Atenção!


Informamos que o Grupo Espírita Auta de Souza retomou suas atividades e contamos com a presença de todos a participarem das atividades da casa como palestras, passe, atendimento fraterno, atendimento espiritual, cursos, entre outras.


Todas as sextas-feiras a partir das 19h00.


Rua Força Pública, 268/274, bairro Santana - São Paulo /SP


Altura do número 1205 da Rua Voluntários da Pátria

"Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação".

Trecho retirado do livro Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40. Chico Xavier/Waldo Vieira. Pelos espíritos Emmanuel/André Luiz.

Campanha Segunda Sem Carne

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Analisando o Atual Momento Espírita - Parte III

por Jacob Melo em August 29, 2011 at 8:10 AM

Para acompanhar e entender a reflexão de Jacob veja também as parte I e parte II, parte IV e parte V.


Uma panorâmica dolorosa sobre o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo.

“Não! As ciências e seus legítimos representantes não afastam o homem da Divindade; não! As ciências não fazem ateus!” Johann von Mädler (1794-1874) astrônomo alemão.

Sempre houve e sempre surgem grandes almas falando ou escrevendo aquilo de bom que não sabemos sintetizar. E é com muita alegria que me esforço por aproveitar tamanha sabedoria. Mas não apenas os chamados gênios falam aos nossos sentidos e à nossa razão. Por isso, de uma forma bastante particular, com muita felicidade e gratidão reconheço que tem surgido almas dizendo compreender tanto os vínculos do Magnetismo com o Espiritismo como igualmente entendem as fragilidades dos seres humanos, mesmo daqueles que se revestem das túnicas do poder e do saber para imporem suas visões acerca de coisas que dizem respeito a toda a humanidade e não apenas aos seguidores de uma doutrina, ainda que seja a nossa, a Espírita. Oh! Como sou agradecido a Deus por colocá-las em meu caminho, por fazê-las falar e escrever, ainda que de forma bastante particular, como agradeço por compartilhar experiências comuns e grandiosas com elas! Escrevendo isso aponto que não visualizo apenas coisas ruins ou pessoas más no cenário de nossas vidas espíritas. Nesta série de artigos tenho destacado, por ser absolutamente necessário – lógico que sob meu ponto de vista – que nossos adeptos (do Espiritismo) saibam, vejam ou sintam que nem tudo são flores sem espinhos, belezas sem problemas, realidade sem crueza... Mas faço questão de confessar ainda mais uma vez que fico feliz, muito agradecido mesmo, quando recebo comentários acerca desta série de artigos, dizendo do quanto tem sido útil esse descortinar de fatos e do quanto ainda precisamos ter os pés no chão para não sermos levados pela turba dos falsos cristos. Todavia, embora querendo de verdade que muitos saibam de tantas coisas, sobretudo para estarmos alertas quanto aos desvios que esses “defensores da pureza doutrinária” querem nos induzir, ironicamente dizendo afastarem as pessoas das trevas, não tenho a menor intenção ou pretensão de ter ou fazer seguidores; apenas procuro evitar que, assim como aconteceu no doloroso passado com outras regiligiões e doutrinas, não permitamos tal erro envolvendo o Espiritismo, para não enveredarmos por esse acomodatício, infrutífero e maldoso caminho do “braços cruzados, pois Deus faz tudo por nós”.

Quem participa de seminários que realizo, notadamente quando abordo a questão Magnetismo, sabe que até hoje não obtive qualquer explicação, por mímima que seja, do porquê da FEB ter deixado de publicar meu livro O Passe – Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática. Como não consegui saber dessa razão de forma direta, pedi a alguns amigos que procurassem meios de colher esse retorno a fim de entender tão forte decisão. Digo forte porque até que suas edições fossem suspensas – há mais de 4 (quatro) anos – esse livro era tido como referência para todo estudioso do assunto, fosse o leitor espírita ou não. Inclusive, diretores daquela Casa e editora, com quem tive oportunidade de conversar em diferentes ocasiões, me ratificaram o valor intrínseco daquela obra e do quanto ela esclarecia, ajudava e ampliava horizontes antes restritos ao “faça-se assim”, ao jeito do fazer sem explicações lógicas ou sequer fundamentadas. Mas isso foi insuficiente para mantê-lo “vivo”, ensejando comentários desagradáveis alguns, desastrosos outros, não sobre a minha pessoa, que pouco valho nesse imenso universo, mas sobre o que a própria obra aborda.

Não tenho, portanto, nenhum registro ou palavra oficial da FEB acerca dessa decisão, mas dois fatos precisam ficar registrados.

Pouco menos de 3 (três) anos após a primeira edição daquele livro ter sido lançado estive, pessoalmente, na sede da FEB, no Rio de Janeiro, onde conversei demoradamente com o então presidente, Dr. Juvanir Borges de Souza. Dentre os assuntos abordados coloquei que o livro O Passe estava necessitando urgente de uma revisão ampla, tanto no sentido gramatical – pois a FEB tinha garantido que providenciaria a mesma e, ao que parece, nunca foi feita –, como de ajuste nas referências das citações e ainda na correção de alguns poucos pontos de abordagens que estavam confusos ou mesmo equivocados. Para minha surpresa ele me disse que a FEB não fazia revisões nem ampliações em obras já publicadas, mas que providenciaria apenas a revisão gramatical. Saí dali entristecido, pois sabia que aquela revisão era imprescindível para um melhor aproveitamento da obra. A mim, portanto, não me restava outra opção que não fosse a de escrever uma obra complementar, através da qual faria os reajustes necessários. E foi assim que escrevi o livro Manual do Passista.

A despeito das falhas nunca corrigidas, o livro O Passe seguia sendo muito vendido, lido e utilizado tornando-se um verdadeiro best-seller, sem falar no ensejo do surgimento de muitas novas publicações sobre o tema que, a partir daquele livro, despertaram o interesse das editoras e do público em geral.

Um segundo fato ocorreu quando, no período de carnaval do ano de 2006, durante um evento anual que ocorre em Natal, a CONFERN, Confraternização dos Espíritas do Rio Grande do Norte, fui convidado para ter um encontro naquele evento com o presidente da FEB, Sr. Nestor Masotti. Nessa conversa ele ponderou que algumas partes do livro – não explicitou quantas nem quais – precisariam ser revistas e que, por isso, estava me pedindo para proceder uma revisão na obra. Falei da alegria por finalmente a FEB pensar numa revisão, mas a exiguidade de tempo em que me encontrava não me permitia atender ao pedido em prazo muito curto. Aproveitei e quis saber, então, o que estava discordante a fim de ter um ponto de partida para a revisão, ao que ele me disse que a maneira adotada seria eu fazer a revisão e só depois a FEB se pronunciaria sobre o que deveria ser suprimido ou modificado. Falei que não era assim a melhor maneira, pois nada mais lógico havia do que ali mesmo conversarmos acerca do que estaria em desacordo, com o quê e com quem. Ademais, lembrei, o autor do livro e, portanto, o responsável pelo que estava e/ou saísse escrito era e seria eu. Ele redarguiu que entretanto à FEB caberia o direito de seguir publicando o livro ou não. E ficou o impasse. O resultado já se sabe: o livro teve mais uma única publicação depois daquele encontro e logo em seguida deixou de ser impresso. Assim mesmo... Sem qualquer explicação.

Ainda que pareça que estarei mudando de assunto, prossigo. Tudo indica que os documentos que definem ações no âmbito do movimento espírita não são bem lidos por quem de suas elaborações participa. “Aprovado na reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, realizada em Brasília, no dia 12/04/2007” o Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro, para o período de 2007 a 2012, abre sua apresentação, em suas diretrizes e seus objetivos, afirmando que “O Movimento Espírita tem por finalidade promover e realizar o estudo, a divulgação e a prática da Doutrina Espírita, colocando-a ao alcance e a serviço de todos os seres humanos, cumprindo, assim, a sua missão, que é a de “instruir e esclarecer os homens, abrindo uma Nova Era para a regeneração da Humanidade”. (O Livro dos Espíritos – Prolegômenos). A conexão que busco é: mas se Kardec vinculou o Espiritismo com o Magnetismo, falando disso e nisso em todas as suas obras, TODAS, atrelando, de forma inarredável, a característica de ciência comum às duas, como posso dizer que tenho por finalidade promover e realizar o estudo dessa Doutrina se lhe retiro, sem qualquer cerimônia, essa base? Como instruir e esclarecer os homens se lhes suprimo uma das bases fundamentais da Doutrina? Como sustentar que dispomos de uma Doutrina que opera numa base tríplice – ciência, filosofia e religião –, mas lhe extirpamos o primeiro elemento, a ciência?

Voltando ao livro O Passe fiquei analisando, por muito tempo, se ele ter deixado de circular seria apenas um caso fortuito, uma implicância pontual, um não gostar de algum fator, enfim, sempre quis acreditar que era tudo muito ocasional e não dirigido. Imaginei, ainda que não houvesse qualquer sustentação para meu raciocínio, que era uma mera questão de gosto (ou desgosto) pessoal, fosse pelo meu estilo de escrever, fosse por eu falar abertamente do meu modo de ver, ler, saber, sentir e viver Kardec. Mas hoje sou levado a pensar diferente. Não há, não sei e nem entendo por que razão, interesse ou móvel se pretende romper esse vínculo – do Magnetismo com o Espiritismo. É como se o desenvolvimento do Magnetismo roubasse grande parte da cena, de uma maneira bastante vigorosa, pois que não dependeria de direções ou domínios e tão somente de uma boa, feliz e eficaz aplicação, onde e aonde quer que fosse. Sendo assim, o livro não era mais tão bem-vindo. Quero ressalvar que isso pode não ser a melhor conclusão, mas como não me indicam nenhuma outra posso, naturalmente, raciocinar livremente; e, neste caso, só este me parece razoável. Pronuncie-se quem tiver ideias diferentes.

Desde que o livro O Passe deixou de ser publicado começou a surgir um certo mal-estar envolvendo meu nome, meus estudos, meu trabalho espírita. Ouvi uma infinidade de críticas, de azedumes, de palavras cruéis e bastante desumanas, vindas de pessoas e instituições sempre tidas por respeitáveis, veneradas, tomadas como modelos. Não me dei ao trabalho de ir em busca de explicações, de debater, de rebater, de comentar... Afinal, temos tanto o que fazer que ficar na discussão estéril não levaria nem a mim nem o que defendo a lugar algum; preciso é semear onde o bem possa florir, reproduzir-se e sobrepujar todo solo que lhe sufoca, enquanto semente, mas lhe dá vida, enquanto cumpre seu papel. Mas agora, neste momento atual, as “coisas” estão saindo completamente do controle, sobretudo porque pessoas que seriam as mais indicadas para refletirem e agirem com sensatez veem se apresentando como negativamente duras ou agressivas, vazias e propaladoras das inverdades que são contrariadas não apenas nas obras de Kardec, mas em todas obras sérias que orientam a prática espírita.

Uma amiga, que eu sempre respeitei e admirei pelo zelo que demonstrava ter pela Doutrina Espírita e que podia sim falar em nome desta sem qualquer receio do que ela viesse a pronunciar, conversou com uma dirigente espírita minha amiga igualmente e a ela pediu que não mais me apresentasse como palestrante espírita, pois que eu era apenas magnetizador. Quando soube disso e contando com a “fonte” da informação escrevi-lhe questionando o que foi dito. Alegou-me, em sua justificativa, por e-mail a mim dirigido, que: “... acho excelente as pesquisas que faz neste campo e que sem dúvida algumas as práticas do magnetismo podem ser agregadas às práticas espíritas. Mas Magnetismo não é espiritismo. Não é por isso, pelo fato de não ser espiritismo, que magnetismo não possa tambem ser considerada uma matéria e prática eficiente e respeitável”.

Ok. Vou entender que ela quis dizer que eu seria melhor apresentado como magnetizador do que como espírita. Não consigo entender esse raciocínio, mas... Por outro lado, bem se percebe que ela não está tão de acordo com Allan Kardec, pelo menos nesse ponto: Magnetismo e Espiritismo. Ou então tudo o que já li dele, em seus livros, foi distorcido. Por sinal, já escrevi um livro (do qual estou sempre repetindo o nome a fim de que quem queira saber como leio e entendo Kardec possa lê-lo), Reavaliando Verdades Distorcidas, no qual deixo liminarmente lúcido como respeito e como sigo essa Doutrina tal qual ele no-la entregou. Portanto, ela dizer que o Magnetismo é útil e respeitável, alijando-o do Espiritismo (com E maiúsculo e não minúsculo) é estar contra aquilo que está em exposição nesse contexto.

Ela ainda lembrou que: “Como você (no caso esse você sou eu, Jacob) mesmo disse, Kardec foi magnetizador (foi o próprio Kardec quem o disse, em sua Revista Espírita, edição de junho de 1858, no artigo “Os banquetes magnéticos” ), mas quando codificou o espiritismo, chamou-o de espiritismo e não de espiritismo magnético ou magnetismo ESPÍRITA”.

Pois é, até parece que do fato dele não ter posto o nome do Magnetismo atrelado ao do Espiritismo significa dizer que ele não quis mais saber do outro ou que aquele era impensável junto a este. Será que ela escreveu isso pensando mesmo no que eu pensei? Creio que não, pois continuo acreditando que ela entende Allan Kardec e o que ele escreveu.

Corroborando com o sentido de que não me apresentar como espírita tinha algo mais a ver com o afastar meu vínculo aberto com a Doutrina, em seu e-mail ela me colocou em observação. Escreveu: “Então, Creio que o único cuidado que recomendo é evitar comentários como o que você fez em nosso Centro (...) há 2 anos atrás de que "o passe do Centro espírita não serve para nada"." - Como foi colocado este final entre aspas acredito que ela deva ter o arquivo completo onde está dito isso por mim – em vídeo, fita ou algum tipo de memória física. Entretanto, convenhamos, no mínimo soam extremamente destoantes essas palavras vindas de minha boca; quem me conhece sabe que eu não digo isso, salvo se sob a forma de enfatização ou dentro de uma abrangência que foge ao que se pretende dizer quando se diz que isso foi dito por mim. Oh Deus! Como eu gostaria de receber cópia dessa gravação! Isso me faz lembrar uma citação que ouvi alhures em que um padre começou sua pregação dizendo algo assim: “Deus não existe!”. E fez uma pausa para perceber a reação da platéia. E logo depois, ante o espanto do seu público, repetiu: “É isso mesmo: Deus não existe! Isto é o que afirmam os ateus”. E se agora penso nesse fato hilário é apenas para poder ao menos imaginar que se eu tiver mesmo pronunciado o que ela disse em seu e-mail, então precisarei ser relembrado do complemento...

No final do e-mail ela pondera: “Continuo torcendo pelo seu trabalho e pesquisas neste campo, por acho-as extremamente necessárias, para que cada vez mais possamos ter melhores subsídios para nosso fim essencial, que é o de ajudar as pessoas e a nós mesmos. Magnetismo por si só é Suficientemente Importante e respeitável, e para ser assim considerado não precisa estar atrelado ao espiritismo, pois não seria uma afirmação verdadeira”.

Agradeço, de todo coração, as boas vibrações vindas daquele coração generoso em favor desse estudo do Magnetismo e, como foi dito por ela, também acho o Magnetismo suficientemente importante e respeitável, mas não tenho a menor condição de concordar com o arremate feito, pois aquilo contraria não a mim apenas nem aos que estudam o Magnetismo, mas ao Espiritismo e a todos os espíritas que leem, leram e lerão as obras de Allan Kardec. Afinal, se não for afirmação verdadeira de que o Magnetismo está atrelado ao Espiritismo (*), e sendo esta afirmação uma das bandeiras do próprio codificador, então não serei eu o mentiroso, logo fica em aberto a questão: quem está mentindo então?

(*) “O magnetismo e o Espiritismo são, com efeito, duas ciências gêmeas, que se completam e se explicam uma pela outra, e das quais aquela das duas que não quer se imobilizar, não pode chegar a seu complemento sem se apoiar sobre a sua congênere; isoladas uma da outra, elas se detêm num impasse; elas são reciprocamente como a física e a química, a anatomia e a fisiologia”. (grifo original). In Revista Espírita de Janeiro de 1869, portanto publicado a apenas 2 (dois) meses da desencarnação do mestre Allan Kardec.

Um termo recente, porém com tragicidade bem antiga, é normose. Significa a busca pela manutenção de valores impostos e que geram problemas, doenças e desvios de personalidade; no dizer de Pierre Weil, normose é a patologia da normalidade. Pois a mim me parece que há um conjunto de forças e esforços em pretender se normocizar os espíritas. Suprime-se a faculdade natural e humana e impõe-se proibições e regras incabíveis, tudo em nome de uma pureza doutrinária, com o aval de uma frase doce e dita de lábios moles: “Seguimos a Jesus”.

É verdade, devemos e precisamos mesmo seguir Jesus, o Cristo, e não as feições estranhas que estão sendo expostas nas máscaras do desvirtuamento. Pois se Allan Kardec veio nos trazer a melhor observação e o melhor entendimento da mensagem do Mestre, como ficar com sua Doutrina esfacelada e seguir corretamente aquele?

Quem não estiver bem atento ao que está ocorrendo com a desestruturação da base espírita, em breve, por qualquer ato de ajuda ao próximo que venha a praticar (num próximo artigo desta série comentarei especificamente sobre isso: já afirmam que as curas são indevidas), se sentirá condenado, expurgado, anatematizado, jogado antecipadamente aos tristes e dolorosos vales umbralinos, contraindo, já, essa normose infeliz de se seguir a mais aberta de todas as Doutrinas da humanidade, mas que estará totalmente fechada e lacrada nos interesses sabe-se lá de quem. E uma nova codificação deverá surgir no CID da medicina: normose espírita – patologia em que seu portador sofre muito por não ser normal segundo os preceitos de dirigentes espíritas.


Finalizando por hoje, quero confessar um grave defeito meu: fico me controlando o tempo inteiro para não fazer transcrições de Kardec, até por saber que elas estão acessíveis a absolutamente todos, mas desta vez não vou resistir. Como muito pouco, muito pouco mesmo foi divulgado, nesses mais de 150 anos de Espiritismo, o valor e a necessidade de conhecermos, lermos e estudarmos a Revista Espírita, de Allan Kardec, quero deixar aqui, para a reflexão de todos, uma pequena parte da introdução do número 1 da Revista Espírita, datada de janeiro de 1858, portanto, menos de 1 (um) ano depois da publicação de O Livro dos Espíritos. Observe como ele sentia o Magnetismo:

“A rapidez com a qual se propagaram, em todas as partes do mundo, os fenômenos estranhos das manifestações espíritas, é uma prova do interesse que causam. Simples objeto de curiosidade, a princípio, não tardaram em despertar a atenção dos homens sérios que entreviram, desde o início, a influência inevitável que devem ter sobre o estado moral da sociedade. As idéias novas que deles surgem, se popularizam cada dia mais, e nada poderia deter-lhes o progresso, pela razão muito simples de que esses fenômenos estão ao alcance de todo mundo, ou quase todo, e que nenhuma força humana pode impedi-los de se produzirem. Se os abafam em algum ponto, eles reaparecem em cem outros. Aqueles, pois, que poderiam, nele, ver um inconveniente qualquer, serão constrangidos, pela força das coisas, a sofrer-lhes as conseqüências, como ocorreu com as indústrias novas que, na sua origem, feriram interesses privados, e com as quais todo o mundo acabou por se ajeitar, porque não se poderia fazer de outro modo. O que não se fez e disse contra o magnetismo!

E, todavia, todos os raios que se lançaram contra ele, todas as armas com as quais o atingiram, mesmo o ridículo, se enfraqueceram diante da realidade, e não serviram senão para colocá-lo mais e mais em evidência. É que o magnetismo é uma força natural, e que, diante das forças da Natureza, o homem é um pigmeu semelhante a esses cãezinhos que ladram, inutilmente, contra o que os assusta. Há manifestações espíritas como a do sonambulismo; se elas não se produzem à luz do dia, publicamente, ninguém pode se opor a que tenham lugar na intimidade, uma vez que, cada família, pode achar um médium entre seus membros, desde a criança até o velho, como pode achar um sonâmbulo. Quem, pois, poderia impedir, a qualquer pessoa, de ser médium ou sonâmbula? Aqueles que combatem a coisa, sem dúvida, não refletiram nela. Ainda uma vez, quando uma força é da Natureza, pode-se detê-la um instante: aniquilá-la, jamais! Não se faz mais do que desviar-lhe o curso. Ora, a força que se revela no fenômeno das manifestações, qualquer que seja a sua causa, está na Natureza, como a do magnetismo; não será aniquilada, pois, como não se pode aniquilar a força elétrica. O que é preciso fazer, é observá-la, estudar-lhe todas as fases para, delas, deduzir as leis que a regem. Se for um erro, uma ilusão, o tempo lhe fará justiça; se for a verdade, a verdade é como o vapor: quanto mais se comprime, maior é a sua força de expansão”... (grifos meus).

Concordante com Allan Kardec também afirmo que tanto o Espiritismo como o Magnetismo são forças naturais e contra elas ou contra a união das duas só lutarão os insanos, os prepotentes ou os portadores de subalternos interesses. Eu, particularmente, e muitos dos que teem lido estes artigos e me escrito, somos seguidores dos três: Jesus, Kardec e o Espiritismo com o Magnetismo incluso, intrínseco, indissociável.

Até breve!
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

...Até o fim dos tempos!


abertura do livro: "...ATÉ O FIM DOS TEMPOS" ditado pelo espírito Amélia Rodrigues e psicografia de Divaldo Pereira Franco

Tudo na sua vida é uma aparente contradição que se enriquece de legitimidade em cada passo, após acurada reflexão.

Negando o mundo, Ele é o Senhor do mundo.

Falando sobre a vida, doa a Sua em legado de inexcedível amor.

Desde antes do nosso tempo, permanecerá até o fim dos tempos!...

Começando no anonimato, prossegue desconhecido, quanto mais é comentado.

Filho de Deus por excelência, conclama todos os homens a desvelarem o seu deus oculto e alcançarem o Supremo.

Seus silêncios são mais altissonantes do que todas as suas palavras.

Os seus não-feitos, têm um significado psico-sociológico mais poderoso do que todos os seus atos.

Vivendo com todos, mas não se permitindo pertencer a ninguém, senão ao seu Pai em cujo Nome viera à Terra.

A sua saga é o amor em plenitude; no entanto, escolhe pessoas simples, corações singelos, mentes não desenvolvidas culturalmente para estabelecer as bases da vida eterna.

Ama as criancinhas, defende as mulheres e socorre enfermos, pobres, desvalidos, abandonados, infelizes, num período em que a bajulação, a submissão e a indignidade predominam nas consciências e nos anelos dos povos.

Enquanto os multiplicadores de opinião de todos os tempos usam a tribuna, a pluma, o altar, a força e a glória terrestre para apresentar os seus planos, Ele sobe a um monte defronte de um pequeno mar e canta o maior poema que jamais se ouviu, alterando por definitivo o significado dos valores humanos através das inesquecíveis bem-aventuranças.

Junto ao poviléu e entre os malcheirosos Ele esplende de beleza sem os humilhar; destacando-se pela grandeza moral, sem os ferir, arrebanhando-os sem se impor...

Jesus é único!

Incomparável, ninguém se lhe assemelha em candura, em sabedoria, em majestade, em renúncia...

O seu é o hino majestoso de encorajamento para os anseios do coração e as aspirações do pensamento.

Todos os fundadores de religião estabelecem regras, impõe cultos, exacerbam o fanatismo, convocam à submissão. Não Ele.

Não fundou qualquer doutrina, nada exigiu, aparecendo como se fosse uma brisa perfumada em manhã de Sol, amenizando o calor e esparzindo harmonia. Só apresentou uma recomendação: o amor indistinto a Deus, ao próximo e a si mesmo...

Alterou porém, os conteúdos da sociologia, da metafísica, da ética, da filosofia, tornando a sua uma Doutrina total, que explica os segredos da vida através de um autoconhecimento incomum e de uma revelação invulgar sobre todos os fenômenos existenciais.

Em quatro pequeninos livros, que lhe narram a existência, permanece a maior história jamais escrita na Humanidade, a mais concisa proposta de transformação humana, a mais simples estratégia de revolução para mudar as estruturas da Terra.

Cada versículo oferece visível e oculta uma mensagem que pode ser penetrada, porém, de forma variada, de acordo com a necessidade de cada um que a consulta e nela descobre a resposta.

São tesouros inesgotáveis de sabedoria, de ciência, de amor, que os tempos não consumiram.

Possuem interpolações, adulterações, mutilações que sofreram através dos dois milênios que se evolaram na ampulheta dos tempos e, não obstante, continuam vivos, ricos de luzes, atendendo a sede e a fome de verdade.

É paradoxal observar-se que, embora tenham sofrido a interferência de paixões, de interesses políticos e religiosos, permaneçam enriquecedores e nobres, norteando milhões de destinos e albergando outras tantas vidas.

Seus ensinos agigantam-se como verdadeiros tratados a respeito da renúncia, da abnegação, da caridade, da não-violência, da dignificação humana, da iluminação de consciência, da moral e do pensamento, ampliando espaços na cultura e na conduta de todos aqueles que se permitem consultá-los.

Podem ser considerados pérolas que adornam a cultura humana carente de amor e de respeito pela vida, emoldurando o campo das possibilidades a descortinar e conquistar pelo esforço de cada qual.

Ao alcance de quem os deseje, permanecem silenciosos ou cantantes através dos séculos em marcha inexorável para o infinito.

Tentar escrever sobre Jesus e sua Doutrina é ousadia que desperta a coragem e o valor de todos quantos desejam mantê-lo vivo nas páginas da História.

A sua é a vida mais comentada de todas as vidas.

A história mais narrada entre todas as histórias.

... E, no entanto, muito simples, discreta e incomum.

Desde a data do seu nascimento que as controvérsias se apresentam.

Teria ocorrido, conforme escreveu o monge cita, Dinis, o Pequeno, também chamado Dyonisius Exiguus que, no século VI, em Roma, tomando por base o texto de S. Lucas - No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Ituréa e Traconides, e Lysânias, tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zebedeu, no deserto (III – 1 e 2) -  descobriu a forma para definir o ano 754 da Era da fundação lendária de Roma, como a sua data de Natal ?! 

Ou ocorreu conforme as análises mais recentes em torno do recenseamento, que se teria dado antes em 748?!

Ou ainda, tendo-se em conta que, se Ele veio “até João, em janeiro de 28, com a idade aproximada de trinta anos”, não teria nascido anteriormente, dois ou três anos precedentes ao período estabelecido para início da nossa Era?!

Ou ainda, possivelmente no ano 6 anterior ao marco inicial aceito, conforme os apontamentos a respeito da morte de Herodes, que teria ocorrido em 4, antecipando o registro considerado como pilar do novo Milênio, tendo em vista a informação de Flávio Josefo, o historiador do povo hebreu, e as anotações da astronomia que, tomando por fundamento um eclipse lunar, estabeleceu aquele fenômeno como tendo acontecido na noite de 12 de março do referido ano?!

Ou ainda, conforme a narraçao do encontro de Herodes com os Reis magos em Jerusalém, quando ele já retornara dos banhos de Callorhoé e de Jericó, onde houvera passado os últimos tempos de sua existência, constataremos que há uma defasagem de 5 anos...

O quase certo, definitivo e aceito modernamente, é que o Seu nascimento deu-se no ano 6 antes de nossa Era.

Será porém isso importante, desde que Ele nasceu, viveu e morreu por amor?

De todas essas aparentes controvérsias surge a vida singular e grandiosa de Jesus, que arrebata vidas e continua conduzindo-as ao aprisco de Deus.

* * *

Não nos atrevemos a uma apresentação histórica da arrebatadora Vida de Jesus, tarefa que cientistas e teólogos, sociólogos e filósofos vêm realizando com brilhantismo e êxito.

Mergulhamos apenas em algumas passagens dos seus feitos, para atualizar o Sseu pensamento e incorporá-lo ao nosso dia-a-dia em busca de plenitude e de renovação espiritual.

Não é, portanto, mais um livro sobre a sua vida.

São reflexões, gratidão e amor pelo seu heroísmo, que permanecerá ao nosso lado, acompanhando-nos carinhosamente até o fim dos tempos.


Salvador, 5 de janeiro de 2000.
Amélia Rodrigues





quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Analisando o Atual Momento Espírita - Parte II

por Jacob Melo em 19, Agosto 2011 às 5:10 PM

Para acompanhar e entender a reflexão de Jacob veja também a parte I, parte III, parte IV e parte V.

Uma panorâmica dolorosa sobre o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo.

Como sempre curti o hábito de ler, apesar de ultimamente fazer isso muito aquem do mínimo desejável, termino anotando, guardando e até memorizando algumas frases e pensamentos iluminados e ricos, os quais expressam verdades que para muitos nem uma vida inteira preenchem o registro.

Tenho lido muitas citações que parecem confirmar um ditado atribuído a Paulo Coelho: o de que o Universo conspira a nosso favor.

Vejam que coisa poética, filosófica, simples e profunda – e nem sei quem é o autor; se alguém souber, por favor, me avise, tá? – está nesta frase: ‎"Somente os que voam podem entender com clareza porque os pássaros cantam."

E da mesma maneira que leio, noto e anoto, não são poucas as vezes que me vem o desejo de ampliar, de acrescentar, de incluir a ideia nalgum trabalho ou escrito meu. Com esta frase não seria diferente; lendo-a logo penso: E como ficam os que não tiram os pés do chão, os que não rompem as algemas da alma? Será que ao menos conseguem cantar?

O universo me trouxe essa frase para que eu tivesse um bom paralelo para escrever este segundo artigo.

Nesses dias em que me sinto no meio de uma verdadeira onda de necessidade de pensar mais, conhecer mais e expor com mais e melhor segurança, onde os sons audíveis não chegam a compor ritmo, cadência ou melodia harmoniosa, fico sem saber se não entendo o que essas aves estão cantando, se esses cantos são assim porque essas aves não voam ou se sou eu quem está mesmo precisando alçar algum tipo diferente de mergulho no espaço para conseguir entender as razões de tanta desafinação.

Alguém,que sai falando em nome do Espiritismo, chamando os que lhe escutam o verbo para o sentido da caridade que ergue, levanta e redime, apresentando-se como lídimo locutor das Verdades Maiores que os Espíritos nos trouxeram através de Allan Kardec, dizem, repetem, insistem e batem firme na tecla “Espiritismo não é Magnetismo” e que “o Magnetismo é invenção das trevas”, certamente ou não voa ainda, não sabe cantar ou acredita que é porta voz melodiosa da superioridade sem que sequer tenha se dado conta do que a base da obra lhe diz. Pois que o Magnetismo é bênção Divina diretamente doada aos seres, todos os seres, onde o que chamamos vida nada mais é do que a mais cristalina exuberância do Magnetismo em nós, em cada um de nós. E esse mesmo magnetismo, transitando de uns para os outros, nos permite não apenas viver, mas permutar vida, transmutar bênçãos, alimentar a alma, dar lenitivo aos doentes e preservar a saúde dos que a possuem. Esse magnetismo sim, esse de que estão cantando de forma destoante e descompassada, é o grande vínculo que todos os Maiores, de todos os tempos, lugares, filosofias e religiões, vêm ensinando e distribuindo como o mais eficiente meio do homem servir a Deus pelo próprio homem, dando alimento às ações da vontade, da fé, do amor, da caridade enfim.

Pois na estreiteza de acordes plangidos no instrumento onde faltam cordas e afinações, rouba-se a sinfonia da caridade, impõe-se o verbo devastador da inclemência, estabelecem-se os ruídos dos bumbos que impulsionam gravidade no dizer, mas que não se enquadram nos propósitos de servir sem etiquetas, sem máscaras de hipocrisias, sem a honestidade da ave altaneira e feliz.

O que será que você está pensando enquanto me lê?! Do que será que estou falando?

Estes momentos, que não são os de transição planetária, mas os de reflexão sobre o que dizemos, sabemos, fazemos e divulgamos, são graves, muito graves. Pois quando alguém, sem maiores bases, diz absurdos, isso logo perde o sentido; mas quando outros dizem coisas estranhas, em nome de uma verdade que afirmam conhecer, e que seus dizeres conflitam com tudo o que dizem defender, isso se demora no mundo íntimo de multidões, consumindo, por vezes, encarnações para que seja reparado. Mas... Quem está pensando nisso seriamente quando, sem qualquer reflexão mais honesta, diz o que diz sem medir-lhe sequer as consequências imediatas?

Recentemente, mais exatamente no domingo dia 14 de agosto deste ano de 2011, destacado palestrante, sem qualquer titubeio de sua parte, para uma platéia que ainda não tinha entendido nem absorvido a detonação de todo um trabalho de assistência magnética e espírita que vinha sendo prestado naquela mesma Casa, com elevado nível de qualidade, a pessoas portadoras de graves problemas de saúde físicos, psíquicos e até espirituais, afirmou: “... tomamos o passe acreditando que isso vai fazer algum efeito. A pessoa pode tomar passe com ciclano, fulano e beltrano e se a criatura não se modifica por dentro não vai ficar boa é nunca!”. Nossa!!! Então não é só o Magnetismo que está comprometido e sim toda a estrutura de atendimento ao próximo, pois como não sabemos se a quem atendemos a pessoa irá, de fato, modificar-se por dentro, então ela não ficará boa nunca! E pensar que deveríamos ser mais caridosos do que a Medicina. Graças a Deus, entretanto, esta não pensa nem age assim, por isso mesmo, cura a tantos quantos possa curar e Deus, em sua infinita misericórdia, corrobora para que as curas se restabeleçam e vivam, pois que “Ele faz se levante o sol sobre os maus e os bons e faz chover sobre os justos e os injustos” (Mateus, 5, 45).

E aquele moço continuou dizendo em sua palestra: “Então a criatura recebe milhões de passes, porque está em moda... O Espiritismo... Ao lermos é o movimento espírita que sempre foi assim. O modismo de cada época... são forças das trevas que vêm para poder dividir as massas, para perdermos o sentido: qual é o objetivo do Espiritismo. É uma superficialização das propostas espíritas”. Com isso somos levados a crer que a profundidade do Espiritismo, segudo ele, não tem espaço para o atendimento por passes aos seres que buscam a Casa Espírita, já que isso é um movimento das trevas. Trevas essas que devem ter começado na base, pois, conforme escrevo mais abaixo, foi o próprio Allan Kardec e os Espíritos que lhes responderam afirmando ser o Magnetismo a mesma ciência que o Espiritismo. Ora, se o Espiritismo é ciência e aprofundá-lo por esse ramo é ficar superficializando e ainda ser considerado como trabalho trevoso, então, oque seria o aprofundamento da Doutrina?

Contudo, uma palestra de quase uma hora não nos reservou apenas esse sibilar; infelizmente, teve mais. Muito mais... “Aplicamos e recebemos milhões de passes, escutamos milhões de palestras, lemos e não nos modificamos interiormente. Podem fazer a reunião mediúnica que for, tendo Chico Xavier como doutrinador e Divaldo Franco como médium do Espírito; o Espírito vem, fala pelo Divaldo e o Chico doutrina: tem que amar, tem que perdoar; e ele, pelas cargas fluídicas dessas duas criaturas bondosas, decide se libertar, decide deixar o outro, mas como o outro não se modificou aproxima-se outro Espírito e continua a obsessão. Por isso que ninguém de fora arranca o nosso problema. A palestra, o estudo e a ação no bem é que nos liberta paulatinamente. Mas há esse modismo: vou lá pra receber o tratamento; tratar o quê?! Aí vamos mantendo a nossa ignorânica, não escutamos nada e como não escutamos nada o Espírito tem como nos manipular, porque o conhecimento nos liberta das garras do Espírito”. – Será que o palestrante acha mesmo que os doentes não escutam ninguém, não estudam nada e não merecem ajudas ou melhorias? Será então que não tem valia nem mesmo palestras, leituras, reuniões de desobsessão ou qualquer esforço para ajudar o próximo? Será que esta “canção” foi mesmo composta ou ao menos inspirada por Jesus e Kardec? E a “coisa” é forte mesmo, pois até Chico Xavier e Divaldo foram inseridos no exemplo e, nem assim, a solução para o doente parece viável. Todavia, ao contrário disso, Kardec, quando trata da subjugação em O Livro dos Médiuns, fala da falta de força fluídica do doente e recomenda a presença de um bom magnetizador que muito ajudará no processo. Será que ele(s) sabe(m) disso?

Mas, façamos justiça ao palestrante. Aos 45 minutos de sua exposição ele encontrou uma boa solução. “Na escola espírita eu vou aprender a amar-me da forma correta. E aí realizará em mim esse aspecto hospitalar. Depois da palestra, renovado, aí sim o passe terá todo outro significado, porque será um complemento das minhas ideias já transformadas, aliás, nem precisa tomar, porque, escutando a palestra, renovando a nossa mente, essa é a proposta. A água fluidificada, os Espíritos, sendo a molécula da água bem moldável, colocarão ali os remédios necessários, mas aquele remédio eu tenho que estar em sintonia para melhorar-me”. – É complexo. Sobre o passe ele fica no vai e vem. Momentos há em que é bom, mas depois já não é, para logo depois nem mais precisar. A água fluidificada, pelo que ele disse, assim o é pelos Espíritos, enquanto Kardec disse o contrário, que é o homem quem magnetiza (O Livro dos Médins,capítulo 8, item 131). Contudo, em seu conceito, a palestra deve renovar. Renovar como? Com um discurso confuso, contraditório, descaridoso e altamente desmotivador? Uma palestra que diz que não adianta nada se você não se modificar? Sim, todos precisamos nos modificar, melhorar, aperfeiçoar... E em que o Magnetismo se opõe a isso? Em que ajudar uma pessoa a vencer suas dores e seus limites pode prendê-la ainda mais em suas imperfeições? Outro detalhe: será mesmo que todas as dores e doenças que sofremos é apenas porque não sabemos a razão ou por conta dos obsessores? Então, por que motivos Kardec estudou as causas atuais e passadas das aflições?

E nessa palestra, que ele deve ter feito pensando fazer um grande bem para os que o ouviam, chegando ao seu epílogo ainda sugeriu: “Não vão atrás dos supersticiosos que querem promover-se a si mesmos, de curandeiros e curadores que não curam nem a si mesmos, estão a serviço das trevas para poder superficializar o movimento espírita que tem por proposta a renovação moral do indivídiuo, o revivamento do Evangelho de Jesus Cristo, esta é a proposta do Espiritismo”. – Lógico que ele está falando de espíritas, pois não vemos curandeiros querendo desnaturar a Doutrina Espírita; vemos trabalhadores procurando realizar suas tarefas com consciência, respeito e responsabilidade, cujos exemplos incomodam muito por chamarem ao labor aqueles que preferem apenas ditar normas. Ao contrário do que é dito por quem como ele pensa, na falácia de uma pretensa defesa de pureza doutrinária, acusa-se de elementos das trevas aqueles que se doam, em espírito e verdade, sem buscar quaisquer tipos de reconhecimentos que não seja o prazer interior de servir indistintamente, em nome sim desse Senhor, de Jesus, da Vida, de Deus.

Meus Deus! Que cântico é esse que ele entoa? Que música é essa? Que vôos tem realizado essa alma?

Mas o cenário daquele cantar não era uma floresta, nada tinha de bucólico nem de necessariamente livre. Um salão, com tudo para estar bem iluminado, com todos os aparatos para deixar em grande destaque qualquer grandiosa canção de vida, de amor, de fraternidade e Evangelho, tinha afixado em sua porta um comunicado frio e distante das propostas espíritas, cristãs, humanas... “A diretoria (da casa tal) informa que o Tratamento Magnético foi definitivamente encerrado e não mais será realizado nesta instituição a partir da data deste comunicado...”.

Creio que qualquer um de nós imediatamente se perguntaria: e o que será feito dos que estavam sendo atendidos? Terão sido ao menos informados da decisão? Foram-lhes oferecidas indicações, opções ou encaminhamentos para que seguissem com os tratamentos? Se essa diretoria afirma, no mesmo comunicado, que “Entendemos que a principal proposta da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec é a vivência do Evangelho de Jesus Cristo” (grifos originais), onde esse Evangelho foi aplicado em relação e em socorro aos assistidos por aquela atividade? Fechando-lhes as portas, impedindo-lhes que continuassem auferindo as vitórias reais que vinham conquistando em suas vidas, tanto física, como fluídica e espiritualmente? Será isso mesmo a vivência do Evangelho de Jesus Cristo?

Isso tudo soa como uma inconsistência harmônica das maiores, pois que a partitura reza um acorde e o instrumentista resolve seguir aquele outro que o maestro não pediu.

Um comunicado que diz  “O maior objetivo do (centro espírita em foco) é facilitar a transformação moral do homem, promovendo o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita” e age fechando as portas e não se importando com o que poderá advir de prejuízos para os seres em busca do progresso, não pode estar cantando o hino que diz ensinar. Tanto que, no mesmo momento em que os atendimentos magnéticos foram cancelados, embora o comunicado tenha se limitado a falar desse feito, igualmente foram cortados outros trabalhos, nitidamente espíritas, como a reunião de Estudo de O Livro dos Espíritos em outro idioma e a reunião de estudo e desenvolvimento da mediunidade.

E o comunicado ainda nos reserva seu eloquente desfecho, como se fosse um grand finalle de espetacular ópera: “Dessa forma, continuaremos normalmente com as demais atividades que verdadeiramente prezam pela pureza doutrinária e que realmente contribuam para que esses objetivos de progresso e de transformação moral possam ser alcançados”.

Oh, Deus! Quanta empáfia! Descumpre-se o mais comezinho sentido do respeito e da fraternidade ao próximo e se arvora no direito de se postular como defensor de uma pureza que sequer chegou a perceber-lhe a raiz. Sim, a raiz, pois o Magnetismo é a base do Espiritismo (leia-se ou releia-se o precioso artigo da lavra do senhor Allan Kardec na Revista Espírita, edição março-1858, intitulado “Magnetismo e Espiritismo”); ele, o Magnetismo, é a mesma ciência espírita (conforme O Livro dos Espíritos, na questão 555) e ele continuou sendo gêmeo e indispensável ao Espiritismo assim como o são os pares a física e a química, a anatomia e a fisiologia (conforme anotado por Kardec há dois meses de sua desencarnação, na Revista Espírita de janeiro de 1869, evidenciando que em momento algum ele duvidou de que os vínculos entre as duas ciências eram fundamentais).

Que pureza é essa que rouba os acordes perfeitos que embelezam a sinfonia universal, dando-lhe sentido, razão, lógica, sentimento e possibilidades infinitas de entoar singelas e verdadeiras melodias de Vida?!

Continuarei neste assunto. Ainda temos muito o que refletir. Espero, de coração, que estejamos voando alto e serenos, para não apenas entendermos os cantos das aves, mas igualmente aprendermos a fazer e participar de um coro harmonioso com o Bem, com a Vida.

Até breve!

Leia mais em http://jacobmelo.com/

domingo, 21 de agosto de 2011

Ao Sol do Amor


Brilhando por luz de Deus, ainda mesmo nas regiões em que a escuridade aparentemente domina, o amor regenera e aprimora sempre.

Podem surgir grandes malfeitores abalando a ordem pública, mas, enquanto existirem pais e mães responsáveis e devotados, o lar fulgirá no mundo, cooperando para que se dissolva a lama da delinquência na charrua do suor ou na fonte das lágrimas.

Podem surgir crianças-problemas e jovens transviados de todos os matizes, mas, enquanto existirem professores dignos do nome bendito que carregam, erguer-se-á a escola por santuário da educação.

Podem surgir doentes agoniados em todas as estâncias da vida, mas, enquanto existirem cientistas consagrados ao socorro dos semelhantes, levantar-se-á o hospital, como pouso da Bênção Divina para a redenção dos enfermos.

Podem surgir criminosos de todas as procedências, gerando reações populares pelos delitos em que estejam incursos, mas, enquanto existirem juízes compreensivos e humanos, destacar-se-á o instituto correcional por cidadela do bem, onde as vitimas da sombra retornem de novo à luz.

Podem surgir empreiteiros do ateísmo e do ódio, da intolerância e da guerra, como verdadeiros alienados mentais, mas, enquanto existirem sacerdotes e missionários da fé, com bastante abnegação para ajudar e perdoar, luzirá o templo, nas diversas confissões religiosas do mundo, como autêntica oficina de acrisolamento da alma.

É justificável, portanto, que a afeição não repouse, além da morte. Para lá da fronteira de cinza, agiganta-se o trabalho para todos os corações acordados ao clarão do amor sem mácula.

Mães esquecidas na legenda do túmulo transformam-se em anjos invisíveis de renúncia, ao pé de filhos desmemoriados e ingratos, para que não resvalem de todo nas tenebrosidades do abismo; esposas renascidas do nevoeiro carnal apóiam companheiros desorientados no infortúnio, para que se restaurem no tálamo doméstico;  filhos, desligados do corpo físico, tornam, despercebidos, à convivência dos pais, arrebatando-os às tentações do desânimo ou do suicídio, e arautos de idéias renovadoras sustentam-se, em espírito, ao lado daqueles que lhes continuam as obras.

Se te encontras, assim, em tarefas de sacrifício, não recalcitres contra os aguilhões que te acicatam as horas, consciente de que a matemática do destino não nos entrega problemas de que não estejamos necessitados.

Humilha-te e serve, desculpa e edifica diante dos que se fazem complicados instrumentos de tua dor. A prova antecipa o resgate, a luta anuncia a vitória e a dificuldade encerra a lição.

E embora se te situem as esperanças no agressivo espinheiro do sofrimento, ama os que te não compreendem e ora pelos que te injuriam, porque a Lei conhece o motivo pelo qual cada um deles te cruza os passos, e erguer-te-á o ânimo, aqui e além da Terra, para que prossigas no apostolado do amor, em perpetuidade sublime.

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Mensagem do livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS psicogrado por Chico Xavier e ditado pelo Espírito de Emmanuel

Mensagem recebida em formato Power Point formatado por manolo@livrarianossolar.com.br

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Analisando o Atual Momento Espírita - Parte I

Por Jacob Melo
Publicação de 17, Agosto 2011 às 8:20 PM 





Para acompanhar e entender a reflexão de Jacob veja também as parte II, parte III, parte IV e parte V.
 
Uma panorâmica dolorosa sobre o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo.

Ouço,desde pequeno, espíritas de nome, renome ou anônimos, pronunciarem dignos e justos elogios à católica Madre Tereza de Calcutá, pois ela preferiu ajudar criaturas, que viviam na mais profunda e dolorosa miséria, a viverem e sobreviverem com um mínimo de dignidade e respeito humano, do que simplesmente ser apenas e tão-somente mais uma freira. Ouço também falarem e escreverem sobre Albert Schweitzer, protestante prestigiadíssimo por seus dons artíticos,médicos e literários, mas que em nossas palestras irrompe como o valoroso homem repleto de dignidade humana a ajudar pessoas a igualmente viverem e sobreviverem em meio às misérias do cotidiano, sem dar muita importância ao rótulo de a que religião se ligava. Quem não ouviu, soube e até repete exemplos comovedores do hindu Ghandi, que em lugar de se dizer dessa ou daquela religião preferiu libertar seu povo sem um único gesto de violência, fazendo com que seu exemplo e sua vida fossem maiores do que os vínculos que lhes pudessem ou quisessem imputar. E como esses, tantos outros personagens a se destacarem ante a humanidade como exemplos grandiosos de criaturas de bem, sem que seus rótulos digam mais ou menos do que seus feitos...

Em nosso meio espírita, personalidades gradiosas assim tem sido vistas,compreendidas e até divulgadas não pelos seus vínculos a igrejas ou dogmas, mas pelo que verdadeiramente fazem em nome do Bem. Que ótimo que seja assim, afinal fica demonstrado que reconhecemos os valores das ações sem nos determos ante as aparências.

Mas...Infelizmente, quando se trata de trabalhador espírita encarnado, o tratamento não é semelhante; não se costuma ter-se a mesma visão límpida para com o bem realizado por ele, seja em que área for.

Nosso querido Chico Xavier, hoje uma unanimidade mundial, sofreu horrores por conta dos “preservadores da pureza doutrinária”, já que, na opinião daqueles, ele infestava o Espiritismo de “novidades” impuras. Hernani Guimarães Andrade, nosso mais expressivo nome em termos de ciência e verdadeiro aprofundamento das bases científicas do Espiritismo, sofreu perseguições cruéis, injustas, mesquinhas, mas que agora, desencarnado, é louvado até pelos que antes o detrataram. Peixotinho, grande médium de materializações do nosso passado recente, hoje é lembrado com saudade, respeito e admiração, mas durante seu exercício mediúnico, conforme me contou minha mãe, a senhora Dagmar Melo, foi quase que execrado publicamente, por ser apontado como mistificador.

Hoje, de uma forma mais generalizada e partindo de onde deveriam surgir os ensinamentos da vivência fraterna, amiga, humana e cristã, assistimos a um espetáculo de duvidoso e péssimo gosto: o de se descobrir quem é e quem não é espírita. Pior ainda é que junto com esse desarrazoado vem o julgamento do que é e o do que não é Espiritismo.

No que parece ser a tônica vigente, quem é espírita não deve apenas ser o que dele preconizou Allan Kardec: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más”, tal como se encontra, devidamente por ele grifado, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 17, item 4. Espírita, pelo que percebemos na atualidade, é aquele que segue as normas ditadas por alguém ou alguma instituição que se diz defensora da Pureza Doutrinária. E aí, nessa defesa,cabe praticamente tudo: desde o desconhecimento, o desrespeito e a afronta contra a própria obra de Allan Kardec até os limites que diretores e diretorias acham por bem implementar, seja como fruto de suas “experiências”, seja como orientação de seus guias – que parece também desconhecem a Obra de Allan Kardec.

A alegação é eloquente: “estamos com Jesus Cristo” enquanto os outros “são elementos das trevas, indivíduos do mal que aqui vieram apenas para destruir a pureza de nossa doutrina”.

Surge então um fato novo; novo e repugnante: o Magnetismo não tem nada a ver com o Espiritismo. Dizem: são novidades que estão querendo impor à “santa Doutrina”,com o visível propósito de desvirtuar nosso movimento.

Parece não ter adiantado muito Allan Kardec ter apresentado a indissociável ligação entre o Espiritismo e o Magnetismo como chave para resolver o que é possível do impossível, o que não passa de ridícula crendice. A isso ele se reportou muitas vezes, mas, para um mero acompanhamento cronológico, na questão 555 de O Livro dos Espíritos (1857) ele apresenta, de forma inequívoca, a ligação entre as duas ciências. Na Revista Espírita de março de 1858, um ano após, portanto, ele volta a referendar sua visão, opinião e segurança a respeito da união inseparável das duas ciências gêmeas – Espiritismo e Magnetismo. E novamente na Revista Espírita, agora de janeiro de 1869, portanto dois meses antes de desencarnar, ele nos brinda com o seguinte: “O magnetismo e o Espiritismo são, com efeito, duas ciências gêmeas, que se completam e se explicam uma pela outra, e das quais aquela das duas que não quer se imobilizar, não pode chegar a seu complemento sem se apoiar sobre a sua congênere; isoladas uma da outra, elas se detêm num impasse; elas são reciprocamente como a física e a química, a anatomia e a fisiologia”. Chega a parecer que o codificador do Espiritismo queria deixar muito claro que em momento algum mudou de opinião acerca do vínculo entre essas duas alavancas da humanidade. E parece que os defensores da pureza doutrinária não estão conseguindo ver isso. Portanto, vem a pergunta:

O que foi que fizemos com o Magnetismo?

A primeira coisa, de ordem prática, foi trocar-lhe o nome: Magnetismo (com Mmaiúsculo) por passes. Ou seja, permutamos a Ciência em si pela simples referência a um dos seus métodos, uma técnica, um veículo de exteriorização de fluidos. Agora, quando qualquer estudande interessado quer entender passes, não tem como encontrar apoio na obra de Allan Kardec, pois ele não tratou do assunto com esse nome, passe; para ele, isso é e sempre será uma ciência chamada Magnetismo. E, pasmem todos que refletirem, esse está sendo um granliquente argumento dos defensores da pureza doutrinária: o passe nada tem a ver com o magnetismo, portanto, ele não é magnetismo, logo, ele deve ser simples como um único gesto, pois quem cura são os Espíritos e não os homens.

Meu Deus! Aonde chegaremos seguindo esse caminho?!

Não quero usar isso como comparação, mas fica inevitável me lembrar de que a chamada “Santa Inquisição”, evento que se transformou no maior exercício de perseguição e morte, de injustiça e maldade, de despotismo e prepotência que nossa civilização viveu, todo ele foi realizado em nome de Jesus, em nome da defesa da pureza de seu Evangelho – pelo menos isso foi o que alegou seus deflagradores, administradores e executores.

Este assunto, bem se percebe, não pode ser tratado de forma pequena. Por isso mesmo, não quero tratá-lo apenas envolvido na emoção, mas bem firmado da razão. Para tanto, vou me permitir transformá-lo numa série de artigos, os quais farei publicar em minha página (www.jacobmelo.com) bem como nos sites e blogs de amigos e estudiosos que se interessarem em conhecer o que está ocorrendo no atual movimento espírita e como eu vejo e o que estou fazendo ou procurando desenvolver para que não nos afastemos nem de Jesus nem de Kardec, nem do Bem, nem da obrigação de servir e amar com eficiência e qualidade.

Até breve e, se possível, me dêem suas opiniões e críticas, para que juntos analisemos o que precisa ser conhecido e corrigido, a fim de que o amanhã não nos seja tão pesado.

Leia mais em http://jacobmelo.com/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Parábola contada por Joana de Ângelis



Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.

Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele lhe falou:

- Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?

Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma injustiça, não tem valor, Divaldo. Tu és quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira. Porque, se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo? Eu não já escrevi por tuas mãos: "Não valorizes o mal"? Não tenho outro conselho a dar-te.

- Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.

Então, ela falou: - Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.

E contou-lhe a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:

- Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma  água preciosa!

E orou a Deus: - Ajuda-me a dessedentar!

Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.

A fonte propôs: - Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a céu aberto.

Veio então a chuva, ela transbordou e tomou-se um córrego. Animais, aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.

A fonte falou: - Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao  mar!

E Deus fez chover abundantemente, informando:

- Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!

E o riacho tomou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira. O rio encontrou o seu primeiro impedimento.

Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.

Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume  ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?

- Mais ou menos, respondeu Divaldo.

Todos nós somos fontes de Deus - disse ela. - E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.

Quiseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano. Estavas feliz. Agora, que surgem empecilhos, por que reclamas? Não te permitas queixas.

Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.

Nunca mais lamentes a respeito de nada.

Parábola contada pelo espírito Joanna de Ângelis a Divaldo Franco num momento de grande angústia do médium.

(Retirado da Internet em http://www.slideboom.com/presentations/385538)

sábado, 13 de agosto de 2011

Frases infelizes

Você seria capaz de recordar as frases que lhe foram ditas na infância e o influenciaram negativamente? Isto é, aquelas frases que fizeram com que você se sentisse mal, quase um zero à esquerda?

É possível que alguns de nós recordemos de uma ou outra que fizeram a nossa infelicidade infantil. E se as recordamos, ainda hoje, passada a infância e adolescência, é porque verdadeiramente nos marcaram.

Pois bem. Quantas vezes, como pais, dizemos aos filhos aquelas coisas mesmas que tanto mal nos fizeram.

A frase: Como é que você pode ser tão burro!  é uma delas.

De consequências desastrosas para o autoconceito da criança, põe em dúvida, de forma muito clara, a sua capacidade.

Afinal burro está associado ao incapaz, ao que não consegue fazer as coisas direito.

Ao duvidar da habilidade do filho, os pais lhe passam a sensação de incompetência, que pode acompanhá-lo para a vida toda.

Além do que, se abraçar o conceito, a criança poderá passar a se comportar como tal. Tornar-se, de forma proposital, ainda que inconsciente, o incapaz que sugerem que ela seja.

A frase é pronunciada nos momentos mais nevrálgicos do relacionamento entre pais e filhos.

A mãe entra na sala e descobre o pequeno pendurado na janela. Ela já lhe falou, pela suas contas, mais de mil vezes, para não subir. Assustada, com medo, ela corre, puxa o pequeno para dentro e larga a frase, acrescentando:

Já não lhe falei? Você não consegue aprender?

Melhor do que tal explosão, seria tornar a explicar à criança o perigo que ela corre repetindo aquele gesto.

Se contarmos até dez, dominarmos o nosso medo, com habilidade poderemos tirar a criança do perigo e lhe dizer:

Janela não foi feita para subir.

Colocamos os limites, sem agredir. Falamos da realidade da janela e dos perigos que ela representa, sem descer à questão da capacidade do pequeno em julgar se pode ou não subir ali sem problema.

É interessante considerar que todos almejamos que nossos filhos progridam e somos nós mesmos os que lhes colocamos obstáculos, criando-lhes situações plenamente dispensáveis.

*   *  *

Educar é tarefa que requer esforço desde que nós mesmos ainda estamos um pouco longe de sermos educados.

Comecemos por nos educar a fim de que a educação dos nossos filhos se dê em clima de segurança, amor e respeito.

Lembremos que a missão de pais é um dever muito grande, que implica, mais do que pensamos, nossa responsabilidade para o futuro.

E verifiquemos que Deus deu à criança uma organização débil e delicada, para facilitar a tarefa dos pais, tornando-a mais acessível a todas as impressões.

Redação do Momento Espírita.
Em 04.06.2010

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

COMECAP 2011

Cartaz Oficial
Em 25 de Setembro de 2011 ocorrerá a 42ª edição da Confraternização das Mocidades Espíritas da Capital de São Paulo organizada pela USE.

Seguem inforamações do encontro.

Tema: 
De volta para o Futuro: Usando o meu passado, desenvolvendo o meu presente e formando o meu futuro. 

Data: dia 25 de Setembro de 2011 - Horário: das 8:00 às 17:30 

Local: Escola CENLEP. Av. Regente Feijó, 1500 Água Rasa (próx. ao Shopping Anália Franco) 

Inscrição: R$10,00 até o dia 16 de Setembro. 

Antes de preencher o formulário de inscrição para participar do evento, faça o depósito no valor de R$10,00 por participante no Banco Itaú, Agência 2970 Conta Poupança 00666-0/500, em nome de Eduardo Rodrigues de Carvalho. Em caso de transferência de outro banco, CPF 298.616.908-24. Guarde o comprovante para levar no dia. Com o comprovante em mãos, preencher os dados abaixo.
Nós do JEAS vamos, e você?

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Beijos e abraços.

A bíblia condena a comunicação com os espíritos?

Os textos das Sagradas Escrituras são ricos em elementos necessários para o nosso entendimento das coisas divinas. Como é do conhecimento de todos, enquanto o Velho Testamento expõe a tradição dos hebreus, seus mestres, reis e profetas, o Novo Testamento retrata a vida, obra e ensinamentos do Mestre Jesus. Ele afasta a opressão contida nas leis civis feitas pelo próprio Moisés e clarifica as leis morais, que são os Dez Mandamentos, ditados por Deus. Há, no Novo Testamento, a nítida substituição do olho por olho, dente por dente, pelas mensagens de perdão e de amor a Deus e ao próximo. Além disso, Jesus veio mostrar que a morte não existe e que a alma sobrevive ao corpo carnal.

A imortalidade da alma é fato incontestável e definitivamente demonstrado pelo Mestre quando de Sua passagem pelo planeta.


"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá" - (João 11:25).

Infelizmente em pleno alvorecer de uma nova era, muitos homens ainda permanecem atrelados às velhas concepções, com medo da verdade, receosos de rever conceitos e reestruturar posturas.

Permanecem na superficialidade das coisas, sem compreenderem as verdades que a Bíblia verdadeiramente ensina, a racionalidade confirma e a própria ciência já começa a aceitar.

Na Bíblia, a condenação da comunicação com os Espíritos aparece no Velho Testamento, em citações tais como estas:

"Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus" - (Levíticos 19.31).

Contudo, no próprio Velho Testamento, a prática da comunicação com os mortos é citada como tendo a aprovação de Moisés.

"Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do outro Medade; E repousou sobre eles o Espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial.
Então correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus mancebos escolhidos, respondeu, e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe-lho.
Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes de mim? Oxalá todo o Povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito! Depois Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel" - (Números 11.26-30).

Jesus, no Novo Testamento, não só não condena a comunicação com os mortos, como a pratica e confirma.

"Seis dias depois, toma Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandesceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes aparecerem Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3).

Um dos pontos em que se fundamentam os que condenam tais práticas é a palavra de Moisés no Velho Testamento. Necessário analisarmos a questão à luz da razão.

Se as leis civis de Moisés utilizadas para o controle do povo judeu, como a condenação da comunicação com os Espíritos, devem ser obedecidas na atualidade, então por que não devemos também apedrejar adúlteras ou cortar as mãos dos ladrões como tais leis também exigem? Evidente que seria um contra-senso para os dias atuais.
 
Além do mais, há que se considerar as razões pelas quais o legislador hebreu determinou tal lei. Ele necessitava de mais rigor para disciplinar um povo naturalmente rebelde e distante das coisas divinas.
 
Moisés precisou coibir tal coisa, porque a prática da consulta aos mortos tinha se tornado uma constante entre o povo e naturalmente o abuso deu vazão a toda sorte de problemas decorrentes dos aproveitadores da ignorância humana. E depois, convenhamos: se ele proibiu a evocação dos mortos, certamente era porque eles poderiam vir até nós.
 
Por outro lado, há no Velho como no Novo Testamento, inúmeras citações de claras situações onde se praticava com muita naturalidade a evocação dos Espíritos. E isto é completamente desconsiderado pelos que condenam a Doutrina Espírita. Se as Escrituras funcionam como autoridade nesse campo, porque não o é em outros?
 
O que não pode ser aceito pelo homem da atualidade é que seja feito um julgamento (e condenação) de uma religião ou crença, baseado na parcialidade da Lei com propósitos de conveniência. A verdade não tem diferentes faces e o verdadeiro cristão deve seguir o modelo de Jesus e se espelhar nos seus ensinamentos, vivenciando o amor e respeito aos seus semelhantes.

domingo, 7 de agosto de 2011

Como será nosso planeta Terra em 2060?

Muito interessante; texto digno de reflexão e prática.
Vamos fazer o que pudermos agora, pois o tempo passa o tempo voa!!!!
 
COMO SERÁ NOSSO PLANETA TERRA EM 2.060?

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A resposta da questão acima, a teremos de forma dedutiva:

a) Em 2.060 os espíritos nobres, fraternos e inteligentes que, segundo os amáveis espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo, já estão retornando à Terra, terão até 70 anos de idade;
b) Em 2.060 os duzentos mil espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025, segundo informação recebida (e divulgada) pelo respeitabilíssimo médium e orador Divaldo Franco, terão 35 anos de idade;
c) Em 2.060 os atuais líderes mundiais e indivíduos outros que tendem ao mal ESTARÃO DESENCARNADOS!

Conclusão:

No ano de 2.060 estarão habitando a Terra espíritos que, pela sua índole, tem todas as qualidades para habitar um Mundo de Regeneração, dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.

PARA REFLETIRMOS:

Considerando que nós, habitantes atuais da Terra:
a) Eventualmente não fazemos parte dos espíritos que nas últimas décadas do século XX iniciaram o retorno a este planeta, com nobreza no coração e espírito de fraternidade;
b) Com certeza, não fazemos parte dos espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025;
A questão é: Como ficamos nós?
Bem, a oportunidade nos foi dada.
Somos habitantes da Terra num momento muito especial, o que é uma dádiva divina. Esta é grande oportunidade que temos de iniciarmos a reparação dos nossos erros pretéritos.

Precisamos com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo nosso empenho, aproveitar desta oportunidade de aqui estarmos habitando este planeta que logo-logo pode nos dar a condição de termos um ambiente onde a tendência ao bem será a tônica. Como alcançarmos esta graça? A única solução é iniciarmos já nossa regeneração espiritual.


Sugiro três passos, para bem aproveitarmos dessa nossa atual existência:

Primeiro Passo:

Valorizarmos e agradecermos ao Mestre Jesus pela oportunidade de estarmos vivendo nossa mais importante encarnação de todas as existências que tivemos.
Sobre a importância da reencarnação, relembremos o que disse o espírito Emmanuel:
"Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus".
Considerando que grande é a fila de seres que querem ter a oportunidade de reencarnar na Terra, e cientes de que poucos conseguem este retorno, então a afirmação acima, de Emmanuel, nos faz refletir como temos que agradecer por termos tido a oportunidade de sermos atuais moradores deste nosso amado planeta.
Reflitamos: Por que dentre bilhões de espíritos que habitam as diversas dimensões do nosso planeta Terra, nós fazemos parte do percentual mínimo dos que vivem em sua superfície justamente na época da transição para o mundo de regeneração?

Segundo Passo:

Iniciarmos urgentemente um processo de auto-conhecimento.
A base de toda mudança comportamental é o auto-conhecimento. E aí está a maior dificuldade do ser humano. O auto-conhecimento não é "uma das maiores" dificuldades, é (repito) "a maior" dificuldade do ser humano. Por exemplo, se somos avarentos, dissemos que somos "econômicos"; se somos prepotentes, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor!
Para nos conhecermos, o Budismo nos ensina dois especiais procedimentos:
Atenção Plena:Que é a arte budista de observarmo-nos incansavelmente, procurando dirigir os olhos para nós mesmos. O que é um hábito que para ser desenvolvido exige esforço e grande força de vontade.
Interiorização: Que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos. Isto é, não falarmos "eu nunca sinto mágoa" ou "a raiva não faz parte de minha vida". Este proceder de negar nossos sentimentos inferiores chama-se auto-ilusão, um proceder altamente destrutivo. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores, abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e nos dá condição de iniciarmos o processo de mudança.

Complementa a "interiorização" o ato de estudarmos nossas reações perante a vida. Por exemplo: quando alguém nos chama de "incompetente" e sentimos vontade de estrangulá-lo, devemos perguntar a nós mesmos "se sei que sou competente, por que senti tamanha raiva quando meu colega chamou-me de incompetente?" Assim agindo estaremos nos dando a oportunidade de estudarmos e conhecer o porquê de nossas reações, o que é um importante passo para a mudança de comportamento.

Os dois procedimentos acima levam-nos a adquirir a maior riqueza que podemos ter: o auto-conhecimento, que é a base do desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.

Sobre o tema auto-conhecimento, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Mereça Ser Feliz, Editora Dufaux):
"Não existe felicidade, sem pleno conhecimento de si mesmo. O mergulho nas águas abissais do mar íntimo é indispensável. E a convivência, nesse contexto, é a Escola Bendita. Saber os motivos de nossas reações frente aos outros, entender os sentimentos e idéias nas relações é preciosa lição para o engrandecimento da alma na busca de si próprio".

Terceiro Passo:

Transformarmos em vivência prática nosso discurso sobre convivência e fraternidade, principalmente em nossa casa espírita.
Sobre o tema fraternidade, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Unidos Pelo Amor, Editora Dufaux):
"Antes dos projetos 'além-paredes', estimulemos a fraternidade, prioritariamente, ao próximo mais próximo, aquele que divide conosco as responsabilidades doutrinárias rotineiras em nossa casa espírita, encetando esforços pela convivência jubilosa e libertadora. Conviver fraternalmente deve ser a essência de nossa causa. O Centro Espírita, Escola das Virtudes Superiores, é o ambiente de disciplina e treinamento dos novos modelos de relações (...)."

CONCLUSÃO FINAL:

No primeiro semestre do ano de 2.005 ouvi de uma presidente de determinado Centro Espírita da cidade de São Paulo:

"Dentro de nossa casa espírita havia muita intriga, muitas discussões e conflitos improdutivos. Um dia nossa equipe se reuniu e fizemos um acordo, o de sermos fraternos. Isto já faz um ano. Desde aquele dia até hoje, a fraternidade está presente entre nós. Sabe, nós descobrimos que ser fraterno é uma questão de escolha".
Concluindo, podemos em nosso meio espírita escolher uma das duas opções seguintes:

a) Sermos iniciadores ou propagadores de conflitos improdutivos entre irmãos do mesmo ideal, como ainda ocorre atualmente, ou
b) Escolher sermos fraternos, aceitando nossas diferenças, isto é, exercitando a alteridade.

Sermos fraternos é - simplesmente - uma questão de escolha. Então, que nós que temos a dádiva de ter conhecido o Espírito Consolador, possamos escolher o caminho da fraternidade e, com isto, merecermos ser habitantes da Terra em sua nova e breve etapa: Mundo de Regeneração!


Gentileza gera gentileza, ser gentil sempre.

por Antonio Celso em 24/04/2011 no blog Grupo Espírita Missionários da Luz