Doutrina, especialmente no pentateuco kardequiano”, para depois soltar essa “pérola”: há “Necessidade de se estudar como se organizam as “trevas organizadas”.”
Aqui cabem considerações mais profundas.
Pentateuco kardequiano. Tenho falado muito sobre isso. Por mais que o meio espírita insista no uso dessa expressão, Allan Kardec não produziu um pentateuco apenas e sim um enorme conjunto de obras, todas solidárias, íntegras e nem maiores umas nem menores outras. Não consigo imaginar o Espiritismo sem quaisquer de suas obras, aí se incluindo o Obras Póstumas, a Revista Espírita, o Principiante Espírita, o O Que é o Espiritismo, sua Viagem Espírita... Se o relevante para o Espiritismo for, de fato, apenas o Pentateuco, para que terá aquele homem trabalhado tanto? Apenas para produzir livros que deveriam ser deixados de lado? E como foi que ele apresentou o Espiritismo numa feição de ciência, detalhando seu modelo em todas suas obras e clarificando seu método na Revista Espírita, tudo isso para se considerar depois que esses detalhes não passam de complementos menos importantes? Não! Não tenho como aceitar o conceito de pentateuco como sendo o máximo, deixando o restante da obra de Allan Kardec como algo insignificante ou de pouco valor. Não vejo como excluir, direta ou indiretamente, todo esse mundo de valores inestimáveis, incomparáveis e indispensáveis para que se tenha um justo juízo da Doutrina que dizemos seguir.
O outro ponto de destaque é acerca da “necessidade de se estudar como se organizam as trevas organizadas”. Meu Deus! Tanto temos, tanto mesmo, a estudar de essencial e fundamental na base espírita e vem alguém reduzir a estrutura da base para afirmar que devemos estudar as trevas e sua organização! Onde se quer chegar, afinal? Desde quando ter melhor conhecimento do mal, do erro, do ruim é didática e pedagogicamente mais feliz, eficiente e recomendado do que se aprimorar nas trilhas, lições e exemplos do bem, do amor ao próximo? Se for para se pensar e se fazer o bem, todos sentidos e bom senso indicam que mais valor terá pensarmos, conhecermos, desenvolvermos e nos voltarmos ao próprio bem do que nos dedicarmos a apreciar e conhecer o mal em seus detalhes.
Mais grave ainda é quando somos alertados para o fato de que os trevosos estão colocando “células controladas por controle remoto”, espécie de chips que são fixados no perispírito do obsidiado. E nem ele, o expositor, nem ninguém orienta como retirar essas células nem é dito como Deus permite tamanho poder aos inimigos do Bem, deixando-nos à mercê de mal tão desastroso. E se considerarmos isso como verdade – faço questão de dizer que não acredito nessa possibilidade –, nossa indignação contra a liberdade dessa ação só cresce, pois se como espíritas poucos são os que sabem dessa “hipótese”, como iriam se livrar delas os não-espíritas, como saberiam evitar esse tipo de controle, como e onde buscar ajuda?
Isto me leva a Allan Kardec outra vez (O Livro dos Médiuns, cap. 8, item 128, questão 11ª;), quando pergunta: “Suponhamos, então, que quisesse fazer uma substância venenosa. Se uma pessoa a ingerisse, ficaria envenenada?”. Ao que o Espírito São Luiz respondeu: "Teria podido, mas não faria, por não lhe ser isso permitido." Ou seja: não haveria permissão para um Espírito fazer uma substância venenosa e, com ela, envenenar um encarnado, mas, pela teoria apresentada por aquele senhor, os Espíritos podem fazer chips e controlar seres humanos. Se a teoria é dita por alguém que pensasse de forma aberta, até poderia fazer sentido sua colocação, mesmo que eivada de colocações totalmente distoantes com a Criação Divina, porem a mesma pessoa que diz que a cura é um ato das trevas, ela atribuir às sombras tal poder e ainda dizendo que os Benfeitores farão apenas o possível, é querer que sejamos, definitivamente, meros joguetes do mal.
N’O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo 5, item 27, temos: “É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: "Não irás mais longe?" Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: "É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso". Dizei antes: "Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substitui-lo pela paz." Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente”. (grifei).
Qual a razão dessa tão longa transcrição? Simples. Aquele personagem de quem venho falando neste artigo diz que ajudar a se curar quem está doente é ação das trevas. Um amigo, aliás, me confidenciou que esse mesmo senhor lhe disse que do fato dele (o meu amigo) ter atedido uma portadora de imobilidade total dos membros inferiores, via magnetismo, e ela, contra todos os prognósticos, ter voltado a andar, ele seria penosamente responsabilizado no futuro, pois que com “sua cura” ele tinha tirado a oportunidade daquela criatura progredir, já que ninguém sofre de um mal desse tamanho sem que tenha uma boa razão para seguir com o mal. Quer dizer: ele não leu ou não entendeu o texto do Evangelho , ou não fui eu quem o entendi.
Para encerrar as considerações acerca desse curso, vou trazer só mais dois trechos. Disse ele: “Quando a pessoa vai a um centro espírita sério – não nesses, porque nesse aí nem alívio ela tem, ela vai ter mais obsessor em cima dela pra aprofundar mais o processo ... – no passe comum, não precisa de atividades especiais (...), onde alguém viu numa obra séria uma coisa dessas? (...) “Passe é passe!” – E conclui mais adiante: “Que tipo de Espíritos estão dentro desses locais (Centros Espíritas que fazem curas)? São espíritos altamente empedernidos no mal, técnicos de processos obsessivos, muito capacitados, que podem produzir um estado assim, que é um estado de subjugação...”
Para quem vem lendo com atenção este artigo certamente concluirá que nem é preciso comentar qualquer coisa a mais, todavia quero destacar a generalidade perniciosa que permeia todas as suas falas. Veja que coisa mais grave: se alguém busca uma cura numa Casa Espírita sairá dali ainda mais obsidiado, num processo ainda mais aprofundado. E qual a razão disso? A de que “Passe é passe”. Bela frase. Mas... Passe faz parte de alguma ciência? Qual? Magnetismo?! Nossa! Ele também não percebeu isso. E, como ciência, o senhor Allan Kardec tratou, e muito bem, desse quesito, a ponto de recomendar que a estudemos e pratiquemos, se não quisermos (o Espiritismo) ficar imobilizados.
E a generalização segue firme e franca; nos centros espíritas que curam, os empedernidos no mal, os técnicos muito capacitados em métodos obsessivos estabelecem as subjugações. E isso, ao que parece, Allan Kardec não teve tempo de perceber, Jesus não pode compreender, nem o Bem cuidou de evitar tal descaminho.
Finalizando, talvez você esteja me perguntando: e qual a relevância disso em relação ao Magnetismo? Total. Nos conceitos sinuosos apresentados por aquele expositor – o qual, diga-se de passagem, é médico e ainda apresenta outra meia dúzia de títulos em seu curriculum –, o que está por traz não são apenas as curas mediúnicas, mas sobretudo o evitar-se o conhecimento, a divulgação e a prática do Magnetismo no meio espírita, tal como nos exemplificou Jesus, tal como nos reforçou Allan Kardec. Por algum motivo que não consigo entender, ele e uma enorme quantidade de palestrantes, expositores, escritores, dirigentes e médiuns espíritas de renome, desenvolvem um monstruoso esforço para denegrir o Magnetismo, seja substituindo nomes – Magnetismo por fluidoterapia –, confundindo práticas – ação do bem por ordenações trevosas –, trocando a essência do agente humano – magnetizadores por médiuns passistas – ou ainda desviando o foco – falar de Jesus para esconder ou não falar das propostas de Allan Kardec.
No sentido genérico da palavra tenho medo de espíritas que veem trevas e sombras por todos os lados, ainda mais aqueles que se especializam em conhecê-las e tratá-las com tanta intimidade.
É isso.
Até breve.
Mateus, 10; 7 e 8: “... e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai”.
Lucas, 10; 30 a 35: “Jesus prosseguindo disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar; viu-o e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar”.
Não resta dúvidas de que essas citações de Mateus e Lucas são bastante conhecidas e até mesmo muito comentadas. Interessante observar, entretanto, que alguns apóstolos contemporâneos estão divergindo do Mestre. Pois que ali Jesus chama a atenção tanto para o gesto do Samaritano, de pura e generosa fraternidade, como ainda disse aos seus discípulos, literalmente, o que deveriam fazer.
Visível está que Jesus não queria saber se os que curou ou que viriam a ser curados, por Ele ou por seus seguidores, seriam “merecedores” ou não dos benefícios, assim como também não se preocupou se eles “sairiam em busca de mudanças ou de novas fontes de desequilíbrios”; Ele simplesmente fez o que achou certo fazer – curá-los – e ainda recomendou que seus apóstolos fizessem o mesmo.
De saída acredito ser oportuno estarmos bem atentos para o fato de que uma velha fórmula, a qual diz que tudo é culpa ou ação “das trevas e das sombras”, continua em pleno vigor, mesmo que para isso sejam esquecidas as ações de cura que Jesus promoveu em tão larga escala.
Atualmente, muitas Casas Espíritas promovem cursos e mais cursos sobre vários enfoques e abordagens espíritas, muitos inclusive disponíveis na internet. Existem alguns tratando dos perigos das ações das trevas contra o meio espírita, como a provar que elas estão empenhadas em superficializar as ações espíritas. Em cima disso, tem gente se especializando em conhecer as ações dessas trevas, partindo de um raciocínio no mínimo esquisito: o de que se conhecermos como elas atuam estaremos melhor protegidos. Pois bem, neste artigo trarei alguns trechos de um curso dado por um dos conhecedores desse tema, mas reduzirei ao máximo as citações, já que o curso que trata da questão tem mais de 13 horas de vídeo gravadas.
Começo pelo seguinte ponto: “As pessoas (que curam) querem se promover como boazinhas fazendo “o bem” para os outros”...
Mal comecei e já interrompo a narrativa chamando a atenção para a evidência de que a generalização toma conta do raciocínio do expositor. Como sabemos, a generalização costuma fazer surgirem problemas e complicações graves, pois que põem num mesmo nível, coisas, pessoas, situações e abordagens, por isso mesmo comprometendo o melhor pelo pior. E, tal como se verá na continuação de sua fala, essa generalização segue sem freios. Anote-se que nessa primeira referência já estão em cheque as pessoas que, de uma forma ou de outra, curam; o pior é que elas, em sua generalização, o fazem para se promover, parecendo que ninguém age no campo das curas com o intuito de apenas e tão-somente ajudar a quem está sofrendo.
Continuemos com a sua palavra: “Então a pessoa vai lá no centro espírita, lá resolve, a pessoa é curada e ela volta a buscar novos problemas pra depois ser curada, e de novo, de novo...”
Esta outra generalização nos arremete a pensarmos: será, então, que ninguém busca mesmo a cura para ficar curado e até se renovar? Ou estará bem definido que quem a busca apenas intenta se degenerar repetidamente? Será isso mesmo que ele quis dizer?
A complexidade da questão, logicamente, pediria um argumento chave para seu entendimento; e ele não se faz de rogado e logo o apresenta: “Exatamente a manutenção dos padrões; não é isso o que a sombra quer? A sombra quer libertação de alguém? Não; quer que nós nos escravizemos aos mesmos padrões. Então imaginemos um Benfeitor fazendo um trabalho como esse (de cura); será que é possível? Um Benfeitor fazendo algo contra o próprio atendido? Não, eu vou tirar todos os problemas dele... e o Benfeitor sabendo que ele vai lá fora e vai buscar todos os problemas de novo? Não é trabalho da Luz isso, é trabalho da sombra”.
Não quero ser irônico, mas fico pensando como seria visto e entendido Jesus dentro dessa ótica por ele apresentada, pois, por tudo o que Ele fez pela humanidade no campo das curas, a partir dessa triste generalização o nosso Mestre seria rapidamente qualificado como um líder mais do que trevoso... Pois que além de curar ainda pediu que fizessem o mesmo em Seu nome! Nossa!
Mas o doutor continuou em seu arrazoado – deixando claro, para qualquer pessoa, o seu modo de entender, analisar e julgar a convergência curas x Centro Espírita: “É exatamente pra ir contra o objetivo principal da Doutrina Espírita que é iluminar consciências. Então um Centro que é para iluminar consicência se presta para essas práticas falso-espíritas (de curar). Jamais um Centro Espírita deve propor cura para ninguém, porque a cura não depende do Centro Espírita, não depende do médium, não depende de ninguém a não ser a própria pessoa. O que o Centro Espírita pode fazer é ajudar a pessoa a se ajudar”.
Sei que estou repetindo muito o termo generalização, mas aqui aconteceu de forma mais pesada ainda, chegando a beirar a arrogância e a prepotência. Em seu jeito de expor ele discrimina Casas, pessoas, situações, médiuns e põe em dúvida até mesmo se alguém deve se curar ou não. Bom, para que nem tudo seja perdido, pelo menos ele deu uma sugestão razoável: “ajudar a se ajudar”.
Para não deixar esse item solto, ele explicou: “O tratamento que devemos fazer no centro espírita é ajudar as pessoas através das práticas espíritas. Quais são as práticas espíritas? Basicamente a fluidoterapia espírita, que são os passes, a água fluídica, a frequência às reuniões para que a pessoa possa começar a ver uma nova visão da vida, o estudo que nós temos na Casa Espírita. Tudo isso deve ser oferecido à pessoa e ela deve ser, além disso, encaminhada para o tratamento profissional com psiquiatras, psicólogos...”. – E ainda acrescentou: “E se a Casa tiver um tratamento para desobsessão o nome da pessoa deve ser levado para o grupo mediúnico e aí os Benfeitores vão fazer aquilo que é possível”.
Muito interessante. A ajuda é dada pelas práticas espíritas; dentre outras, a fluidoterapia e a água fluidificada, que ele coloca em primeiro plano. Isso me leva a pensar: que perigo deve ser essas práticas curarem sem que a pessoa se transforme, pois se tal ocorrer, dentro do que ele mesmo genericamente estabeleceu para os outros, a Casa passará a ser falsa-espírita. Entretanto, ele coloca a assistência às reuniões e também o estudo como elementos transformadores, como se as transformações ocorressem de forma automática pelo simples aspecto presencial. Todavia, ressalta ele, o frequentador ainda deverá ser encaminhado a um profissional para ser tratado, o que se pode deduzir que ali, na casa espírita, não haverá tratamento. Até porque, em se tratando de processo obsessivo, apenas o nome do doente seguirá para o grupo mediúnico enquanto os Benfeitores farão apenas “aquilo que é possível”. Ora, isso está bastante diferente do que sugere Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, quando, no item 251, anota: “As vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião”. (grifei). Ao contrário dele, Allan Kardec reconhece a necessidade e a conveniência, em muitos casos, da ação de um bom magnetizador e não de uma simplória fluidoterapia, além de ser consultar (evocar?) um Espírito Superior ou o anjo guardião (do doente). Ops! Será que se um obsidiado pedir que seja evocado um Espírito Superior para falar sobre seu caso ou mesmo o seu anjo guardião, não será isso tomado à conta de fascinação, prepotência ou ignorância de como funciona a lei espírita?
No início do “curso” que aqui está sendo abordado, o expositor fala dos perigos da superficialização do Movimento Espírita e da trama das trevas para deter o avanço do Consolador – será que ele pensou mesmo no que significa a palavra Consolador? – Diz ele que o modus operandi das trevas “é fazer com que as pessoas continuem no movimento espírita, mas de uma forma superficializada”, arrematando que “as pessoas vão aos Centros Espíritas, mas a Doutrina Espírita essencialmente não penetra nos corações”.
Isso, dito de forma isolada, pode até ser recebido como uma reflexão bem colocada, todavia seu vínculo rançoso contra as curas produz mais uma forte generalização, como a dizer que se você for curado de algo numa Casa Espírita, isso não lhe renovará nem lhe melhorará, pelo suposto de que as orientações espíritas que forem colocadas não conseguirão arremeter o curado às melhorias íntimas e verdadeiras.
Na sequência ele lembra que “mais do que nunca nós necessitamos nos aprofundar nas bases da Doutrina, especialmente no pentateuco kardequiano”, para depois soltar essa “pérola”: há “Necessidade de se estudar como se organizam as “trevas organizadas”.”
Aqui cabem considerações mais profundas.
Pentateuco kardequiano. Tenho falado muito sobre isso. Por mais que o meio espírita insista no uso dessa expressão, Allan Kardec não produziu um pentateuco apenas e sim um enorme conjunto de obras, todas solidárias, íntegras e nem maiores umas nem menores outras. Não consigo imaginar o Espiritismo sem quaisquer de suas obras, aí se incluindo o Obras Póstumas, a Revista Espírita, o Principiante Espírita, o O Que é o Espiritismo, sua Viagem Espírita... Se o relevante para o Espiritismo for, de fato, apenas o Pentateuco, para que terá aquele homem trabalhado tanto? Apenas para produzir livros que deveriam ser deixados de lado? E como foi que ele apresentou o Espiritismo numa feição de ciência, detalhando seu modelo em todas suas obras e clarificando seu método na Revista Espírita, tudo isso para se considerar depois que esses detalhes não passam de complementos menos importantes? Não! Não tenho como aceitar o conceito de pentateuco como sendo o máximo, deixando o restante da obra de Allan Kardec como algo insignificante ou de pouco valor. Não vejo como excluir, direta ou indiretamente, todo esse mundo de valores inestimáveis, incomparáveis e indispensáveis para que se tenha um justo juízo da Doutrina que dizemos seguir.
O outro ponto de destaque é acerca da “necessidade de se estudar como se organizam as trevas organizadas”. Meu Deus! Tanto temos, tanto mesmo, a estudar de essencial e fundamental na base espírita e vem alguém reduzir a estrutura da base para afirmar que devemos estudar as trevas e sua organização! Onde se quer chegar, afinal? Desde quando ter melhor conhecimento do mal, do erro, do ruim é didática e pedagogicamente mais feliz, eficiente e recomendado do que se aprimorar nas trilhas, lições e exemplos do bem, do amor ao próximo? Se for para se pensar e se fazer o bem, todos sentidos e bom senso indicam que mais valor terá pensarmos, conhecermos, desenvolvermos e nos voltarmos ao próprio bem do que nos dedicarmos a apreciar e conhecer o mal em seus detalhes.
Mais grave ainda é quando somos alertados para o fato de que os trevosos estão colocando “células controladas por controle remoto”, espécie de chips que são fixados no perispírito do obsidiado. E nem ele, o expositor, nem ninguém orienta como retirar essas células nem é dito como Deus permite tamanho poder aos inimigos do Bem, deixando-nos à mercê de mal tão desastroso. E se considerarmos isso como verdade – faço questão de dizer que não acredito nessa possibilidade –, nossa indignação contra a liberdade dessa ação só cresce, pois se como espíritas poucos são os que sabem dessa “hipótese”, como iriam se livrar delas os não-espíritas, como saberiam evitar esse tipo de controle, como e onde buscar ajuda?
Isto me leva a Allan Kardec outra vez (O Livro dos Médiuns, cap. 8, item 128, questão 11ª;), quando pergunta: “Suponhamos, então, que quisesse fazer uma substância venenosa. Se uma pessoa a ingerisse, ficaria envenenada?”. Ao que o Espírito São Luiz respondeu: "Teria podido, mas não faria, por não lhe ser isso permitido." Ou seja: não haveria permissão para um Espírito fazer uma substância venenosa e, com ela, envenenar um encarnado, mas, pela teoria apresentada por aquele senhor, os Espíritos podem fazer chips e controlar seres humanos. Se a teoria é dita por alguém que pensasse de forma aberta, até poderia fazer sentido sua colocação, mesmo que eivada de colocações totalmente distoantes com a Criação Divina, porem a mesma pessoa que diz que a cura é um ato das trevas, ela atribuir às sombras tal poder e ainda dizendo que os Benfeitores farão apenas o possível, é querer que sejamos, definitivamente, meros joguetes do mal.
N’O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo 5, item 27, temos: “É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: "Não irás mais longe?" Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: "É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso". Dizei antes: "Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substitui-lo pela paz." Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente”. (grifei).
Qual a razão dessa tão longa transcrição? Simples. Aquele personagem de quem venho falando neste artigo diz que ajudar a se curar quem está doente é ação das trevas. Um amigo, aliás, me confidenciou que esse mesmo senhor lhe disse que do fato dele (o meu amigo) ter atedido uma portadora de imobilidade total dos membros inferiores, via magnetismo, e ela, contra todos os prognósticos, ter voltado a andar, ele seria penosamente responsabilizado no futuro, pois que com “sua cura” ele tinha tirado a oportunidade daquela criatura progredir, já que ninguém sofre de um mal desse tamanho sem que tenha uma boa razão para seguir com o mal. Quer dizer: ele não leu ou não entendeu o texto do Evangelho , ou não fui eu quem o entendi.
Para encerrar as considerações acerca desse curso, vou trazer só mais dois trechos. Disse ele: “Quando a pessoa vai a um centro espírita sério – não nesses, porque nesse aí nem alívio ela tem, ela vai ter mais obsessor em cima dela pra aprofundar mais o processo ... – no passe comum, não precisa de atividades especiais (...), onde alguém viu numa obra séria uma coisa dessas? (...) “Passe é passe!” – E conclui mais adiante: “Que tipo de Espíritos estão dentro desses locais (Centros Espíritas que fazem curas)? São espíritos altamente empedernidos no mal, técnicos de processos obsessivos, muito capacitados, que podem produzir um estado assim, que é um estado de subjugação...”
Para quem vem lendo com atenção este artigo certamente concluirá que nem é preciso comentar qualquer coisa a mais, todavia quero destacar a generalidade perniciosa que permeia todas as suas falas. Veja que coisa mais grave: se alguém busca uma cura numa Casa Espírita sairá dali ainda mais obsidiado, num processo ainda mais aprofundado. E qual a razão disso? A de que “Passe é passe”. Bela frase. Mas... Passe faz parte de alguma ciência? Qual? Magnetismo?! Nossa! Ele também não percebeu isso. E, como ciência, o senhor Allan Kardec tratou, e muito bem, desse quesito, a ponto de recomendar que a estudemos e pratiquemos, se não quisermos (o Espiritismo) ficar imobilizados.
E a generalização segue firme e franca; nos centros espíritas que curam, os empedernidos no mal, os técnicos muito capacitados em métodos obsessivos estabelecem as subjugações. E isso, ao que parece, Allan Kardec não teve tempo de perceber, Jesus não pode compreender, nem o Bem cuidou de evitar tal descaminho.
Finalizando, talvez você esteja me perguntando: e qual a relevância disso em relação ao Magnetismo? Total. Nos conceitos sinuosos apresentados por aquele expositor – o qual, diga-se de passagem, é médico e ainda apresenta outra meia dúzia de títulos em seu curriculum –, o que está por traz não são apenas as curas mediúnicas, mas sobretudo o evitar-se o conhecimento, a divulgação e a prática do Magnetismo no meio espírita, tal como nos exemplificou Jesus, tal como nos reforçou Allan Kardec. Por algum motivo que não consigo entender, ele e uma enorme quantidade de palestrantes, expositores, escritores, dirigentes e médiuns espíritas de renome, desenvolvem um monstruoso esforço para denegrir o Magnetismo, seja substituindo nomes – Magnetismo por fluidoterapia –, confundindo práticas – ação do bem por ordenações trevosas –, trocando a essência do agente humano – magnetizadores por médiuns passistas – ou ainda desviando o foco – falar de Jesus para esconder ou não falar das propostas de Allan Kardec.
No sentido genérico da palavra tenho medo de espíritas que veem trevas e sombras por todos os lados, ainda mais aqueles que se especializam em conhecê-las e tratá-las com tanta intimidade.
É isso.
Até breve.
---
Leia mais em http://jacobmelo.com/